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domingo, 29 de junho de 2008

Amar...

(Escrevi para um amigo, como um conselho para acalmar o seu coração... Mas que serve para todos.)

Amar é bom e pronto.
Não se questione se é muito ou pouco.
"Amar" é sempre suficiente.
Aproveite a vida com o amor de cada dia.
Se amanhã não o tiver, espere, tome folêgo e recupere energias.
Verás que a cada nova forma de amar e cada coisa ou pessoa que amar, você se tornará ainda mais valioso.
Este é um dos segredos da vida.

Joice Worm

sábado, 28 de junho de 2008

Bons tempos...

Como se estrutura uma mulher afetuosamente nos tempos modernos?

Tenho visto filmes de épocas passadas e sinto saudades de tempos vividos... ou seja, como mulher, me emociono com a gentileza do homem daquele tempo. O respeito e a sutileza das palavras, para que não ofendessem ou que se direcionassem para outro sentido.

Este não é um desabafo pessoal, é antes, uma reflexão mais ou menos generalizada de como um homem e uma mulher gostariam de serem tratados.
O homem lutava por ter uma posição social de tal ordem que pudesse cativar a uma "senhora" e finalmente conquistar também a sua família.

A mulher se empenhava em tornar-se prendada com os labores de bordados, aprendizado de línguas, piano, dança de baile...

Era uma época encantadora em que as distâncias deixavam os corações enamorados a sufocar de paixão. Um olhar era quase como atingir um clímax. E um beijo era o anúncio de um casamento.

Tempos em que a gentileza partia de ambas as partes e a beleza era vista e admirada em todos os ângulos, quer pessoal, quer arquitetônico, paisagístico ou artístico.

Finalmente, o espaço de uma mulher era o de educadora, orientadora, conselheira e benfeitora do lar. Mas com a emancipação, a instabilidade financeira familiar generalizada, as invenções eletrônicas e todos os vícios que se possa imaginar, tanto consumido por homens como por mulheres... A magia se desvaneceu como um sonho interrompido por uma bomba. E após esta explosão, a mulher se estruturou de forma a vencer a depressão, o estresse, a batalha contra os males que lhe chegam à familia no dia a dia.

Ou melhor, reflectindo, a pesar de também não ter o homem que seguir para a guerra para defender o seu país, tem que ambos, sair para trabalhar para ao menos defender o seu lar e o pão nosso de cada dia...

Triste de nós que evoluímos desta maneira.

Sorte a nossa poder lembrar de parâmetros melhores.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Falsa-mamã

Estou perdendo minhas formas...

Nunca pensei que fosse um dia me importar. Não sou propriamente gorda, nem magra. Estou no intermédio.

Já tive uma cintura perfeita e pesava 45 quilos quando casei. Agora peso cerca de 55. Dez quilos a mais que faz uma grande diferença. Principalmente ao apertar saias e calças... Que chato!

Gosto de vestidos, mas agora, cada vez que visto um me sinto meio grávida. Me olho de frente, me olho de lado, me olho de costa... Demoro um bocadinho a andar de um lado para o outro na casa, para ver como me sinto, e de repente, quando bato meus olhos outra vez no espelho... zás: Lá estou eu... grávida. Sem estar.

Se está perto do período, tenho uma desculpa, se estou com prisão de ventre, também posso me desculpar, mas quando não tenho nem uma coisa, nem a outra... Só posso é, conversar a encolher a barriguinha.

Outro dia vi uma série de fotos minhas, em que em todas elas, estou sempre com o casaco no braço na altura da barriga. Acho que já está virando complexo.
Hoje vou andar uns kilometros, ontem já dancei ao som do samba até suar o corpo todo, comi salada e frango assado, iogurte, laranja e abacaxi....

Mas hoje com tanto calor e o jogo da Espanha na copa Europa, tenho que beber uma cervejinha!!

