Hoje rezei...

(inspirei-me no comentário que fiz ao post de Ricardo Calmon...
http://viverpuramagia.blogspot.com/2009/04/o-paradoxo-de-uma-linda-cidade-parte.html)

Eu tenho um coração muito pequenino para tentar sentir a dor do meu povo. Sinto-me impotente para palavrear ou agir contra o que está acontecendo, não só no Rio de Janeiro, mas em todos os cantos do mundo em que o homem luta contra o homem e que a droga mistura-se com política, com prostituição, com interesses...

Nem minhas lágrimas adiantam.
Nem minhas preces parecem ter forças.
Nem meu olhar voltado para o céu...

Meu coração sucumbirá antes do homem se amar de verdade...
Envergonho-me de saber que o esforço de quem arrisca lutar, seja mais que rapidamente eliminado.
Envergonho-me de não lutar...
Palavreio sentimentos, palavreio vontades, palavreio meus desejos.

Sonho e peço. Rogo. De olhos fechados e mãos apertadas contra meu peito.

Senhor tende piedade de nós...
E verás um sorriso largo de ponta a ponta do globo terrestre.
Verás seu mar mais azul e sua natureza mais verde.
Prometo do fundo do meu coração ser sua espada e seu escudo.
Enfrentarei os maus.
Defenderei os bons.

Ouça-me Senhor. Eu não sei quem és. Se és homem, mulher ou se realmente não tem sexo. És espírito essencialmente e me basta.

Sei o que sinto e sei a diferença entre o bem e o mal.
Sei a diferença do amor e do ódio.

E minha luta será criando as palavras mais bonitas que minha inspiração possa extrair desta parte de mim. Deixando que o perfume destas palavras entre na casa de quem quiser abrir a janela neste momento...

O perfume perdurará e a janela pode estar fechada por muito tempo, mas a oportunidade estará sempre a espreitar por ela. E esperará paciente.

Não há coração que não possa ser acarinhado. Compreendido e amado.

Amén.

Joice Worm