Era uma vez um homem muito rico e solitário... ( Não sei porque os pessoas muito ricas são solitárias, mas aí vai a história...). Por vezes emprestava dinheiro com intenção de ser reconhecido como uma boa pessoa. Mas não tardava muito, começava a se preocupar com o retorno daquele dinheiro.
De vez em quando uma das pessoas que ele tinha ajudado, passava por sua casa e lhe levava um bolo, umas frutas e até mesmo um pouco de companhia e conversa, mas ele já não gostava sequer de tais visitas e com aquelas "porcarias" que ele nem iria comer... Ficava irritado com as visitas dos seus devedores que iam até a sua casa para ver como ele estava e nunca falava no pagamento da dívida.
O homem por vezes nem dormia a tentar imaginar as palavras que teria que dizer na próxima visita que lhe fizessem... O que queria era seu dinheiro de volta! Mesmo não precisando, ele achava que todo mundo tinha que honrar os seus compromissos e sem saber se o devedor podia ou não pagar, ele só tinha em mente o factor "tempo" e eles todos já tinham tido tempo mais que suficiente para lhe pagar.
E assim, sozinho em sua casa, a primeira visita que recebeu depois daquele dia, foi logo pedindo a devolução do seu dinheiro o mais rápido possível e que podia levar as frutas de volta que ele não ia consumir...
Um a um foi recebendo a intimação do pagamento que teriam que devolver, e a proporção que isto acontecia as pessoas ficavam com mais problemas por não poderem pagar nem ao menos com carinho...
O "nosso homem" um dia adoeceu. Não pode sair da cama para pedir ajuda. Ardia em febre e o seu peito apertava... Ao fim de umas horas em sofrimento, teve um ataque cardíaco e morreu... Ninguém soube naquele dia, nem no outro, nem no outro...
Finalmente, veio um amigo lhe visitar e que não lhe devia nada. Vinha de longe e como passava por ali, resolveu ver como ele estava.
Estava só e abandonado no seu leito de morte. O amigo chamou a polícia porque achou estranho o carro estar na garagem e ele não atender a porta. A polícia arrombou a janela e o encontrou morto em estado avançado de podridão corporal.
Verificando a casa, viu que por baixo da porta estavam vários envelopes com dinheiro e agradecimento pela ajuda que ele tinham dado.
Ninguém entendeu como é que um homem tão bom e tão rico poderia ter acabado só e daquele jeito...
7 comentários:
Você escreve muito bem, repito aqui. Além de um português correto tem lógica nos seus textos , com início, meio e final bem concretizados, além da mensagem , sempre necessária. Parabéns. Manoel Virgílio
Para mim é uma lisonja receber um comentário de um Poeta brasileiro conceituado e com livro publicado!! Muito obrigada por suas palavras meu grande amigo!
Gostei de teu texto...
Tem realmente..cabeça, tronco e membros..
bj fofo
Yo creo que ese hombre tenía miedo a darse. ¿Sabemos por qué nuestro protagonista estaba solo? A lo mejor si no encontró el amor, no quiso acompañar su soledad pero también cerró el corazón. Afortunadamente no cerró el bolsillo y, por lo menos, ayudaba a gente necesitada.
¿Cuál es la moraleja del cuento?
Como dizia meu velho pai :
CAIXÃO NÃO TEM GAVETA...
Teve o final que se esperava...
Esqueci...
OI....ehehe
Abraços
Madrugada,
Um beijo grande para ti, linda.
Obrigada por suas palavras.
Caro,
La moraleja es que al final, el dinero no vale mucho sin las personas para compartir... Pero hay más cositas. Tiene que interiorizála.
Pião,
A frase pode ser antiga, mas te juro que é a primeira vez que ouço. Hehe...
(Olha vc aqui... Obrigaduuuuuuu)
Espetacular!!! Eu gostaria de escrever assim.
Que jeito de morrer...só, ele não estava mais nem com ele mesmo! Bj
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