Ninguém é de ferro e a barriga vai aguentando a silhueta de falsa-mamã... (risos)

P.S.: Postei também no "euvoscompreendo" porque tenho lá outros leitores. Assim o complexo vira piada! (risos baianos...)
Joice Worm

terça-feira, 24 de junho de 2008

Vaidade ou auto-reflexão

Diz a Wikipédia:
"Vaidade é o desejo de atrair a admiração das outras pessoas. Uma pessoa vaidosa cria uma imagem pessoal para transmitir aos outros, com o objetivo de ser admirada. Mostra com extravagância seus pontos positivos e esconde seus pontos negativos."

Agora meu comentário:

Sou vaidosa! Um ponto fraco que me faz sentir bem na vida. Escolho não incomodar muito visualmente, nem a mim, nem a ninguém.
Minha vaidade me faz gostar de mim mesma. Me ajuda a me auto-relacionar e compreender-me. Não fico me olhando no espelho, e confesso que há dias, que saio sem ao menos pentear o cabelo... Mas pode ter certeza que não esqueci de colocar um batônzinho e um risquinho negro no canto dos olhos.
Fotos minhas, só gosto daquelas que estão a sorrir. Não tenho muitas sem que os dentes se mostrem à vontade. Até de olhar a foto a sorrir, me sinto feliz.

Vamos falar dos meus defeitos:
Mania de organização (só incomoda, quando descobrem que é "mania"),
Falar (às vezes por mim e pelos outros... me reprimam!)
Dizem minhas filhas... "És demasiado "Jesus" (com sotaque americano)", dizem que sofro por todos porque espero que sejam iguais a mim. Tenho pena de quem sofre e defendo sempre quem está a meu alcance. Sou capaz de perder meu lugar à frente, porque ando à procura de alguém na fila que precise vir para frente. Idosos, grávidas, mulher ou homem com criança pequena, deficientes físicos, ou até mesmo gente com hora marcada em outro lugar... (Sou doida?)
Mais defeitos...
Um ciúmes de "amigos" de loucos! Até choro, se meu amigo tiver outro amigo... Atribuo a alguma carencia do inicio da minha infância. Agora sei me defender deste sentimento, mas continuo a sentir uma pontinha que me aperta o coração.
Gosto mais de "Estudar e Escrever" do que de "Trabalhar"... Deve ser do sorriso baiano... (risos)

Bom, é melhor parar. Quando me lembrar de mais defeitos. Vou escrever nesta pedra.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Melhor arma da vida...


Meu sorriso, é minha força!
Meu sorriso é a arma contra o mau estar do meu espírito.
Com este sorriso, consigo disfarçar a minha tristeza de uma maneira tão perfeita, que até a mim mesma, engano...
Não há azar que tome lugar em minha vida,
quando esboço um grande sorriso ao espelho.
Tenho um amigo que diz que "tenho um sorriso baiano..."
Eu acho que tenho um sorriso baiano
Eu sou um sorriso baiano!!
Joice Worm

sábado, 21 de junho de 2008

Facto y Valor

A respeito de um comentário que ouvi...

Ora, o que distingue um "Facto" de um "Valor"?

Um facto, claro que em minhas palavras e na minha maneira de ser e pensar, é uma realidade que acontece sem, a princípio, com fins de valorização ou questionamento. Por exemplo, quando uma pessoa obesa compra um sorvete e sai passando a língua por todos os lados, satisfeita e feliz, o facto de ter comprado o sorvete em um dia de calor, é obvio para todos. Mas se é em um dia frio, o observador começa a se questionar... "O que faz uma gorda com um sorvete neste frio?"

Aí começa a valorização. O individuo que está a comprar aquilo que lhe dá prazer, não está pensando em nada além do valor que atribui ao seu maravilhoso sorvete: "uma delícia!"

Enquanto que o observador, só ou acompanhado, faz uma série de juízos ao valor que o outro está a dar a uma pequenina coisa... Quando aparentemente (por ser gordo), não deveria estar a dar.

O valor ético que está implícito é, em relação ao observador, o quão "feio" lhe parece uma pessoa em tais dimensões, a degustar um alimento que o engoradará ainda mais.

