E se eu disser que gosto de ti,
Você acredita?
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Luzes do Norte
Ontem fui ver no cinema aqui em Espanha "La Brujula Dorada". Uma adaptação do livro Luzes do Norte de Philip Pullman http://www.labrujuladorada.com/
Um filme que me impressionou com a idéia espectacular de que cada ser humano tinha um animalzinho como uma espécie de alma. E claro, se acontecesse algo ao animal, naturalmente o seu dono, sentia a moléstia. E também, era interessante ver que enquanto a personalidade da pessoa não se formasse, ou melhor, enquanto era criança, o animal se transformava em outros tantos: de pássaro para cão, de cão para gato, de gato para gaivota...
E quando finalmente fosse adulto, o animal que se indentificasse com o seu espírito, era o que vigorava. De forma que haviam pessoas com cobra nas mãos a brincar, grilos, macacos peversos, mas também coelhinhos, ratinhos, gatos amorosos... Apesar de parecer em filme, mais um trabalho infantil com efeitos especiais ou que seja uma mistura do Harry Potter e do Senhor dos Anéis. Acho que devemos tentar tirar a melhor mensagem que se possa para nossas vidas.
Tenho pena de que a idéia de ver o animal e reconhecer a pessoal seja fictícia. Era mais fácil para lidar com gente...
Um filme que me impressionou com a idéia espectacular de que cada ser humano tinha um animalzinho como uma espécie de alma. E claro, se acontecesse algo ao animal, naturalmente o seu dono, sentia a moléstia. E também, era interessante ver que enquanto a personalidade da pessoa não se formasse, ou melhor, enquanto era criança, o animal se transformava em outros tantos: de pássaro para cão, de cão para gato, de gato para gaivota...
E quando finalmente fosse adulto, o animal que se indentificasse com o seu espírito, era o que vigorava. De forma que haviam pessoas com cobra nas mãos a brincar, grilos, macacos peversos, mas também coelhinhos, ratinhos, gatos amorosos... Apesar de parecer em filme, mais um trabalho infantil com efeitos especiais ou que seja uma mistura do Harry Potter e do Senhor dos Anéis. Acho que devemos tentar tirar a melhor mensagem que se possa para nossas vidas.
Tenho pena de que a idéia de ver o animal e reconhecer a pessoal seja fictícia. Era mais fácil para lidar com gente...
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
Nossas diferenças
Em relação a homens e mulheres, de Marte e de Vênus, temos que reconhecer as nossas diferenças e aprender a conviver. Não adianta estar a comparar que este é mais duro e que a outra é mais dócil.
O fundamental é que os dois tem sentimentos e precisam ouvir ..."Eu te amo, meu amor...", "Te quero muito...", "Vou beber uma cerveja, queres vir comigo?...", "Se me deres uma massagem nas costas hoje, lhe prometo uma noite de sonhos..., e se não deres, tu me prometes uma noite de sonhos..." (uma brincadeira que serve para os dois). E outras e outras frases de amizade e carinho que no fim, o que se cria é um compromisso de amor tão grande, que ambos esquecem as adversidades.
Este é o segredo do que nós gostamos nos homens, que aprenda e nos ensine como fazer um ao outro se sentir melhor.
O fundamental é que os dois tem sentimentos e precisam ouvir ..."Eu te amo, meu amor...", "Te quero muito...", "Vou beber uma cerveja, queres vir comigo?...", "Se me deres uma massagem nas costas hoje, lhe prometo uma noite de sonhos..., e se não deres, tu me prometes uma noite de sonhos..." (uma brincadeira que serve para os dois). E outras e outras frases de amizade e carinho que no fim, o que se cria é um compromisso de amor tão grande, que ambos esquecem as adversidades.
Este é o segredo do que nós gostamos nos homens, que aprenda e nos ensine como fazer um ao outro se sentir melhor.
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Amor à primeira vista
Fiz uma visita a um Blog que fazia comentários sobre o amor à primeira vista. E incrivelmente, nem o autor acreditava, nem os 6 comentários que lá estavam. Então não aguentei e contei a verdade...
"Agora chego eu para confirmar a existência do amor à primeira vista.Conheci meu marido no primeiro dia que o vi. Estava eu na casa de uns amigos e ele era um convidado. Como ninguem foi abrir a porta quando ele tocou, levantei-me e não deu outra. Ficamos uns minutos parados a olhar nos olhos um do outro e sem entender como, parecia que já nos conhecíamos de algum lugar. Namoramos no mesmo dia. E depois de 8 meses estávamos casados. Depois de 2 anos de casados, tivemos a primeira filha, depois mais uma que hoje já tem 15 e 18 anos. Somos uma família com idade de 20 anos de casados e fazemos amor como o primeiro dia. Com paixão e inovação. O segredo é a paciência. O segredo é a amizade. O segredo é ultrapassar as adversidades juntos. O segredo, é que o amor é grande quando existe e ninguém nem nada pode abalar. Nem mesmo as nossas diferenças pessoais…Tenho mais para contar sobre o amor à primeira vista… Sabe porque? Eu sonhei com ele quando tinha 15 anos e agora já tenho 46. Sonhei tanto que encontrei!"
E assim é até hoje!
"Agora chego eu para confirmar a existência do amor à primeira vista.Conheci meu marido no primeiro dia que o vi. Estava eu na casa de uns amigos e ele era um convidado. Como ninguem foi abrir a porta quando ele tocou, levantei-me e não deu outra. Ficamos uns minutos parados a olhar nos olhos um do outro e sem entender como, parecia que já nos conhecíamos de algum lugar. Namoramos no mesmo dia. E depois de 8 meses estávamos casados. Depois de 2 anos de casados, tivemos a primeira filha, depois mais uma que hoje já tem 15 e 18 anos. Somos uma família com idade de 20 anos de casados e fazemos amor como o primeiro dia. Com paixão e inovação. O segredo é a paciência. O segredo é a amizade. O segredo é ultrapassar as adversidades juntos. O segredo, é que o amor é grande quando existe e ninguém nem nada pode abalar. Nem mesmo as nossas diferenças pessoais…Tenho mais para contar sobre o amor à primeira vista… Sabe porque? Eu sonhei com ele quando tinha 15 anos e agora já tenho 46. Sonhei tanto que encontrei!"
E assim é até hoje!
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Dilema - A mulher e seu amante
Um intervalo ao Conto por um Dilema...
Bom, não é um dilema desconhecido, mas tenho que saber muitas opiniões para conseguir decifrá-lo...
"Uma jovem casada, abandonada pelo marido, excessivamente entregue aos negócios, deixa-se seduzir e vai passar a noite com seu sedutor em uma casa do outro lado do rio.
Para voltar no dia seguinte muito cedo, antes da volta do marido, que está de viagem, deve passar a ponte, mas está lá um louco que lhe impede a passagem.
Corre então para pedir ajuda a um barqueiro que lhe recusa atravessar se ela não pagar o bilheite. Ela não tem dinheiro e ele não a passa se não receber adiantado.
Vai pedir ajuda ao seu amante e lhe pede dinheiro. Ele se nega sem dar explicação.
Vai pedir ajuda a um amigo que mora ali perto e que tem por ela um amor platônico que ela nunca correspondeu, lhe conta tudo que está passando e lhe pede dinheiro para atravessar o rio pagando ao barqueiro. Mas ele também se nega.
Então decide arriscar passar pela ponte e o louco lhe mata!
Pergunta-se:
Quem é o responsável pela morte dela por ordem de valores? A própria mulher, o marido, o amante, o amigo, o louco ou o barqueiro?
E quem tem a menor culpa?"
(Tentem discutir em família e se conseguirem uma conclusão, digam-me...)
Bom, não é um dilema desconhecido, mas tenho que saber muitas opiniões para conseguir decifrá-lo...
"Uma jovem casada, abandonada pelo marido, excessivamente entregue aos negócios, deixa-se seduzir e vai passar a noite com seu sedutor em uma casa do outro lado do rio.
Para voltar no dia seguinte muito cedo, antes da volta do marido, que está de viagem, deve passar a ponte, mas está lá um louco que lhe impede a passagem.
Corre então para pedir ajuda a um barqueiro que lhe recusa atravessar se ela não pagar o bilheite. Ela não tem dinheiro e ele não a passa se não receber adiantado.
Vai pedir ajuda ao seu amante e lhe pede dinheiro. Ele se nega sem dar explicação.
Vai pedir ajuda a um amigo que mora ali perto e que tem por ela um amor platônico que ela nunca correspondeu, lhe conta tudo que está passando e lhe pede dinheiro para atravessar o rio pagando ao barqueiro. Mas ele também se nega.
Então decide arriscar passar pela ponte e o louco lhe mata!
Pergunta-se:
Quem é o responsável pela morte dela por ordem de valores? A própria mulher, o marido, o amante, o amigo, o louco ou o barqueiro?
E quem tem a menor culpa?"
(Tentem discutir em família e se conseguirem uma conclusão, digam-me...)
Capítulo 5 - Alma Gêmea
Carina continuava parada, mas respondeu baixinho. – Abro. Anabela com certeza não ouviu, mas ele também não tocou mais. Ela deu mais um passo à frente e começou a tremer como uma criança. Segurou-se na correntinha que trazia ao pescoço e apertou forte sem saber porque. Abriu a porta lentamente e como uma flecha no seu coração, olhou nos olhos do homem que Anabela esperava e ficou completamente atordoada. Olharam-se nos olhos um do outro, mas ela parecia mais perturbada do que ele.
- Sou um amigo da Anabela, ela deve estar a minha espera.
- Sim, eu sei. Pode entrar por favor. Ela estar a tomar um banho, mas não se demora.
Carina percebeu que ele continuava a olhá-la e parecia um pouco intrigado, quando lhe fez uma pergunta ainda mais estranha. – Nós já nos conhecemos?
- Não. Seguramente que não.
- Engraçado, quando a vi, parecia que já a conhecia de algum lado. Mas devo estar a confundi-la com alguém.
- Com certeza...
Por instantes Carina tinha resolvido não dar asas a sua imaginação, ou mesmo, não dar ouvido ao seu coração. Talvez por respeito a sua amiga, talvez por medo da sensação diferente do que estava a sentir. Mas de repente, e conforme manda os estudos da sua profissão, tentou relaxar sem se envolver e fazer algumas perguntas enquanto tinha algum tempo até o retorno de Anabela.
- Nunca me aconteceu isso. – Disse ele. – Sempre que conheço alguém pela primeira vez, parecem-me sempre estranho a mim, mas com você senti realmente como se a conhecesse. Deixe que me apresente. Sou Tiago Ross, com dois “s”. Normalmente as pessoas que me conhecem, chamam-me de Ross. E você...
- Sou Carina, com “C”. E normalmente chamam-me de Carina. Nunca tive nenhuma alcunha sequer. Todos me chamam directamente pelo nome. Inclusive os meus pais. Pelo meu apelido também não me tratam. Sou “Silva” e é um apelido muito comum.
- Tive um amigo que conhecia um vendedor de cerveja na praia que lhe chamavam de “Silva”, portanto como era um homem, acho pouco provável que um dia lhe chame de “Silva”.
Carina riu-se como uma adolescente. E não percebeu que tinha se sentado nas folhas do livro de Anabela. Quando Ross lhe chamou a atenção, ela estava ainda a rir descontroladamente.
- Acho que estás sentada em algumas folhas que escrevestes. Será que já não tem importância?. – Disse ele, tentando ajudar.
- Oh, meu Deus. Ainda bem que Anabela não viu. Não fui eu que escrevi, foi ela. Estava tentando incentivá-la para continuar a escrever. Há anos que tem estas folhinhas escritas e não consegue terminá-las. Não sei se por não ter vontade de continuar o mesmo assunto ou por simplesmente não ter vontade de escrever.
Neste mesmo momento, Anabela grita para Carina. – Amiga, que cor acha que devo vestir... – Rosa?
E ao mesmo tempo que Ross, eles repondem: - AZUL!
- Sou um amigo da Anabela, ela deve estar a minha espera.
- Sim, eu sei. Pode entrar por favor. Ela estar a tomar um banho, mas não se demora.
Carina percebeu que ele continuava a olhá-la e parecia um pouco intrigado, quando lhe fez uma pergunta ainda mais estranha. – Nós já nos conhecemos?