O valor político, que o mesmo intefere, será o de "liberdade" que qualquer individuo pode ter para fazer ou comer o que quizer, já que não interfere na liberdade do outro.

Mas por causa disto tudo que estou a escrever... Ouvi o observador comentar:

"Esta gorda está ultrapassando o limite do meu direito em ver pessoas bonitas no mundo. Sua cara não é feia, mas cada vez que come está "enfeiando" o mundo. É de sua inteira responsabilidade."

Mas se não come, e vira anorexica... O comentário é o mesmo. Concluo que, qualquer valor levado ao limite, não é bom. Todo valor tem que ser comedido à medida do "bem relacionar-se". Não é fácil. Enquanto vivermos em sociedades, será sempre complicado agir de qualquer maneira...

(No fundo, esta é mais uma de minhas filosofias, e que, naturalmente não acabará aqui... Continuarei pensando e compartilhando.)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Meu almoço de hoje

Hoje almocei sozinha, pela primeira vez, desde há muitos anos.

Geralmente, almoço com a minha família. Uma hora sagrada, que apesar de não estar meu marido presente nas horas justas, culpa do seu trabalho, mesmo assim, costumamos reunir-nos para conversar com ele, quando chega. São horas de falar a sério ou de rirmos à farta.

Mas hoje, queria falar da forma como comi.

Aqueci um frango assado que havia no frigorífico, arrumei uma salada de espinafre deliciosamente temperada e uma laranja como sobremesa. Sentei-me à mesa e apreciei o paladar do que comia. Em silêncio.

Hoje cada filha tinha uma actividade. E quando cheguei em casa, só havia "eu".

Senti-me nostalgica, mas ao mesmo tempo satisfeita, pois, apesar de estar teoricamente só, na prática, era apenas uma questão de tempo.

Depois da laranja, aqueci um cafezinho e sentei-me no sofá para relaxar.

Um momento muito interessante, mas cheia de saudades do pessoal que habita este espaço comigo. Marido y filhas!

As crianças crescem e a gente morre de saudades daquela algazarra em casa... Acho que esta é uma das razões que dizem: "Ser mãe é padecer no paraíso".

Tudo em volta está bem, mas mesmo assim, a gente morre de preocupações...

terça-feira, 17 de junho de 2008

Aos meus cristais

Conhecer-se a si mesmo.
(Artigo que postei em http://euvoscompreendo.blog.com )

Tenho trabalhado e estudado junto à pessoas que sofrem de atenção, carinho, amor e principalmente, de um incômodo terrivel por não ter sido "nada" na vida. Mas aquele "nada" profissional... E nesta hora, fatídica, é que coloca-se a mão no coração e chora-se.

As nossas insatisfações começam a partir do momento em que não nos sentimos úteis na sociedade. A partir do momento em que nos cresce a vontade de viajar e ter uma vida de qualidade e concluímos que o salário que temos, não dá sequer para sonhar. E assim, este bichinho começa a crescer em nossa mente e a exigir mais e mais... Passamos os problemas para nosso tipo de trabalho, para a qualidade de amigos que temos, para a nossa família, para nosso companheiro, nossos filhos, e por úlitmo, para nós mesmos.

A insatisfação cresce ao mesmo tempo que alimentamos o "bichinho". Passamos mais horas a relembrar do que "não" fizemos, do que a fazermos "algo" que realmente venhamos a modificar a nossa situação actual.

A única maneira de reparar este erro, é deixar de pensarmos em mal dizer dos tempos passados e olharmos para o presente. Procurar a maneira mais agradável de começarmos outra vez, dentro das nossas necessidades e possibilidade. Fazermos coisas que se encaixem com a nossa idade, mesmo que avançada, e tentar nos realizar a partir deste novo intento. Não será impossível, porque agora, já sabemos "da missa, um terço". E nos conhecemos mais do que nunca!

Que assim seja!

Crer ou não crer... eis a questão!

Porque acreditar em anjo por ver ou não vê-los?

Este era o pensamento de São Tomé. Eu acredito na conta bancária do Socrátes ou do George Bush e nunca a vi...

E assim são os anjos. É cómodo e agradável acreditar que existe um "amigo" ao seu lado que não tem corpo, mas que pode se comunicar contigo. Que mal há em se deleitar com esta idéia?

Tenho certeza que há muitos anjos de asas partidas na Terra (e que por acaso possuem corpo), como por exemplo, "mães" (digo "mães") que tem seus filhos na cadeia, lutadores de causas sociais, pessoas que amam sem serem correspondidas toda vida, os que sofrem calados por maltratos familiares ou sociais... E àqueles anjos que tentam dar uma palavra amiga e depois são atraiçoados... Há sim, muitos anjos na Terra. Nós é que insistimos em não vê-los!

Que mais posso dizer?...

segunda-feira, 16 de junho de 2008

A casa no penhasco

«Minha vida é como uma casa no alto do penhasco»
O homem que vivia ali, pensava assim
a se comparar com a sua própria casa.

«Minha vida é como uma casa no alto do penhasco»
O homem que vivia ali, andava na praia deserta
e levava o seu único paletó e o seu único sombrero

«Minha vida é como uma casa no alto do penhasco»
O homem que vivia ali, viu o mar em trabalho de parto
e seus passos se encaminharam para a água

«Minha vida é como uma casa no alto do penhasco»
O homem que vivia ali, sofria de amor. Perdera a sua amada.
e como já não tinha lágrimas para chorar,

Bebeu toda a água do mar que envolvia a casa do penhasco.

(Joice Worm)

Este poema foi inspirado no Post "No love without tears" do Blog do poeta de cognome "Só eu"... Manhãs de Inverno. Pelo qual agradeço a ele.

sábado, 14 de junho de 2008

Caem as asas do Anjo...

Um homem morre.
No céu encontra outro sentado como "o pensador".
Vislumbram-se umas asas no "pensador"
O homem percebe que é um "anjo"
Aproxima-se.

Com alegria, tenta comunicar.
O anjo está aborrecido.
Tem uma asa partida, quase a cair
Não quer falar. Evita-o.

O homem ouve a sua voz e reconhece
Pede perdão por não o ter ouvido ...
O anjo chora... a asa cai ao solo.
Diz: "Eu falhei"
... Cai a outra asa ao solo.

O homem levanta o anjo com os seus braços
Carrega-o enquanto chora
Conta os sentimentos e experiências
Procura animá-lo mostrando seus filhos.
Ele enche-se de alegria
Vê que tudo aquilo que ensinou ao homem,
Ele passou aos seus descendentes,
E voltou para contar:
"Eu não falhei", "Nem você falhou",
Nosso trabalho não tem fim.
Melhora dia após dia,
Gerações por gerações
...
Daqui vejo dois pares de asas
O homem também virou Anjo!

(Joice Worm)

Oração ao dia dos Enamorados


Esta é minha família. Somos como a palma de uma mão, com cinco dedos que se unem para laborar o dia a dia, fazendo deles os melhores das nossas vidas.
Nossa receita: Amor, cumplicidade, honestidade, afeição, carinho, paciência, tolerância, colaboração, união, compreensão, amizade... muita amizade.
Minha família é como o sangue que me corre fora das veias e que sem este fluxo circulatório exterior, meu coração sucumbiria. Amo-os profundamente... E a mim, que os mantenho unidos para sempre.
Peço a Deus que os nossos nomes estejam o mais próximo possível uns dos outros e que ninguém fique a sofrer demasiado... Mas se o chamado for inevitável em tempos que não quero pensar, que o fim seja brando e pouco doloroso.
Amém (Que assim seja)
(Joice Worm)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Meu esforço... mi esfuerzo... mi propio esfuerzo.

Todo esforço será louvado e como tal, tenho me esforçado para muitas coisas acontecerem. Tenho lutado por minha saúde, minha família, lutado por meus estudos, minha profissão, meu trabalho, meus amigos.