- Não. Seguramente que não.
- Engraçado, quando a vi, parecia que já a conhecia de algum lado. Mas devo estar a confundi-la com alguém.
- Com certeza...
Por instantes Carina tinha resolvido não dar asas a sua imaginação, ou mesmo, não dar ouvido ao seu coração. Talvez por respeito a sua amiga, talvez por medo da sensação diferente do que estava a sentir. Mas de repente, e conforme manda os estudos da sua profissão, tentou relaxar sem se envolver e fazer algumas perguntas enquanto tinha algum tempo até o retorno de Anabela.
- Nunca me aconteceu isso. – Disse ele. – Sempre que conheço alguém pela primeira vez, parecem-me sempre estranho a mim, mas com você senti realmente como se a conhecesse. Deixe que me apresente. Sou Tiago Ross, com dois “s”. Normalmente as pessoas que me conhecem, chamam-me de Ross. E você...
- Sou Carina, com “C”. E normalmente chamam-me de Carina. Nunca tive nenhuma alcunha sequer. Todos me chamam directamente pelo nome. Inclusive os meus pais. Pelo meu apelido também não me tratam. Sou “Silva” e é um apelido muito comum.
- Tive um amigo que conhecia um vendedor de cerveja na praia que lhe chamavam de “Silva”, portanto como era um homem, acho pouco provável que um dia lhe chame de “Silva”.
Carina riu-se como uma adolescente. E não percebeu que tinha se sentado nas folhas do livro de Anabela. Quando Ross lhe chamou a atenção, ela estava ainda a rir descontroladamente.
- Acho que estás sentada em algumas folhas que escrevestes. Será que já não tem importância?. – Disse ele, tentando ajudar.
- Oh, meu Deus. Ainda bem que Anabela não viu. Não fui eu que escrevi, foi ela. Estava tentando incentivá-la para continuar a escrever. Há anos que tem estas folhinhas escritas e não consegue terminá-las. Não sei se por não ter vontade de continuar o mesmo assunto ou por simplesmente não ter vontade de escrever.
Neste mesmo momento, Anabela grita para Carina. – Amiga, que cor acha que devo vestir... – Rosa?
E ao mesmo tempo que Ross, eles repondem: - AZUL!
sábado, 13 de outubro de 2007
Capítulo 4 - Alma Gêmea
Alma Gêmea
(Joice Worm)
- Bom, só espero que ele tenha mais alto astral do que você, minha amiga. Senão, terei dois pacientes para curar em minha própria casa.
- A propósito, já pensou onde vai fazer o seu estágio de Psicóloga?
- Com o material que tenho em casa, posso começar por você mesma.
- Não brique com isso Carina. Ainda não estou precisando deitar no divã.
- Toda gente deveria um dia deitar num divã Belinha, toda gente!
- Essa é conversa de profissional. Claro que se todos precisassem vocês ficariam ricos em três tempos.
- Para alguns, esta profissão pode representar dinheiro, mas para mim, acho muito interessante poder tirar com as minhas mãos, uma pessoa do fundo do poço. – Disse Carina, entusiasmada com a idéia.
- Então estou com sorte, mas tenho que me apressar, meu amigo já deve estar quase a chegar..
- Antes podia me fazer um favor Anabela. Não sei se te importarias, mas pode me emprestar o seu manuscrito do famigerado livro que andas a escrever há anos?...
- Já não é um manuscrito. Já passei a computador, mas como imprimi e perdi a disquete que continha o que escrevi, tenho que transcrevê-lo.
- Claro! Agora só por isso levamos mais oito anos.
- Não diga isso, de qualquer forma, vou tentar seguir o seu conselho e prosseguir escrevendo. Mas se quiseres ler, está aqui... Não... – Balbuciou Anabela, procurando os papéis, - Já não sei onde guardei... Aqui! Pronto. Até o clips já está enferrujado. Parece incrível.
- Incrível? Eu cá acredito. Isso serve de prova para ver o tempo que levastes com estas idéias no papel. Posso ler mais uma vez? Já não me recordo das suas idéias.
- Leia à vontade amiga. Se fosse cobrar cada vez que disse que estava a escrevê-lo, já tinha ficado rica.
Anabela saiu a correr para o banheiro para tomar um duche e se pôr bonita para encontrar o amigo. Por enquanto não tinha nada com ele, era apenas um bom amigo. E ela gostava de estar a conversar e ouvir as suas idéias.
- E tire esta roupa roxa!, gritou Carina da sala.
- Não é roxa, é lilás!, retorquiu Anabela.
Carina era uma boa amiga. Parecia sempre preocupada com Anabela, mas por vezes parecia dona da verdade. Só porque estava acabando o curso de Psicologia, já pensava que acertava em todas as suas análises. Mas era muito boa pessoa.
Inesperadamente a campanhia tocou três vezes, e só tinham passado cerca de 8 minutos. Claro que não deu tempo da Anabela se arrumar. E gritou para Carina. – É ele. Pode abrir-me a porta por favor? Diga-lhe que não me demoro. E Carina, curiosissíma, foi abrir a porta para conhecer o dito cujo que fazia a Anabela sair do seu leito de depressão com tanto entusiasmo. Levantou-se e deixou as páginas do “Quem você pensa que é” em cima do sofá. Dirigiu-se lentamente para a porta e através dela, antes mesmo de abrir, ficou parada sem conseguir se mexer. E a campanhia tocou outra vez, mais três vezes.
- Então, não abres?, gritou Anabela do banheiro.
(Joice Worm)
- Bom, só espero que ele tenha mais alto astral do que você, minha amiga. Senão, terei dois pacientes para curar em minha própria casa.
- A propósito, já pensou onde vai fazer o seu estágio de Psicóloga?
- Com o material que tenho em casa, posso começar por você mesma.
- Não brique com isso Carina. Ainda não estou precisando deitar no divã.
- Toda gente deveria um dia deitar num divã Belinha, toda gente!
- Essa é conversa de profissional. Claro que se todos precisassem vocês ficariam ricos em três tempos.
- Para alguns, esta profissão pode representar dinheiro, mas para mim, acho muito interessante poder tirar com as minhas mãos, uma pessoa do fundo do poço. – Disse Carina, entusiasmada com a idéia.
- Então estou com sorte, mas tenho que me apressar, meu amigo já deve estar quase a chegar..
- Antes podia me fazer um favor Anabela. Não sei se te importarias, mas pode me emprestar o seu manuscrito do famigerado livro que andas a escrever há anos?...
- Já não é um manuscrito. Já passei a computador, mas como imprimi e perdi a disquete que continha o que escrevi, tenho que transcrevê-lo.
- Claro! Agora só por isso levamos mais oito anos.
- Não diga isso, de qualquer forma, vou tentar seguir o seu conselho e prosseguir escrevendo. Mas se quiseres ler, está aqui... Não... – Balbuciou Anabela, procurando os papéis, - Já não sei onde guardei... Aqui! Pronto. Até o clips já está enferrujado. Parece incrível.
- Incrível? Eu cá acredito. Isso serve de prova para ver o tempo que levastes com estas idéias no papel. Posso ler mais uma vez? Já não me recordo das suas idéias.
- Leia à vontade amiga. Se fosse cobrar cada vez que disse que estava a escrevê-lo, já tinha ficado rica.
Anabela saiu a correr para o banheiro para tomar um duche e se pôr bonita para encontrar o amigo. Por enquanto não tinha nada com ele, era apenas um bom amigo. E ela gostava de estar a conversar e ouvir as suas idéias.
- E tire esta roupa roxa!, gritou Carina da sala.
- Não é roxa, é lilás!, retorquiu Anabela.
Carina era uma boa amiga. Parecia sempre preocupada com Anabela, mas por vezes parecia dona da verdade. Só porque estava acabando o curso de Psicologia, já pensava que acertava em todas as suas análises. Mas era muito boa pessoa.
Inesperadamente a campanhia tocou três vezes, e só tinham passado cerca de 8 minutos. Claro que não deu tempo da Anabela se arrumar. E gritou para Carina. – É ele. Pode abrir-me a porta por favor? Diga-lhe que não me demoro. E Carina, curiosissíma, foi abrir a porta para conhecer o dito cujo que fazia a Anabela sair do seu leito de depressão com tanto entusiasmo. Levantou-se e deixou as páginas do “Quem você pensa que é” em cima do sofá. Dirigiu-se lentamente para a porta e através dela, antes mesmo de abrir, ficou parada sem conseguir se mexer. E a campanhia tocou outra vez, mais três vezes.
- Então, não abres?, gritou Anabela do banheiro.
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
Capítulo 3 - Alma Gêmea
Alma Gêmea
(Joice Worm)
Falou isso e foi abrindo as cortinas e a janela, deixando entrar o sol maravilhoso que havia lá fora. E de repente o quarto ficou iluminado com os últimos raios que já se preparava para desaparecer, não entretanto antes de tentar aquecer todo o lugar que pudesse alcançar. E alcançou o rosto de Anabela com tanta intensidade que ela sentiu um arrepio de emoção. Parecia que o sol a tinha beijado. No mesmo instante, Carina havia passado tão próxima dela que pôde sentir o cheiro da sua pele suada de trabalho, misturado com o sabonete que usava habitualmente. Anabela abriu os olhos e olhou para o lado de fora da janela. Não quis olhar para Carina. Mas Carina não parava de falar sobre os seus próprios problemas existenciais.
- Realmente é mais fácil pensarmos positivamente quando temos uma conta bancária recheada e estável. – Continuo Carina. Há mulheres que escrevem livros ou até mesmo dão entrevistas quando tem a vida inteiramente equilibrada com sua questão profissional ou emocional resolvida, outras escrevem quando estão com problemas sentimentais. Outras ainda...
- Eu estou a escrever um livro também Carina...
- Qual, aquele que chama, “Quem você pensa que é?” ?
- Sim.
- Minha querida Belinha, ponha a cabeça no lugar, escrever um livro não é dizer que “está” a escrever um livro... É sentar e escrevê-lo mesmo. Não podes passar anos a dizer que está a escrever um livro e dar a toda a gente que conheces apenas três ou quatro páginas para ler.
- Tem dez.
- Que diferença isso faz. Tens que sentar em frente ao que já escrevestes, considerar os pontos importantes que queres abordar e por mãos à obra. Senão, o melhor é não dizeres nada a ninguém e fazer o seu trabalho tranquilamente durante os anos que quiser. Este teu “livro” já ouço falar a mais de 8 anos e não acho que seja uma coisa normal, amiga.
Anabela ficou ainda mais triste. Descobriu mais uma derrota do seu inconformismo pessoal. Nem mesmo as suas idéias ela conseguia por em práctica. Nesse momento o telefone tocou. Carina saiu do quarto para atender, deixando Anabela absorvida em seus pensamentos.
- Sim, não ela não está acordada. Está dormindo...
Anabela levanta rapidamente e toma-lhe o telefone das mãos.
- Alô, sou eu. Não, ela estava a brincar. Sim, estarei pronta em quinze minutos. Não demoro nada. Passas aqui para me buscar ou queres que desça e o espere aí embaixo? Hum... está bem, então espero que toques três vezes para saber que é você. Até já.
Desligou o telefone e já parecia outra pessoa. Estava completamente entusiasmada com aquele encontro e Carina percebeu a sua euforia.
- Quem é o rapazinho?
- Não é ninguém que você conheça Carina, mas na primeira oportunidade lhe apresento. Para já, posso lhe dizer que é um homem e não um rapazinho, como dizes.
(Joice Worm)
Falou isso e foi abrindo as cortinas e a janela, deixando entrar o sol maravilhoso que havia lá fora. E de repente o quarto ficou iluminado com os últimos raios que já se preparava para desaparecer, não entretanto antes de tentar aquecer todo o lugar que pudesse alcançar. E alcançou o rosto de Anabela com tanta intensidade que ela sentiu um arrepio de emoção. Parecia que o sol a tinha beijado. No mesmo instante, Carina havia passado tão próxima dela que pôde sentir o cheiro da sua pele suada de trabalho, misturado com o sabonete que usava habitualmente. Anabela abriu os olhos e olhou para o lado de fora da janela. Não quis olhar para Carina. Mas Carina não parava de falar sobre os seus próprios problemas existenciais.
- Realmente é mais fácil pensarmos positivamente quando temos uma conta bancária recheada e estável. – Continuo Carina. Há mulheres que escrevem livros ou até mesmo dão entrevistas quando tem a vida inteiramente equilibrada com sua questão profissional ou emocional resolvida, outras escrevem quando estão com problemas sentimentais. Outras ainda...
- Eu estou a escrever um livro também Carina...
- Qual, aquele que chama, “Quem você pensa que é?” ?
- Sim.
- Minha querida Belinha, ponha a cabeça no lugar, escrever um livro não é dizer que “está” a escrever um livro... É sentar e escrevê-lo mesmo. Não podes passar anos a dizer que está a escrever um livro e dar a toda a gente que conheces apenas três ou quatro páginas para ler.
- Tem dez.
- Que diferença isso faz. Tens que sentar em frente ao que já escrevestes, considerar os pontos importantes que queres abordar e por mãos à obra. Senão, o melhor é não dizeres nada a ninguém e fazer o seu trabalho tranquilamente durante os anos que quiser. Este teu “livro” já ouço falar a mais de 8 anos e não acho que seja uma coisa normal, amiga.
Anabela ficou ainda mais triste. Descobriu mais uma derrota do seu inconformismo pessoal. Nem mesmo as suas idéias ela conseguia por em práctica. Nesse momento o telefone tocou. Carina saiu do quarto para atender, deixando Anabela absorvida em seus pensamentos.
- Sim, não ela não está acordada. Está dormindo...
Anabela levanta rapidamente e toma-lhe o telefone das mãos.
- Alô, sou eu. Não, ela estava a brincar. Sim, estarei pronta em quinze minutos. Não demoro nada. Passas aqui para me buscar ou queres que desça e o espere aí embaixo? Hum... está bem, então espero que toques três vezes para saber que é você. Até já.
Desligou o telefone e já parecia outra pessoa. Estava completamente entusiasmada com aquele encontro e Carina percebeu a sua euforia.
- Quem é o rapazinho?
- Não é ninguém que você conheça Carina, mas na primeira oportunidade lhe apresento. Para já, posso lhe dizer que é um homem e não um rapazinho, como dizes.
domingo, 7 de outubro de 2007
Capítulo 2 - Alma Gêmea
Alma Gêmea
(Joice Worm)
- Sei... – Resmungou Anabela, tentando sair da cama a puxar o cobertor por baixo da Carina.
- Estou muito cansada hoje também. Para mim, às vezes queria que o mundo parasse ou se acabasse. – Falou Carina, abaixando a cabeça em seu próprio colo.
- Calma amiga, passou-se alguma coisa?. – Anabela acariciou os cabelos sedosos da amiga e fez-lhe umas massagens em seus ombros.
- Nós mulheres, - Continuou Carina, levantando-se sem dar importância à massagem que Anabela lhe aplicava para relaxar - Apesar do meio que vivemos, situação financeira ou social em que nascemos, temos um papel importantíssimo nesta vida. Somos apaziguadoras, mediadoras, protectoras, responsáveis, amigas, confidentes, amantes, trabalhadoras, organizadoras e além de outras qualidades que nos envolvem, somos procriadoras e conselheiras. Portanto, não é fácil conseguir, ser tudo isto se não tivermos consciência das nossas capacidades espirituais. Independente do sofrimento pessoal que qualquer uma de nós esteja a passar, em parte, temos que nos atribuir alguma culpa. A vida é feita de ações e reações, é o chamado “efeito borboleta”, quando uma borboleta bate as asas na China, pode causar um furacão nos Estados Unidos. Isto prova que o mundo está interligado fisicamente e nós, por nossa vez, estamos ligados uns aos outros de tal forma que tudo o que nos acontece é exclusivamente da nossa responsabilidade. Se por acaso você tem uma planta que morre, é porque você não cuidou dela com a convêniencia que ela merecia. Há plantas que precisam de mais água que as outras, há plantas que precisam ser podadas de vez em quando, mas tens que fazê-la com muito carinho e passividade, como o “bonsai”. E assim é o ser humano. Assim é o tratamento que temos que dar às pessoas que envolvem a nossa vida. Nós somos mulheres. Nós temos vontades e ambições. E pode ter certeza que conseguimos tudo aquilo que queremos mais cedo ou mais tarde. Entretanto para que isto aconteça, temos que passar em vários testes. Um deles é o da convivência familiar. E assim começamos pela nossa primeira família, aquela que nos criou... Ali, aprendemos e seguimos a nossa vida.
- Nossa... Que grande discurso. Até parece que também estás no mesmo estado que eu, mas com um toque de revolta em suas palavras.
- O que me revolta é ver-te, como mulher, prostada em uma cama sem reagir às coisa que lhe acontecem.
- Eu sei Carina. Você tem toda razão, mas eu entrei em um estado de depressão que não sei como nem porque, sinto-me triste e sem forças para nada.
- Nem acredito no que estou ouvindo Anabela. Nem pareces a pessoa que conheço. Primeiro tens que levantar desta cama, abrir as janelas e arejar este quarto. Este teu estado de letargia fica mais agravado no meio desta escuridão.
(Joice Worm)
- Sei... – Resmungou Anabela, tentando sair da cama a puxar o cobertor por baixo da Carina.
- Estou muito cansada hoje também. Para mim, às vezes queria que o mundo parasse ou se acabasse. – Falou Carina, abaixando a cabeça em seu próprio colo.
- Calma amiga, passou-se alguma coisa?. – Anabela acariciou os cabelos sedosos da amiga e fez-lhe umas massagens em seus ombros.
- Nós mulheres, - Continuou Carina, levantando-se sem dar importância à massagem que Anabela lhe aplicava para relaxar - Apesar do meio que vivemos, situação financeira ou social em que nascemos, temos um papel importantíssimo nesta vida. Somos apaziguadoras, mediadoras, protectoras, responsáveis, amigas, confidentes, amantes, trabalhadoras, organizadoras e além de outras qualidades que nos envolvem, somos procriadoras e conselheiras. Portanto, não é fácil conseguir, ser tudo isto se não tivermos consciência das nossas capacidades espirituais. Independente do sofrimento pessoal que qualquer uma de nós esteja a passar, em parte, temos que nos atribuir alguma culpa. A vida é feita de ações e reações, é o chamado “efeito borboleta”, quando uma borboleta bate as asas na China, pode causar um furacão nos Estados Unidos. Isto prova que o mundo está interligado fisicamente e nós, por nossa vez, estamos ligados uns aos outros de tal forma que tudo o que nos acontece é exclusivamente da nossa responsabilidade. Se por acaso você tem uma planta que morre, é porque você não cuidou dela com a convêniencia que ela merecia. Há plantas que precisam de mais água que as outras, há plantas que precisam ser podadas de vez em quando, mas tens que fazê-la com muito carinho e passividade, como o “bonsai”. E assim é o ser humano. Assim é o tratamento que temos que dar às pessoas que envolvem a nossa vida. Nós somos mulheres. Nós temos vontades e ambições. E pode ter certeza que conseguimos tudo aquilo que queremos mais cedo ou mais tarde. Entretanto para que isto aconteça, temos que passar em vários testes. Um deles é o da convivência familiar. E assim começamos pela nossa primeira família, aquela que nos criou... Ali, aprendemos e seguimos a nossa vida.
- Nossa... Que grande discurso. Até parece que também estás no mesmo estado que eu, mas com um toque de revolta em suas palavras.
- O que me revolta é ver-te, como mulher, prostada em uma cama sem reagir às coisa que lhe acontecem.
- Eu sei Carina. Você tem toda razão, mas eu entrei em um estado de depressão que não sei como nem porque, sinto-me triste e sem forças para nada.
- Nem acredito no que estou ouvindo Anabela. Nem pareces a pessoa que conheço. Primeiro tens que levantar desta cama, abrir as janelas e arejar este quarto. Este teu estado de letargia fica mais agravado no meio desta escuridão.
Capítulo 1 - Alma Gêmea
Alma Gêmea
(Joice Worm)
Naquela noite, Anabela voava e se afastava do seu corpo físico. Era sempre assim. Pedia a Deus para ter um sonho que lhe despertasse a alma e que pudesse descobrir as respostas de que precisava. Sabia que seu espírito poderia se libertar enquanto dormia, e assim tinha muitas possibilidades de descobrir o segredo das suas conquistas ou a falhas que derivou as suas derrotas.
Anabela queria vivenciar suas experiências como se estivesse viva em outra dimensão tentando trazer consigo uma alma renovada e com mais esperança para prosseguir vivendo. Já não aguentava mais sofrer por amor. Queria procurar uma explicação para se ter dado tanto e não ter recebido nada em troca. Não entendia por que razão as pessoas que são verdadeiramente amadas por outras, não se apercebem ou simplesmente não fazerm caso deste amor e desdenham sem remorsos...
Nesta noite vestiu-se de lilás para poder atrair bons fluidos. Certa vez uma amiga lhe disse. – Vista a sua casa com um manto lilás. Feche os olhos e faça de conta que toda ela está protegida por este manto. Lave tudo com produtos de líquido lilás e vais ver que vais se sentir mais leve – Disse ela.
E assim Anabela o fez. Cerrou os olhos por uns instantes e conseguiu ver toda a casa a ser coberta com o manto lilás, muito fininho, caindo lentamente sobre o sofá, sobre a estante grande da sala, sobre os papéis de escritório, sobre os seu livros, e finalmente sobre si própria. E sem sentir, ao fim da sua imaginação ter trabalhado, dormiu.
Carina, sua amiga e companheira de quarto, neste dia chegou mais cedo e sem querer, acordou-a do seu sono tranquilo e impediu-a de sonhar. – Ainda dormindo? Já são quarto horas da tarde. Estás doente? Realmente parece incrível que uma pessoa possa perder tanto tempo de vida a dormir – Disse ela, um pouco irritada por ter trabalhado tanto enquanto a amiga apenas estudava e tinha os pais a lhe pagar a parte do apartamento.
- Não estava a dormir Carina, apenas tentava me encontrar.
- Se encontrar? Mas para mim não foi difícil de te encontrar na cama.
- Chega Carina, não queira contribuir para o meu estado de depressão. Já estou muito mau para te dar ouvidos.
- Desculpe Belinha, - Disse Carina, sentando-se na beira da cama, - Mas hoje também não me sinto muito bem. Às vezes pareço muito insensível por falar tão rispidamente, mas na verdade estou sempre atenta às coisas que acontecem em minha volta e que terminam por me envolver. Nunca desconsidero um momento, seja ele qual for. Quando uma mariposa branca passa por cima da minha cabeça, sei que coincidentemente ela me trará boas notícias. Nunca esqueço de agradecer ao meu Deus, por tudo aquilo que vejo de bom e bonito a minha frente. E sabe porque agradeço? Por que além de alentar a minha alma, deixa-me como referência o que posso considerar mau e feio. E assim percebo que não existe meio termo...
(Joice Worm)
Naquela noite, Anabela voava e se afastava do seu corpo físico. Era sempre assim. Pedia a Deus para ter um sonho que lhe despertasse a alma e que pudesse descobrir as respostas de que precisava. Sabia que seu espírito poderia se libertar enquanto dormia, e assim tinha muitas possibilidades de descobrir o segredo das suas conquistas ou a falhas que derivou as suas derrotas.
Anabela queria vivenciar suas experiências como se estivesse viva em outra dimensão tentando trazer consigo uma alma renovada e com mais esperança para prosseguir vivendo. Já não aguentava mais sofrer por amor. Queria procurar uma explicação para se ter dado tanto e não ter recebido nada em troca. Não entendia por que razão as pessoas que são verdadeiramente amadas por outras, não se apercebem ou simplesmente não fazerm caso deste amor e desdenham sem remorsos...
Nesta noite vestiu-se de lilás para poder atrair bons fluidos. Certa vez uma amiga lhe disse. – Vista a sua casa com um manto lilás. Feche os olhos e faça de conta que toda ela está protegida por este manto. Lave tudo com produtos de líquido lilás e vais ver que vais se sentir mais leve – Disse ela.