Todo esforço será louvado. Não há nada em que eu tenha me empenhado que não tire de lá a força cósmica que a minha alma se alimenta.

Todo esforço será louvado. Vocês já fazem parte da minha vida!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Cof, cof... Atchim!

Ai que dores no corpo
Ai que mal estar...
Tenho meu "dariz" entupido
Minha garganta com bichinho do Ham, ham...

E venho dizer aos meus amigos...

Olaaaaaaaaa....

Ai que dor de cabeça...
Mas não esqueçam. Quando acordarem, respirem fundo, relaxem e pensem que hoje será um dia melhor do que ontem. E que amanhã, será mais especial que hoje, já que a sorte insiste em ser economica...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Opressão

Dizem que a opressão é o efeito negativo experimentado pelas pessoas que são alvo da crueldade e poder de uma sociedade ou por um grupo de outras pessoas.
Vem da idéia de ser "esmagado".

Mas quem de nós gostaria de ser "esmagado"??

Será que alguém pode repetir diante do espelho duas vezes, "Estou sendo esmagado, e não posso fazer nada?" Uma, talvez... Duas...

Não permita! Mude de atitude. Resista!

Descubra o que lhe oprime: O Autoritarismo, a Hierarquia ou o Totalitarismo?... Ou simplesmente "O seu trabalho"?

Procure ver onde você se encaixa abaixo daquilo que lhe oprime. Estude o melhor método de combater e entre em acção. Seja VOCÊ mesmo. Se ASSUMA e se deixe notar. Valorize-se!
Se lhe falta saber, aprenda.
Se lhe falta coragem, vença a sua timidez e fraquezas,
mas não se deixe oprimir.

Vai ver que uma vez superado, as coisas modificarão.
Leva seu tempo, não se oprima outra vez.

(Joice Worm)

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Exercício poético de Lúcia Oliveira

A poeta Lúcia Oliveira (linck) fez um desafio a quem quizesse comentar uma figura que postou no Globoonliners, como exercício poético/interpretativo, e eu aceitei. Olhando a figura, escrevi...

Navego sem corpo e sem alma
Não sou nada,
Mas dentro de mim vagueia o que perdi.

Entre céu e mar,
Sinto-me como em um cabide do acaso
Em que não posso deixar de pensar
Que um dia fui gente
E carreguei flores.

Hoje, não sou nada,
Outra vez...

(Joice Worm)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Aiô, Silver!!

... Aiô, Silver!!... Assim chamava o cowboy americano Cavaleiro Solitário, ao seu cavalo e por amizade com o índio Tonto. E seu cavalo obedecia ao chamado e aparecia nas horas mais incríveis para o seu suposto salvamento das situações de vida ou morte.

... Aiô, Silver!"... Chamo meu cavalo de guerra a me salvar desta situação de crise financeira.

- "Aiô, Silver!", "Aiô, Silver!", "Aiô, Silver!"...

Cara... Onde anda o cavalo????????

domingo, 1 de junho de 2008

Karma

Um dia, acordei sem saber qual o meu objectivo de vida. Pestanejei olhando para a janela e vi os detalhes do parapeito húmido que fazia desenhos de bolor. Toquei na parede branca do meu quarto, e lembro bem que só tinha nove aninhos. Fechei os olhos outra vez e pensei que poderia aquecer aquela parede. Continuei com a minha mãozinha ali, qual pássaro a aquecer o ovo posto. Pensei que podia curar pessoas com as minhas mãos ou dar a minha saúde a quem não a tivesse. Cansei de estar com o braço erguido a tocar a parede e olhei para o lugar que tinha tocado. Estava igual aparentemente. Não consegui mudar nada do que realmente via, mas uma coisa aconteceu: Estava mais quente. Conclui que apesar de não ter o poder da cura, sabia que poderia ajudar a aquecer a essência daquilo que eu tocasse. Fiquei assim, mais tranquila... Voltei a dormir e a sonhar. - Boa noite, Joice... - Disse o meu anjo.