E assim Anabela o fez. Cerrou os olhos por uns instantes e conseguiu ver toda a casa a ser coberta com o manto lilás, muito fininho, caindo lentamente sobre o sofá, sobre a estante grande da sala, sobre os papéis de escritório, sobre os seu livros, e finalmente sobre si própria. E sem sentir, ao fim da sua imaginação ter trabalhado, dormiu.
Carina, sua amiga e companheira de quarto, neste dia chegou mais cedo e sem querer, acordou-a do seu sono tranquilo e impediu-a de sonhar. – Ainda dormindo? Já são quarto horas da tarde. Estás doente? Realmente parece incrível que uma pessoa possa perder tanto tempo de vida a dormir – Disse ela, um pouco irritada por ter trabalhado tanto enquanto a amiga apenas estudava e tinha os pais a lhe pagar a parte do apartamento.
- Não estava a dormir Carina, apenas tentava me encontrar.
- Se encontrar? Mas para mim não foi difícil de te encontrar na cama.
- Chega Carina, não queira contribuir para o meu estado de depressão. Já estou muito mau para te dar ouvidos.
- Desculpe Belinha, - Disse Carina, sentando-se na beira da cama, - Mas hoje também não me sinto muito bem. Às vezes pareço muito insensível por falar tão rispidamente, mas na verdade estou sempre atenta às coisas que acontecem em minha volta e que terminam por me envolver. Nunca desconsidero um momento, seja ele qual for. Quando uma mariposa branca passa por cima da minha cabeça, sei que coincidentemente ela me trará boas notícias. Nunca esqueço de agradecer ao meu Deus, por tudo aquilo que vejo de bom e bonito a minha frente. E sabe porque agradeço? Por que além de alentar a minha alma, deixa-me como referência o que posso considerar mau e feio. E assim percebo que não existe meio termo...
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Alienação
«Eu não quero que você compre este produto porque eu estou dizendo que é bom. Quero que compre porque está convencido de que tem necessidade. Nada mais...»
«Mas, eu não tenho necessidade de tê-lo, e de qualquer forma, também não tenho possibilidade de comprar, meu amigo...»
«Quanto a isto não tenhas problemas. Dou facilidade para o pagamento e você não vai sentir dificuldades em obter o produto que tanto lhe faz falta!»
«Mas eu mesmo assim não quero. Tenho outras coisas mais importantes para pagar e não quero entrar em despesas desnecessárias... E...»
«Não te aborreças comigo, mas tenho que repetir que este produto fará bem a sua saúde e no futuro irá me agradecer por ter aparecido na sua vida mesmo a tempo.»
«Não, obrigado. Aliás, também agradeço o seu interesse pela minha saúde, mas também não querendo ser muito aborrecido, prefiro não comprar o seu produto, prefiro não me meter em novas despesas e também prefiro continuar a ser seu amigo...»
«Como podes fazer isto comigo? Você não sabe que a minha vida financeira está um caos? Eu estou tentando te vender o meu produto e você vem falar de amizade quando não me está ajudando em nada??... Francamente»
«Agora você é que está a confudir as coisas. Sou seu amigo, mas não sou o seu cliente. Devias procurar um cliente e deixar desta conversa comigo!»
«Você não sabe o que diz e eu já não quero ser seu amigo. Estou farto de andar por estas ruas e bater de porta em porta e ninguém me dá atenção... Nem você, que se diz meu amigo...»
«Olhe... O que está acontecendo, é que você já está um bocado alienado com o seu negócio e depositou toda a sua crença nele. Como já não consegue ver mais nenhuma saída para o seu problema, pensa que a única solucão será vendendo este produto caríssimo e que não encaixa na bolsa familiar de ninguém... Estás realmente se tornando um chato!»
«...»
«Pronto... Desculpe-me, mas tinha que falar.»
«...»
«Vá lá... Esqueça tudo isto. Relaxe. Deixe de me ver como um potencial cliente e vamos beber um copo de cerveja enquanto mudamos de assunto. Lembra-se quando nos reuníamos no sábado a noite com Carlitos, Zé da Jaca e Manezinho? Lembra da cara que a mãe do Zé fazia quando a gente chegava para buscá-lo? E a Clotilde?...»
«Lembro, pois... Bons tempos! Nunca pensamos que algum dia tivéssemos que nos preocupar com ganhar dinheiro... Que saudade que me dá desta altura da vida, meu amigo!!...»
«Mas, eu não tenho necessidade de tê-lo, e de qualquer forma, também não tenho possibilidade de comprar, meu amigo...»
«Quanto a isto não tenhas problemas. Dou facilidade para o pagamento e você não vai sentir dificuldades em obter o produto que tanto lhe faz falta!»
«Mas eu mesmo assim não quero. Tenho outras coisas mais importantes para pagar e não quero entrar em despesas desnecessárias... E...»
«Não te aborreças comigo, mas tenho que repetir que este produto fará bem a sua saúde e no futuro irá me agradecer por ter aparecido na sua vida mesmo a tempo.»
«Não, obrigado. Aliás, também agradeço o seu interesse pela minha saúde, mas também não querendo ser muito aborrecido, prefiro não comprar o seu produto, prefiro não me meter em novas despesas e também prefiro continuar a ser seu amigo...»
«Como podes fazer isto comigo? Você não sabe que a minha vida financeira está um caos? Eu estou tentando te vender o meu produto e você vem falar de amizade quando não me está ajudando em nada??... Francamente»
«Agora você é que está a confudir as coisas. Sou seu amigo, mas não sou o seu cliente. Devias procurar um cliente e deixar desta conversa comigo!»
«Você não sabe o que diz e eu já não quero ser seu amigo. Estou farto de andar por estas ruas e bater de porta em porta e ninguém me dá atenção... Nem você, que se diz meu amigo...»
«Olhe... O que está acontecendo, é que você já está um bocado alienado com o seu negócio e depositou toda a sua crença nele. Como já não consegue ver mais nenhuma saída para o seu problema, pensa que a única solucão será vendendo este produto caríssimo e que não encaixa na bolsa familiar de ninguém... Estás realmente se tornando um chato!»
«...»
«Pronto... Desculpe-me, mas tinha que falar.»
«...»
«Vá lá... Esqueça tudo isto. Relaxe. Deixe de me ver como um potencial cliente e vamos beber um copo de cerveja enquanto mudamos de assunto. Lembra-se quando nos reuníamos no sábado a noite com Carlitos, Zé da Jaca e Manezinho? Lembra da cara que a mãe do Zé fazia quando a gente chegava para buscá-lo? E a Clotilde?...»
«Lembro, pois... Bons tempos! Nunca pensamos que algum dia tivéssemos que nos preocupar com ganhar dinheiro... Que saudade que me dá desta altura da vida, meu amigo!!...»
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Moacir escreve a Clara
Ai Clara como você me faz sofrer... Gosto tanto de te ter ao meu lado, mas não parece que seja fácil. Tento te olhar de frente e dentro dos seus olhos, mas você foge do meu olhar... Não tenho palavras para te dizer quanto eu te amo Clara, e você me exige além das palavras os meus actos.
Digo-te minha querida, que não há homem que te ame mais neste mundo do que eu. Sonho contigo todas as noites. Acordo e vejo-te ao meu lado, repouso...
Queria te dar tudo o que mereces, mas não consigo me concentrar só em ti por ter tanta responsabilidade em encontrar o tesouro que quero lhe ofertar meu amor...
Agora sinto que estou a te perder. E já não aguento a idéia de te ver com as costas viradas para mim...
Antes de ir Clara, quero que ouça uma coisa...
«Vou parar de procurar as coisas materiais para lhe oferecer, pois agora sei que o maior tesouro que poderia lhe dar, é o meu amor...»
Não vá embora Clara, fique comigo, meu amor...
Para sempre!
Digo-te minha querida, que não há homem que te ame mais neste mundo do que eu. Sonho contigo todas as noites. Acordo e vejo-te ao meu lado, repouso...
Queria te dar tudo o que mereces, mas não consigo me concentrar só em ti por ter tanta responsabilidade em encontrar o tesouro que quero lhe ofertar meu amor...
Agora sinto que estou a te perder. E já não aguento a idéia de te ver com as costas viradas para mim...
Antes de ir Clara, quero que ouça uma coisa...
«Vou parar de procurar as coisas materiais para lhe oferecer, pois agora sei que o maior tesouro que poderia lhe dar, é o meu amor...»
Não vá embora Clara, fique comigo, meu amor...
Para sempre!
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Clara escreve a Moacir
Clara escreve para Moacir...
«Olho para trás uma vez mais e tento falar contigo. Não recebo muitas palavras de volta e continuo mergulhada na minha tristeza. Já não falamos Moacir. Já não olhamos um para o outro, nem nos tocamos como antes... Sinto a sua falta.
Hoje decidir ir embora. Fecho os olhos e vou. Quero primeiro me ausentar em pensamento e me imagino a caminhar para longe de ti para ter uma idéia se consigo te abandonar meu amor... Mas já não gosta tanto de mim, e a cada momento que estou a seu lado, posso sentir esta verdade.
Insisto para que meus olhos continuem fechados e vejo-me a caminhar no ar, sem sentir o que os meus pés pisam... Não pisam em nada afinal. Ando no etéreo, tenho a cabeça mergulhada em meus ombros, sinto as lágrimas a correrem pelos cantos dos meus olhos e o meu coração, como se tivesse perdido toda a esperança, entristece de secura.
Vou caminhando por esta estrada feita de nada, para um destino incerto, mas neste momento o mais desejado Moacir... Quero estar longe de ti, porque sei que você já não me nota... já não se importa...
Olho para frente agora. Tropecei sem querer em alguma coisa que voou até as minhas pernas e manteve-se parada no ar. Mas meus olhos não quiseram abrir e continuei a não querer ver nada.
Mais uma vez, tropeço. E desta vez, a força do impacto nas minhas pernas foi maior. Abri os olhos finalmente e vi uma mãozinha de criança que me chamava. Parecia comigo. Tinha o mesmo olhar que o meu e o mesmo sorriso.
A criança segurou-me pela mão e continuou o caminho que eu já tinha decidido seguir...
De repente perguntou-me... "Queres mesmo seguir por este caminho? Foi de lá que nós viemos. Vês alguma lógica em voltar para trás? EU sou TU. Porque deixaste de acreditar em NÒS?? Achas que o nosso futuro depende de alguém? Não foi isto que combinamos. Decidimos que acontecesse o que acontecesse naquele mundo, nós jamais desistiríamos. O que te parece?..."
Olhei para minha infância e minha adolescência espelhada no rosto daquela criança que se parecia comigo e recordei os meus sonhos...
Moacir... Realmente ia me abondonar por tua causa. Mas decidi que você não vale tanto para este feito!
Estou de regresso!!!
«Olho para trás uma vez mais e tento falar contigo. Não recebo muitas palavras de volta e continuo mergulhada na minha tristeza. Já não falamos Moacir. Já não olhamos um para o outro, nem nos tocamos como antes... Sinto a sua falta.
Hoje decidir ir embora. Fecho os olhos e vou. Quero primeiro me ausentar em pensamento e me imagino a caminhar para longe de ti para ter uma idéia se consigo te abandonar meu amor... Mas já não gosta tanto de mim, e a cada momento que estou a seu lado, posso sentir esta verdade.
Insisto para que meus olhos continuem fechados e vejo-me a caminhar no ar, sem sentir o que os meus pés pisam... Não pisam em nada afinal. Ando no etéreo, tenho a cabeça mergulhada em meus ombros, sinto as lágrimas a correrem pelos cantos dos meus olhos e o meu coração, como se tivesse perdido toda a esperança, entristece de secura.
Vou caminhando por esta estrada feita de nada, para um destino incerto, mas neste momento o mais desejado Moacir... Quero estar longe de ti, porque sei que você já não me nota... já não se importa...
Olho para frente agora. Tropecei sem querer em alguma coisa que voou até as minhas pernas e manteve-se parada no ar. Mas meus olhos não quiseram abrir e continuei a não querer ver nada.
Mais uma vez, tropeço. E desta vez, a força do impacto nas minhas pernas foi maior. Abri os olhos finalmente e vi uma mãozinha de criança que me chamava. Parecia comigo. Tinha o mesmo olhar que o meu e o mesmo sorriso.
A criança segurou-me pela mão e continuou o caminho que eu já tinha decidido seguir...
De repente perguntou-me... "Queres mesmo seguir por este caminho? Foi de lá que nós viemos. Vês alguma lógica em voltar para trás? EU sou TU. Porque deixaste de acreditar em NÒS?? Achas que o nosso futuro depende de alguém? Não foi isto que combinamos. Decidimos que acontecesse o que acontecesse naquele mundo, nós jamais desistiríamos. O que te parece?..."
Olhei para minha infância e minha adolescência espelhada no rosto daquela criança que se parecia comigo e recordei os meus sonhos...
Moacir... Realmente ia me abondonar por tua causa. Mas decidi que você não vale tanto para este feito!
Estou de regresso!!!
Uma parte de ti
Escrevi para uma amiga...
Dizes que quando te entregas e perdes alguém,
Este alguém leva uma parte de ti.
Mas veja por outro prisma...
Você fica sem uma parte de ti,
mas também fica com espaço para renovação
E quem leva uma parte de ti,
Leva um bem precioso
Que jamais quererá perder.
Anima-te!
(Joice Worm)
Dizes que quando te entregas e perdes alguém,
Este alguém leva uma parte de ti.
Mas veja por outro prisma...
Você fica sem uma parte de ti,
mas também fica com espaço para renovação
E quem leva uma parte de ti,
Leva um bem precioso
Que jamais quererá perder.
Anima-te!
(Joice Worm)
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Deleite
Mais uma vez fui seleccionada em mais um Concurso do Centro Poético de Madrid. Woohowooo!!... Desta vez no Concurso de "Noche Soñada". No original, escrevi com o nome de Volúpia, mas como no espanhol não encontrei a palavra, concorri com "Deleite".
Deleite (Volúpia)
Joice Worm - 31.03-207
Amor, mi grand amor, (Amor, meu grande amor,
No hay hombre como tú, (Não há homem como tú,
Y no hay mujer en el mundo (E não há mulher no mundo
Amada como yo! (Amada com eu
Amor, mi gran amor, (Amor, meu grande amor,
Adoro cuando te pareces un tornado (Adoro se pareces um tornado
Que circula alrededor de mi cuerpo (Circulando o meu corpo
Y le demuestra hacerme sentir (Mostrando-me e me fazendo sentir
El placer de ser amada! (O prazer de ser amada!
Amor, mi gran amor, (Amor, meu grande amor,
Nadie mejor que tú (Ninguém melhor do que tu
Sabe demostrar como es bueno percibir (Sabe mostrar como é bom perceber
El extasis de todas mis direcciones (O extase de todos os sentidos
Y que transforman mi piel, en líquido viscoso (Transformando a minha pele em líquido viscoso
Y nuestro olores, en el carcél de la vida! (E o nosso cheiro em prisão pérpetua
Así, y de ojos cerrados o abiertos (Assim, de olhos fechados ou abertos
En el claro o en el oscuro, (No claro ou no escuro
Me entrego al deleite del momento (Entrego-me a volúpia do momento
Deseando parar el tiempo en ese mismo momento, (Desejando parar o tempo neste instante
Amor, mi gran amor (Amor, meu grande amor,
No hay hombre como tú (Não há homem como tu,
Y no hay mujer en el mundo (E não há mulher no mundo
Amada como yo! (Amada como eu!
Deleite (Volúpia)
Joice Worm - 31.03-207
Amor, mi grand amor, (Amor, meu grande amor,
No hay hombre como tú, (Não há homem como tú,
Y no hay mujer en el mundo (E não há mulher no mundo
Amada como yo! (Amada com eu
Amor, mi gran amor, (Amor, meu grande amor,
Adoro cuando te pareces un tornado (Adoro se pareces um tornado
Que circula alrededor de mi cuerpo (Circulando o meu corpo
Y le demuestra hacerme sentir (Mostrando-me e me fazendo sentir
El placer de ser amada! (O prazer de ser amada!
Amor, mi gran amor, (Amor, meu grande amor,
Nadie mejor que tú (Ninguém melhor do que tu
Sabe demostrar como es bueno percibir (Sabe mostrar como é bom perceber
El extasis de todas mis direcciones (O extase de todos os sentidos
Y que transforman mi piel, en líquido viscoso (Transformando a minha pele em líquido viscoso
Y nuestro olores, en el carcél de la vida! (E o nosso cheiro em prisão pérpetua
Así, y de ojos cerrados o abiertos (Assim, de olhos fechados ou abertos
En el claro o en el oscuro, (No claro ou no escuro
Me entrego al deleite del momento (Entrego-me a volúpia do momento
Deseando parar el tiempo en ese mismo momento, (Desejando parar o tempo neste instante
Amor, mi gran amor (Amor, meu grande amor,
No hay hombre como tú (Não há homem como tu,
Y no hay mujer en el mundo (E não há mulher no mundo
Amada como yo! (Amada como eu!
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Frase X
Frase para repetir 500 vezes:
«Te quero muito meu amor...por gostar muito de mim, e por não me odiar, acho que você é a pessoa certa para viver comigo».
«Te quero muito meu amor...por gostar muito de mim, e por não me odiar, acho que você é a pessoa certa para viver comigo».
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
O Segredo do "Eu te amo"
O Segredo do "Eu te amo"
(Joice Worm, 20.09.2007)
O verdadeiro amor, não pode ir e vir.
Não pode se transformar em objecto que se muda de lugar.
Aquilo a que ama não pode ser amado hoje e odiado amanhã...
Quando você ama de verdade, diz... "Eu amo você", e AMA!
A partir daí, não pode negar este amor incondicional.
Porque, seja em qualquer condição ele não pode mudar de intensidade.
Tem que ser para sempre.
Tem que desejar, sem possuir.
Mas não esqueça de ti.
Não esqueça de onde vem o amor
Vem de dentro de ti.
E para dar amor, primeiro tem que tê-lo.
Não de alguém... Isto é receber!
Eu te amo
Porque "me" amo
E quero amar você do mesmo jeito!
(Joice Worm, 20.09.2007)
O verdadeiro amor, não pode ir e vir.
Não pode se transformar em objecto que se muda de lugar.
Aquilo a que ama não pode ser amado hoje e odiado amanhã...
Quando você ama de verdade, diz... "Eu amo você", e AMA!
A partir daí, não pode negar este amor incondicional.
Porque, seja em qualquer condição ele não pode mudar de intensidade.
Tem que ser para sempre.
Tem que desejar, sem possuir.
Mas não esqueça de ti.
Não esqueça de onde vem o amor
Vem de dentro de ti.
E para dar amor, primeiro tem que tê-lo.
Não de alguém... Isto é receber!
Eu te amo
Porque "me" amo
E quero amar você do mesmo jeito!
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Sabor de Liberdade
"... Quando eu canto, eu canto por ti liberdade!!..."
Nada como ser livre, nada como poder fazer do meu tempo o que melhor posso fazer. Nada como gerir as minhas idéias sem opiniões contrárias. Nada como dormir sozinha. Nada como comer o que me apetece na hora que tenho fome não por ser a "hora" de comer...
Nada como estar flutuando por cima do meu corpo, por cima da situação que me aflinge e observar de longe o que está certo e o que está errado...
Nada como descer o rio sem remo.
Nada como mergulhar e descobrir que no abismo há luz!!
Nada como olhar para o sol e não ficar cega por que na verdade descubro que não existo...
Nada como enfrentar um urso de três metros que diziam ter descoberto na televisão e não ser comida por ele, porque eu não existo...
Nada como não existir... por uns segundos enquanto escrevo tanta baboseira...
E degustar o sabor da LIBERDADE!
...
O segundo passou... Voltei a cela!!...
Nada como ser livre, nada como poder fazer do meu tempo o que melhor posso fazer. Nada como gerir as minhas idéias sem opiniões contrárias. Nada como dormir sozinha. Nada como comer o que me apetece na hora que tenho fome não por ser a "hora" de comer...
Nada como estar flutuando por cima do meu corpo, por cima da situação que me aflinge e observar de longe o que está certo e o que está errado...
Nada como descer o rio sem remo.
Nada como mergulhar e descobrir que no abismo há luz!!
Nada como olhar para o sol e não ficar cega por que na verdade descubro que não existo...
Nada como enfrentar um urso de três metros que diziam ter descoberto na televisão e não ser comida por ele, porque eu não existo...
Nada como não existir... por uns segundos enquanto escrevo tanta baboseira...
E degustar o sabor da LIBERDADE!
...
O segundo passou... Voltei a cela!!...
domingo, 16 de setembro de 2007
Aniversário
(Vou repetir aqui o mesmo texto que postei no meu outro Blog (http://euvoscompreendo.blog.com ... Por vezes,tenho leitores distintos para este e para o outro... Um abraço apertado deixo para todos. Estou muito feliz!! E a minha prenda (regalo) é a sua presença querido(a) leitor(a)...)
17 de Setembro... Hoje completo 46 anos de nascida. Carne e osso... pois de alma tenho mais uns milhares... E sempre com boa aparência!
Já devo ter sido preta, branca, amarela e rosa... Já devo ter sido homem, mulher, ou transexual... Já devo ter sido rica e pobre... Feia ou bonita... Burra ou inteligente... Boa, má ou péssima...
Não sei... Não tenho certeza, mas sinto dentro da minha alma a força latente de nesta vida querer ser o melhor possível dentro da Ética.
Quero conseguir gostar de tudo como na realidade existe e além de gostar, ultrapassar meus limites de afeto e doar-me toda e completamente para quem precise (no bom sentido... não desvie o assunto!).
Quero completar todos os anos de duração da minha missão e vencer na meta final, chegando sem falhas... Deus me ajude!!.
46 anos de experiência, infantil (tanto quanto foi... e ainda me resta alguma inocência...), adolescência, que adorei!!! E me recordo de tudo..., Maturidade, que ainda está sendo e gozo cada bocadinho... e finalmente a caminho da velhice.... Mas esta! Está longe meu amigo! Velhos são os trapos. ´
E eu não vou envelhecer nunca!! Só por fora... Claro!! Pensa o que? Que devia fazer uma plástica? Nann... Minha
plástica faço todos o dias... Sorrindo... Sorrindo... Sorrindo... Sorrindo...
17 de Setembro... Hoje completo 46 anos de nascida. Carne e osso... pois de alma tenho mais uns milhares... E sempre com boa aparência!
Já devo ter sido preta, branca, amarela e rosa... Já devo ter sido homem, mulher, ou transexual... Já devo ter sido rica e pobre... Feia ou bonita... Burra ou inteligente... Boa, má ou péssima...
Não sei... Não tenho certeza, mas sinto dentro da minha alma a força latente de nesta vida querer ser o melhor possível dentro da Ética.
Quero conseguir gostar de tudo como na realidade existe e além de gostar, ultrapassar meus limites de afeto e doar-me toda e completamente para quem precise (no bom sentido... não desvie o assunto!).
Quero completar todos os anos de duração da minha missão e vencer na meta final, chegando sem falhas... Deus me ajude!!.
46 anos de experiência, infantil (tanto quanto foi... e ainda me resta alguma inocência...), adolescência, que adorei!!! E me recordo de tudo..., Maturidade, que ainda está sendo e gozo cada bocadinho... e finalmente a caminho da velhice.... Mas esta! Está longe meu amigo! Velhos são os trapos. ´
E eu não vou envelhecer nunca!! Só por fora... Claro!! Pensa o que? Que devia fazer uma plástica? Nann... Minha
plástica faço todos o dias... Sorrindo... Sorrindo... Sorrindo... Sorrindo...
sábado, 8 de setembro de 2007
Luta Inglória
Por vezes, corre-me uma veia poética, e meio cambaleante escrevo... e com coragem, divulgo...
Luta Inglória
Joice Worm (02.Abril.2007)
A mão de ferro que esmaga,
Está sempre preparada
Para exercer a sua força
Contra o seu objecto de opressão...
Esta mesma mão de ferro
É aquela que outrora
Afagou, mimou e persuadiu
Convencendo o seu objecto com ilusão.
Levanta-te guerreiro!
Naõ se deixe abater
Já foste iludido,
Já foste enganado,
Agora resta-te a alma,
Resta-te a sua força interior.
Pega na mão de ferro,
Queima-lhe no mais alto grau de temperatura,
Derrete-lhe até formar uma espada,
E luta contra seu inimigo
Com a mesma arma que
Ele investiu contra ti.
Também aplique a receita
ao amor...e quando a mão de ferro
Vier em forma de carinho...
Devolva-se dissovido totalmente...
E desfrute...
O melhor desta luta!!
Luta Inglória
Joice Worm (02.Abril.2007)
A mão de ferro que esmaga,
Está sempre preparada
Para exercer a sua força
Contra o seu objecto de opressão...
Esta mesma mão de ferro
É aquela que outrora
Afagou, mimou e persuadiu
Convencendo o seu objecto com ilusão.
Levanta-te guerreiro!
Naõ se deixe abater
Já foste iludido,
Já foste enganado,
Agora resta-te a alma,
Resta-te a sua força interior.
Pega na mão de ferro,
Queima-lhe no mais alto grau de temperatura,
Derrete-lhe até formar uma espada,
E luta contra seu inimigo
Com a mesma arma que
Ele investiu contra ti.
Também aplique a receita
ao amor...e quando a mão de ferro
Vier em forma de carinho...
Devolva-se dissovido totalmente...
E desfrute...
O melhor desta luta!!
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Manuel não ouve Eugénia (5)
Manuel não percebe o que Eugénia pretende fazer da sua vida e ela não consegue fazer com que ele compreenda.
Existe no Manuel uma força vital que lhe indica o caminho da masculinidade, da força, do sentido de protecção e de uma suposta sabedoria que só ele sente.
Eugénia tenta todos os dias fazê-lo ver a necessidade que há dele escutá-la, mas ele parece não querer ouvir.
Ela chora, quase todos os dias e ele continua a não sentir a sua dor. Deixa que utilize o seu corpo para saciar os prazeres latente do seu membro viril e ela aproveita o momento sem deixar que nenhum pensamento possa interferir.
No final, Manuel diz sempre umas palavras de carinho e continua a beijá-la no ombro e a acariciar seus longos cabelos, mas não a quer ouvir falar... e ela se cala...
Eugénia pensa...
"Amanhã Manuel, temos que ter uma longa conversa... Acabou aqui a sua indiferença ou a falta de coragem de me ver mulher, empreededora, sábia e lutadora... Acabou aqui o meu caminho de dependência...
Não vou dizer que quero partir, porque não posso fazer isto contigo, mas vou em frente, "com" ou "sem" você Manuel"...
Subia as escadas, foi até ao sotão e tirou de lá uma caixa que o Manuel nunca tinha visto antes...
Y en español...
Manuel no oye Eugénia (5)
Manuel no entiende lo que Eugénia pretende hacer de su vida y ella no consigue hacer que él comprenda.
Existe en Manuel una fuerza vital que le indica el camino de la masculinidad, de la fuerza, de lo sentido de proteción y de una supuesta sabedoría que solamente él siente.
Eugénia intenta todos los dias hacerle ver la necesidad que hay de que él la escuche, pero él parece no querer oir.
Ella llora, casi todos los dias y él sigue sin sentir su dolor. Deja que utilice su cuerpo para saciar los placeres latientes de su miembro viril y ella aprovecha el momento sin dejar que ningún pensamiento pueda interferir.
En el final, Manuel dije siempre unas palabras cariñosas y continúa besandolá en su hombro y acariciandole sus largos cabellos, pero no la quiere oír hablar... y ella se calla...
Eugénia piensa...
“Mañana Manuel, tenemos que tener una larga conversación... Acabó aquí su indiferencia o la falta de corage de mirarme como una mujer, emprendedora, sábia y luchadora... Acabó aquí mi camino de dependencia...
No voy a decir que quiero partir porque no puedo hacer esto contigo, pero voy adelante “con” o “sin” usted Manuel”...
Subió las escaleras, fue hasta el trastero y cogio de allí una caja que Manuel nunca habia visto antes...
Existe no Manuel uma força vital que lhe indica o caminho da masculinidade, da força, do sentido de protecção e de uma suposta sabedoria que só ele sente.
Eugénia tenta todos os dias fazê-lo ver a necessidade que há dele escutá-la, mas ele parece não querer ouvir.
Ela chora, quase todos os dias e ele continua a não sentir a sua dor. Deixa que utilize o seu corpo para saciar os prazeres latente do seu membro viril e ela aproveita o momento sem deixar que nenhum pensamento possa interferir.
No final, Manuel diz sempre umas palavras de carinho e continua a beijá-la no ombro e a acariciar seus longos cabelos, mas não a quer ouvir falar... e ela se cala...
Eugénia pensa...
"Amanhã Manuel, temos que ter uma longa conversa... Acabou aqui a sua indiferença ou a falta de coragem de me ver mulher, empreededora, sábia e lutadora... Acabou aqui o meu caminho de dependência...
Não vou dizer que quero partir, porque não posso fazer isto contigo, mas vou em frente, "com" ou "sem" você Manuel"...
Subia as escadas, foi até ao sotão e tirou de lá uma caixa que o Manuel nunca tinha visto antes...
Y en español...
Manuel no oye Eugénia (5)
Manuel no entiende lo que Eugénia pretende hacer de su vida y ella no consigue hacer que él comprenda.
Existe en Manuel una fuerza vital que le indica el camino de la masculinidad, de la fuerza, de lo sentido de proteción y de una supuesta sabedoría que solamente él siente.
Eugénia intenta todos los dias hacerle ver la necesidad que hay de que él la escuche, pero él parece no querer oir.
Ella llora, casi todos los dias y él sigue sin sentir su dolor. Deja que utilice su cuerpo para saciar los placeres latientes de su miembro viril y ella aprovecha el momento sin dejar que ningún pensamiento pueda interferir.
En el final, Manuel dije siempre unas palabras cariñosas y continúa besandolá en su hombro y acariciandole sus largos cabellos, pero no la quiere oír hablar... y ella se calla...
Eugénia piensa...
“Mañana Manuel, tenemos que tener una larga conversación... Acabó aquí su indiferencia o la falta de corage de mirarme como una mujer, emprendedora, sábia y luchadora... Acabó aquí mi camino de dependencia...
No voy a decir que quiero partir porque no puedo hacer esto contigo, pero voy adelante “con” o “sin” usted Manuel”...
Subió las escaleras, fue hasta el trastero y cogio de allí una caja que Manuel nunca habia visto antes...
sábado, 1 de setembro de 2007
Eugénia e o Bolo (4)
Manuel levantou-se, deu um beijo a Eugénia e foi trabalhar.
Eugénia, espreguiçou-se e colocou a mão no rosto no lugar onde Manuel beijou e sonhou com seus abraços... Agarrou os dois travesseiros e adormeceu mais um pouquinho... Mais tarde, abriu os olhos, olhou atrávés da janela e viu que o sol já ia muito alto. Fazia calor, mas Eugénia não sentia nada pela natureza naquele dia. Olhou o céu, sem nuvens com um total de azul claro que até lhe parecia sem graça. Nem um pássaro ousou cortar este tédio da paisagem. Levantou-se e viu que as árvores tinham as folhas completamente paradas... nem uma brisa passava. Notava-se que seria um dia de intenso calor... Mas Eugénia permanecia fria e ainda tinha cobertores por cima do seu corpo.
Continuou a olhar fixamente para o céu e lembrou-se de ver a sua mãe um dia encostada à janela a chorar... Eugénia perguntou a ela, naquele dia, o que se passava... E a resposta, foi exactamente pelo mesmo motivo que ela estava passando vinte e seis anos depois... problemas financeiros sem respostas. Na época não lhe pode ajudar e de qualquer forma as coisas se resolveram.
Eugénia bateu os olhos e respirou fundo. Tirou da lembrança do passado o alento de que, tudo se resolve, mesmo que não saibamos como!
Levantou-se e resolveu ir comprar o pão. Saiu de casa e lentamente percorreu as avenidas do lugar. Entrou na padaria e além do pão, comprou um bolo. Sentia-se carente e precisava de alguma coisa doce para comer.
Quando chegou em casa, perguntou a Manuel se ele queria, mas ele não tinha vontade alguma de comer o bolo... Eugénia não se importou. Colocou o bolo no prato e com um garfo na mão foi se sentar na mesa da sala.
Ficou alguns minutos a olhar o bolo e não sabe porque, também não apetecia comé-lo... apetecia esmagá-lo!!
E esmagou... e espalhou o bolo na mesa e chorou...
De repente, sentiu-se melhor e começou a comer o bolo que transformado em pequenas migalhas parecia que lhe devolvia a doçura à vida, mesmo destroçado.
Eugénia imaginou que era assim que a VIDA devia sentir em relação a nós.
Destruímo-la por um momento e no outro ela nos acolhe da mesma maneira que a deixamos... aos pedaços!
Amanhã já não haverá migalhas na mesa. Eugénia decidiu reunir tudo o que havia destroçado.
Manuel apareceu com duas chávenas de café e disse-lhe que naquela manhã ela estava muito bonita...
Eugénia deixou o seu coração disparar e já não se sentia tão fria.
Y para mis amigos españoles... más uno intento!! (Si tubiera mal escrito, por favor hablan para mí en joicepaulo@gmail.com) Gracias...
Eugénia y el Bollo (4)
Manuel levantóse, deo un beso en Eugénia y fue trabajar.
Eugénia desperezóse, puso su mano en la plaza donde Manuel la había besado y sueñó con sus brazos... Cogió a las dos almohadas y adormeceó un poquito más... Más tarde, abrió los ojos, miró a través de la ventana y vio que el sol ya se iba muy alto. Hacia calor, pero Eugénia no sentia nada por la naturaleza en ese día. Miró el cielo sien nube con una totalidade de azul claro que hasta parecia sin gracia. Ni un pájaro arriscóse cortar ese tedio de la paisaje. Levantóse y vio que los árboles teniam las hojas completamente paradas... ni una brisa pasaba. Notabáse que seria un día de intenso calor... Pero Eugénia permanecia fria y aún tenia manta por encima de su cuerpo.
Continuó a mirar de hito para el cielo y recordóse de ver su madre un día apoyada a la ventana a llorar... Eugénia preguntó a ella, entonces, lo que pasaba... Y la respuesta fue la misma del mismo motivo que ella estaba pasando hacia viente e seis años después... problemas financieros sin respuestas. En la época no le podría ayudar y de cualquier manera las cosas se resolveran.
Eugénia bateo los ojos y respiró fondo. Tiró de la recordación del pasado el aliento de que, tudo se resolve, mismo que no supiésemos como!
Levantóse y resolveo ir comprar pan. Saio de su casa y despacio andó con su coche por las calles del lugar. Entró en la panaderia y allá del pan, compró un bollo. Sentiase carente e necesitaba alguna cosa dulce para comer.
Cuando llegó en casa, preguntó a Manuel se él queria un poco, pero él no tenia voluntad alguna de comer el bollo... Eugénia no se ha incomodado. Colocó el bollo en uno plato y con uno tenedor en la mano fue sentarse a la mesa de la sala.
Quedó algunos minutos mirando el bollo y no se sabe porque, también no tenia voluntad de comélo... Queria aplastálo!!...
Y aplastó... esparció el bollo en la mesa y lloró...
De repente, sentiose mejor y comenzó a comer el bollo que cambiado en migaja parecia que le devolvia la dozura a la vida, mismo destrozado.
Eugénia imaginó que era así que la VIDA debia sentir en relación a nosotros.
Destruymola por uno momento y en otro ella coge a nosotros de la misma manera que la dejamos... a los pedazos!
Mañana ya no hay migaja en la mesa. Eugénia decidió unir todo lo que habia destrozado.
Manuel apareceo con dos vasos de café y dije que naquela mañana ella estava muy bonita...Eugénia dejó su corazón disparar y ya no se sentia tan fria.
Eugénia, espreguiçou-se e colocou a mão no rosto no lugar onde Manuel beijou e sonhou com seus abraços... Agarrou os dois travesseiros e adormeceu mais um pouquinho... Mais tarde, abriu os olhos, olhou atrávés da janela e viu que o sol já ia muito alto. Fazia calor, mas Eugénia não sentia nada pela natureza naquele dia. Olhou o céu, sem nuvens com um total de azul claro que até lhe parecia sem graça. Nem um pássaro ousou cortar este tédio da paisagem. Levantou-se e viu que as árvores tinham as folhas completamente paradas... nem uma brisa passava. Notava-se que seria um dia de intenso calor... Mas Eugénia permanecia fria e ainda tinha cobertores por cima do seu corpo.
Continuou a olhar fixamente para o céu e lembrou-se de ver a sua mãe um dia encostada à janela a chorar... Eugénia perguntou a ela, naquele dia, o que se passava... E a resposta, foi exactamente pelo mesmo motivo que ela estava passando vinte e seis anos depois... problemas financeiros sem respostas. Na época não lhe pode ajudar e de qualquer forma as coisas se resolveram.
Eugénia bateu os olhos e respirou fundo. Tirou da lembrança do passado o alento de que, tudo se resolve, mesmo que não saibamos como!
Levantou-se e resolveu ir comprar o pão. Saiu de casa e lentamente percorreu as avenidas do lugar. Entrou na padaria e além do pão, comprou um bolo. Sentia-se carente e precisava de alguma coisa doce para comer.
Quando chegou em casa, perguntou a Manuel se ele queria, mas ele não tinha vontade alguma de comer o bolo... Eugénia não se importou. Colocou o bolo no prato e com um garfo na mão foi se sentar na mesa da sala.
Ficou alguns minutos a olhar o bolo e não sabe porque, também não apetecia comé-lo... apetecia esmagá-lo!!
E esmagou... e espalhou o bolo na mesa e chorou...
De repente, sentiu-se melhor e começou a comer o bolo que transformado em pequenas migalhas parecia que lhe devolvia a doçura à vida, mesmo destroçado.
Eugénia imaginou que era assim que a VIDA devia sentir em relação a nós.
Destruímo-la por um momento e no outro ela nos acolhe da mesma maneira que a deixamos... aos pedaços!
Amanhã já não haverá migalhas na mesa. Eugénia decidiu reunir tudo o que havia destroçado.
Manuel apareceu com duas chávenas de café e disse-lhe que naquela manhã ela estava muito bonita...
Eugénia deixou o seu coração disparar e já não se sentia tão fria.
Y para mis amigos españoles... más uno intento!! (Si tubiera mal escrito, por favor hablan para mí en joicepaulo@gmail.com) Gracias...
Eugénia y el Bollo (4)
Manuel levantóse, deo un beso en Eugénia y fue trabajar.
Eugénia desperezóse, puso su mano en la plaza donde Manuel la había besado y sueñó con sus brazos... Cogió a las dos almohadas y adormeceó un poquito más... Más tarde, abrió los ojos, miró a través de la ventana y vio que el sol ya se iba muy alto. Hacia calor, pero Eugénia no sentia nada por la naturaleza en ese día. Miró el cielo sien nube con una totalidade de azul claro que hasta parecia sin gracia. Ni un pájaro arriscóse cortar ese tedio de la paisaje. Levantóse y vio que los árboles teniam las hojas completamente paradas... ni una brisa pasaba. Notabáse que seria un día de intenso calor... Pero Eugénia permanecia fria y aún tenia manta por encima de su cuerpo.
Continuó a mirar de hito para el cielo y recordóse de ver su madre un día apoyada a la ventana a llorar... Eugénia preguntó a ella, entonces, lo que pasaba... Y la respuesta fue la misma del mismo motivo que ella estaba pasando hacia viente e seis años después... problemas financieros sin respuestas. En la época no le podría ayudar y de cualquier manera las cosas se resolveran.
Eugénia bateo los ojos y respiró fondo. Tiró de la recordación del pasado el aliento de que, tudo se resolve, mismo que no supiésemos como!
Levantóse y resolveo ir comprar pan. Saio de su casa y despacio andó con su coche por las calles del lugar. Entró en la panaderia y allá del pan, compró un bollo. Sentiase carente e necesitaba alguna cosa dulce para comer.
Cuando llegó en casa, preguntó a Manuel se él queria un poco, pero él no tenia voluntad alguna de comer el bollo... Eugénia no se ha incomodado. Colocó el bollo en uno plato y con uno tenedor en la mano fue sentarse a la mesa de la sala.
Quedó algunos minutos mirando el bollo y no se sabe porque, también no tenia voluntad de comélo... Queria aplastálo!!...
Y aplastó... esparció el bollo en la mesa y lloró...
De repente, sentiose mejor y comenzó a comer el bollo que cambiado en migaja parecia que le devolvia la dozura a la vida, mismo destrozado.
Eugénia imaginó que era así que la VIDA debia sentir en relación a nosotros.
Destruymola por uno momento y en otro ella coge a nosotros de la misma manera que la dejamos... a los pedazos!
Mañana ya no hay migaja en la mesa. Eugénia decidió unir todo lo que habia destrozado.
Manuel apareceo con dos vasos de café y dije que naquela mañana ella estava muy bonita...Eugénia dejó su corazón disparar y ya no se sentia tan fria.
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Sono
Ela quando acordou disse logo para si mesma que ainda tinha sono... Não queria levantar-se da cama. Pensava na vida, pensava no dia anterior, pensava nos erros do passado e tentava compreender o presente...
Do futuro, nada sabia. Nem tinha vontade de saber, pois no estado psicológico em que se encontrava, o futuro lhe parecia pouco feliz. E não se deixou levar.
Levantou a contragosto e escovou os dentes, penteou os longos cabelos, olhou-se no espelho e viu... uma cara entristecida pelo tempo, uma mecha de cabelos brancos que não conhecia e um sorriso sem graça.
Olhou nos olhos do reflexo do seu rosto no espelho e como hipnotizada, conseguiu entrar no corpo daquela imagem e viu lá por dentro recantos de diversas categorias... Um jardim, florido e colorido, e um banco com um livro abandonado... Um outro jardim, em preto e branco, e uma série de livros abandonados pelo chão... Um barco com alguém a dormir lá dentro enquanto o mar levava-o devagarinho, devagarinho... Uma coruja a sobrevoar um ninho de águias... Uma multidão em torno de alguém que ganhou na loteria... Uma casa a beira-mar, com muitas janelas que só dava para a frente... Um horizonte com duas luas, um farol e uma imagem... Ela própria a acenar de longe...
Voltou ao seu estado natural e viu-se outra vez no espelho.
Ainda estava ali. Viva e sem vontade de fazer nada... A isto chamou de "depressão".
... Sem pensar em mais nada, voltou para cama e dormiu...
.......................
Para mis letctores españoles... una tentativa de tradución...
Sueño
Cuando ella despertó dijo inmediatamente a sí misma que aún tenia sueño... No queria levantárse de la cama. Pensaba en la vida, pensaba en el día anterior, pensaba en los errores del pasado y tentaba comprender el presente...
Del futuro, nada sabia. Ni tenia voluntad de saber, pués en el estado psicológico que se encontraba, el futuro le parecia poco feliz. Y no se dejó levar.
Se levantó a contragusto e cepilló los dientes, peinó sus largos pelos, miróse en el espejo e vio... una cara entristecida por el tiempo, una mecha de cabello blanco que no conocía y una sorisa sin gracia.
Miró en los ojos del refejo de su rostro en el espejo y como se estuviese hipnotizada, conseguió entrar en el cuerpo de aquella imagen y vio adentro recantos de diversas categorias... Uno jardín, florido y colorido y una silla de jardín con uno libro abandonado... Un otro jardín, en negro y blanco y una série de libros abandonados en el suelo... Uno barco con alguien dormindo en su interior mientras el mar lo llevaba despacio, despacio... Una lechuza volaba sobre un nido de águilas... Una multidón alrededor de alguien que habia ganado la loteria... Una casa en la orilla del mar, con muchas ventanas que solo miraban la frente... Uno horizonte con dos lunas, una antiniebla e una imagen... Ella propria haciendo señas de lejo...
Volveó a su estado natural y se miró otra vez en el espejo.
Aún estaba allí. Viva y sin voluntad de hacer nada... A eso llamó de “depresión”.... Sin pensar en más nada, volvió a la cama e dormió...
Do futuro, nada sabia. Nem tinha vontade de saber, pois no estado psicológico em que se encontrava, o futuro lhe parecia pouco feliz. E não se deixou levar.
Levantou a contragosto e escovou os dentes, penteou os longos cabelos, olhou-se no espelho e viu... uma cara entristecida pelo tempo, uma mecha de cabelos brancos que não conhecia e um sorriso sem graça.
Olhou nos olhos do reflexo do seu rosto no espelho e como hipnotizada, conseguiu entrar no corpo daquela imagem e viu lá por dentro recantos de diversas categorias... Um jardim, florido e colorido, e um banco com um livro abandonado... Um outro jardim, em preto e branco, e uma série de livros abandonados pelo chão... Um barco com alguém a dormir lá dentro enquanto o mar levava-o devagarinho, devagarinho... Uma coruja a sobrevoar um ninho de águias... Uma multidão em torno de alguém que ganhou na loteria... Uma casa a beira-mar, com muitas janelas que só dava para a frente... Um horizonte com duas luas, um farol e uma imagem... Ela própria a acenar de longe...
Voltou ao seu estado natural e viu-se outra vez no espelho.
Ainda estava ali. Viva e sem vontade de fazer nada... A isto chamou de "depressão".
... Sem pensar em mais nada, voltou para cama e dormiu...
.......................
Para mis letctores españoles... una tentativa de tradución...
Sueño
Cuando ella despertó dijo inmediatamente a sí misma que aún tenia sueño... No queria levantárse de la cama. Pensaba en la vida, pensaba en el día anterior, pensaba en los errores del pasado y tentaba comprender el presente...
Del futuro, nada sabia. Ni tenia voluntad de saber, pués en el estado psicológico que se encontraba, el futuro le parecia poco feliz. Y no se dejó levar.
Se levantó a contragusto e cepilló los dientes, peinó sus largos pelos, miróse en el espejo e vio... una cara entristecida por el tiempo, una mecha de cabello blanco que no conocía y una sorisa sin gracia.
Miró en los ojos del refejo de su rostro en el espejo y como se estuviese hipnotizada, conseguió entrar en el cuerpo de aquella imagen y vio adentro recantos de diversas categorias... Uno jardín, florido y colorido y una silla de jardín con uno libro abandonado... Un otro jardín, en negro y blanco y una série de libros abandonados en el suelo... Uno barco con alguien dormindo en su interior mientras el mar lo llevaba despacio, despacio... Una lechuza volaba sobre un nido de águilas... Una multidón alrededor de alguien que habia ganado la loteria... Una casa en la orilla del mar, con muchas ventanas que solo miraban la frente... Uno horizonte con dos lunas, una antiniebla e una imagen... Ella propria haciendo señas de lejo...
Volveó a su estado natural y se miró otra vez en el espejo.
Aún estaba allí. Viva y sin voluntad de hacer nada... A eso llamó de “depresión”.... Sin pensar en más nada, volvió a la cama e dormió...
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Altas horas
Era uma mulher que estava sempre acordada até altas horas.
Imaginava-se em outras paragens.
Viu-se em frente ao mar caminhando para dentro d'água e sentando em uma pedra com musgos e limo, brinca com as conchas enterradas na areia. Respira tranquilamente dentro de toda aquela água. Não se afoga porque o fluido entra pelas narinas e sai pela boca. Tão simples como respirar com ar.
Via-se a olhar os peixes que encaram com admiração o seu tamanho e forma... Imaginava-se nua da cintura para cima, como uma sereia apaixonada, com longos cabelos vermelhos e cauda de peixe colorida... Via-se calma e em silêncio...
Hoje o tempo parece tranquilo. O mar parece um espelho com o reflexo da lua prateando pequenos pontos. Os peixes começam a adormecer ao limite do oceano...
...E a luz continuava acesa até altas horas da noite, pois a mulher sonhava com a paz...
Silêncio... Aqui reina um momento único. Um momento pessoal e raro.
Imaginava-se em outras paragens.
Viu-se em frente ao mar caminhando para dentro d'água e sentando em uma pedra com musgos e limo, brinca com as conchas enterradas na areia. Respira tranquilamente dentro de toda aquela água. Não se afoga porque o fluido entra pelas narinas e sai pela boca. Tão simples como respirar com ar.
Via-se a olhar os peixes que encaram com admiração o seu tamanho e forma... Imaginava-se nua da cintura para cima, como uma sereia apaixonada, com longos cabelos vermelhos e cauda de peixe colorida... Via-se calma e em silêncio...
Hoje o tempo parece tranquilo. O mar parece um espelho com o reflexo da lua prateando pequenos pontos. Os peixes começam a adormecer ao limite do oceano...
...E a luz continuava acesa até altas horas da noite, pois a mulher sonhava com a paz...
Silêncio... Aqui reina um momento único. Um momento pessoal e raro.
domingo, 26 de agosto de 2007
Um homem muito "rico de dinheiro"
Era uma vez um homem muito rico e solitário... ( Não sei porque os pessoas muito ricas são solitárias, mas aí vai a história...). Por vezes emprestava dinheiro com intenção de ser reconhecido como uma boa pessoa. Mas não tardava muito, começava a se preocupar com o retorno daquele dinheiro.
De vez em quando uma das pessoas que ele tinha ajudado, passava por sua casa e lhe levava um bolo, umas frutas e até mesmo um pouco de companhia e conversa, mas ele já não gostava sequer de tais visitas e com aquelas "porcarias" que ele nem iria comer... Ficava irritado com as visitas dos seus devedores que iam até a sua casa para ver como ele estava e nunca falava no pagamento da dívida.
O homem por vezes nem dormia a tentar imaginar as palavras que teria que dizer na próxima visita que lhe fizessem... O que queria era seu dinheiro de volta! Mesmo não precisando, ele achava que todo mundo tinha que honrar os seus compromissos e sem saber se o devedor podia ou não pagar, ele só tinha em mente o factor "tempo" e eles todos já tinham tido tempo mais que suficiente para lhe pagar.
E assim, sozinho em sua casa, a primeira visita que recebeu depois daquele dia, foi logo pedindo a devolução do seu dinheiro o mais rápido possível e que podia levar as frutas de volta que ele não ia consumir...
Um a um foi recebendo a intimação do pagamento que teriam que devolver, e a proporção que isto acontecia as pessoas ficavam com mais problemas por não poderem pagar nem ao menos com carinho...
O "nosso homem" um dia adoeceu. Não pode sair da cama para pedir ajuda. Ardia em febre e o seu peito apertava... Ao fim de umas horas em sofrimento, teve um ataque cardíaco e morreu... Ninguém soube naquele dia, nem no outro, nem no outro...
Finalmente, veio um amigo lhe visitar e que não lhe devia nada. Vinha de longe e como passava por ali, resolveu ver como ele estava.
Estava só e abandonado no seu leito de morte. O amigo chamou a polícia porque achou estranho o carro estar na garagem e ele não atender a porta. A polícia arrombou a janela e o encontrou morto em estado avançado de podridão corporal.
Verificando a casa, viu que por baixo da porta estavam vários envelopes com dinheiro e agradecimento pela ajuda que ele tinham dado.
Ninguém entendeu como é que um homem tão bom e tão rico poderia ter acabado só e daquele jeito...
De vez em quando uma das pessoas que ele tinha ajudado, passava por sua casa e lhe levava um bolo, umas frutas e até mesmo um pouco de companhia e conversa, mas ele já não gostava sequer de tais visitas e com aquelas "porcarias" que ele nem iria comer... Ficava irritado com as visitas dos seus devedores que iam até a sua casa para ver como ele estava e nunca falava no pagamento da dívida.
O homem por vezes nem dormia a tentar imaginar as palavras que teria que dizer na próxima visita que lhe fizessem... O que queria era seu dinheiro de volta! Mesmo não precisando, ele achava que todo mundo tinha que honrar os seus compromissos e sem saber se o devedor podia ou não pagar, ele só tinha em mente o factor "tempo" e eles todos já tinham tido tempo mais que suficiente para lhe pagar.
E assim, sozinho em sua casa, a primeira visita que recebeu depois daquele dia, foi logo pedindo a devolução do seu dinheiro o mais rápido possível e que podia levar as frutas de volta que ele não ia consumir...
Um a um foi recebendo a intimação do pagamento que teriam que devolver, e a proporção que isto acontecia as pessoas ficavam com mais problemas por não poderem pagar nem ao menos com carinho...
O "nosso homem" um dia adoeceu. Não pode sair da cama para pedir ajuda. Ardia em febre e o seu peito apertava... Ao fim de umas horas em sofrimento, teve um ataque cardíaco e morreu... Ninguém soube naquele dia, nem no outro, nem no outro...
Finalmente, veio um amigo lhe visitar e que não lhe devia nada. Vinha de longe e como passava por ali, resolveu ver como ele estava.
Estava só e abandonado no seu leito de morte. O amigo chamou a polícia porque achou estranho o carro estar na garagem e ele não atender a porta. A polícia arrombou a janela e o encontrou morto em estado avançado de podridão corporal.
Verificando a casa, viu que por baixo da porta estavam vários envelopes com dinheiro e agradecimento pela ajuda que ele tinham dado.
Ninguém entendeu como é que um homem tão bom e tão rico poderia ter acabado só e daquele jeito...
sábado, 25 de agosto de 2007
Regressão Onírica
Não sei onde me encontrava. Mas sabia que não estava sozinha.
Vi uma coisa incrível acontecer. Parecia que as árvores daquele lugar não queria mais estar ali. Vi como elas se movimentavam e subiam os montes de terra que estava em volta, mas estava tão cheio de lama que elas escorregavam de volta para o mesmo buraco.
Chovia muito e de vez em quando, aparecia não se sabe da onde, uma onda feita de lama que estava sempre a me salpicar. Fiquei incomodada e perguntei onde poderia me limpar. E antes que me dirigisse para o local, a onda pegou-me quase em cheio e fiquei ainda mais suja.
Finalmente cheguei no lugar onde poderia lavar-me e lá já estava um homem e uma criança a fazer o mesmo. E pensei que a água também estivesse suja, pois a proporção que o homem (vestido com as suas roupas) molhava-se, a água que saia do seu corpo era vermelha.
Fiquei em dúvida se continuava suja ou se arriscava me limpar com aquela água. Não tinha muitas hipóteses. Fiquei a espera da minha vez a olhar ansiosamente para o jorro de água branca que saía do cano.
Acordei...
Vi uma coisa incrível acontecer. Parecia que as árvores daquele lugar não queria mais estar ali. Vi como elas se movimentavam e subiam os montes de terra que estava em volta, mas estava tão cheio de lama que elas escorregavam de volta para o mesmo buraco.
Chovia muito e de vez em quando, aparecia não se sabe da onde, uma onda feita de lama que estava sempre a me salpicar. Fiquei incomodada e perguntei onde poderia me limpar. E antes que me dirigisse para o local, a onda pegou-me quase em cheio e fiquei ainda mais suja.
Finalmente cheguei no lugar onde poderia lavar-me e lá já estava um homem e uma criança a fazer o mesmo. E pensei que a água também estivesse suja, pois a proporção que o homem (vestido com as suas roupas) molhava-se, a água que saia do seu corpo era vermelha.
Fiquei em dúvida se continuava suja ou se arriscava me limpar com aquela água. Não tinha muitas hipóteses. Fiquei a espera da minha vez a olhar ansiosamente para o jorro de água branca que saía do cano.
Acordei...
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Um Sonho Mau... ou bom?
Sonhei que estava sentada em um conjunto de pedras ilhadas em água doce.
Mirava o horizonte e a tranquilidade da água que estava a minha volta. Não pensava em nada. Apenas estava ali a relaxar e adimirar... De repente, olhei lentamente para trás e vi um pouco mais abaixo, um leão! Sim, um leão fora do seu habitat. Rondava mansamente em volta da pedra que eu estava sentada com as patas na água rasa... Não parecia que me ameaçava ou que se deu conta que eu estava ali. Vi quando entrou em águas mais profundas e de onde eu estava também vi nitidamente uma grande cobra a ir em direcção a ele.
O leão foi abocanhado pela cobra, e enquanto lutava, gritava por ajuda e dizia meu nome!... Fiquei surpresa, mas não podia ajudar em nada. Primeiro, já nem via a cabeça do leão, segundo, como podia eu lutar contra uma cobra daquele tamanho?...
Olhei para trás de mim outra vez e vi uma outra cobra menor a passar pela água rasa. Pensei que deveria sair dali o mais rápido possível. Já eram demasiados perigos e de qualquer forma, pensei que também a maré poderia subir...
Acordei! (Graças a Deus!)
...
Agora procuro uma interpretação deste sonho. Já pensei jogar no "Bicho" com tantos animais, mas também já pensei que podia ser um Aviso ou um Sinal para eu mudar minha vida o mais rápido possível...
... Humm... Curioso, no mínimo!
Mirava o horizonte e a tranquilidade da água que estava a minha volta. Não pensava em nada. Apenas estava ali a relaxar e adimirar... De repente, olhei lentamente para trás e vi um pouco mais abaixo, um leão! Sim, um leão fora do seu habitat. Rondava mansamente em volta da pedra que eu estava sentada com as patas na água rasa... Não parecia que me ameaçava ou que se deu conta que eu estava ali. Vi quando entrou em águas mais profundas e de onde eu estava também vi nitidamente uma grande cobra a ir em direcção a ele.
O leão foi abocanhado pela cobra, e enquanto lutava, gritava por ajuda e dizia meu nome!... Fiquei surpresa, mas não podia ajudar em nada. Primeiro, já nem via a cabeça do leão, segundo, como podia eu lutar contra uma cobra daquele tamanho?...
Olhei para trás de mim outra vez e vi uma outra cobra menor a passar pela água rasa. Pensei que deveria sair dali o mais rápido possível. Já eram demasiados perigos e de qualquer forma, pensei que também a maré poderia subir...
Acordei! (Graças a Deus!)
...
Agora procuro uma interpretação deste sonho. Já pensei jogar no "Bicho" com tantos animais, mas também já pensei que podia ser um Aviso ou um Sinal para eu mudar minha vida o mais rápido possível...
... Humm... Curioso, no mínimo!
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
A vela e eu...
Estava sentada na cadeira da sala e tinha a mesa em minha frente. Escrevia. Durante um longo espaço de tempo fiquei a olhar minha mão a se movimentar em cima do papel branco e virgem, pois não me vinha nada à cabeça...
Levantei, olhei para o papel de longe e deparei-me com ele a brincar com as cortinas da sala.
A cortina levantava com o vento e fazia ondas ao longo de sua extensão, no limite aberto da janela. O papel estava a dançar em cima da mesa, mas não parecia que em momento algum pudesse ir para o chão. Fiquei a admirar os dois movimentos e me lembrei de ir buscar um copo de vinho e uma vela.
Acendi a vela, mas antes, tive que fechar a janela.
A cortina parou seu feliz movimento e o papel deixou de dançar... A vela parecia morta. Estava parada e erguida com uma chama brilhante...
Olhei para o papel e vi a sombra do meu corpo sobre ele.
Eu estava lá... O papel já não era virgem. Refletia a minha imagem.
Abri a janela, a cortina levantou-se, a luz apagou e eu desaparecí como por encanto...
Mas sentei e escrevi!
Levantei, olhei para o papel de longe e deparei-me com ele a brincar com as cortinas da sala.
A cortina levantava com o vento e fazia ondas ao longo de sua extensão, no limite aberto da janela. O papel estava a dançar em cima da mesa, mas não parecia que em momento algum pudesse ir para o chão. Fiquei a admirar os dois movimentos e me lembrei de ir buscar um copo de vinho e uma vela.
Acendi a vela, mas antes, tive que fechar a janela.
A cortina parou seu feliz movimento e o papel deixou de dançar... A vela parecia morta. Estava parada e erguida com uma chama brilhante...
Olhei para o papel e vi a sombra do meu corpo sobre ele.
Eu estava lá... O papel já não era virgem. Refletia a minha imagem.
Abri a janela, a cortina levantou-se, a luz apagou e eu desaparecí como por encanto...
Mas sentei e escrevi!
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
Lamento e Solução
A árvore morreu... De tanto que a casa e a gente que mora nela recebeu olhares de ódio e inveja, a árvore morreu! Mas também morreu com ela a emoção, o entusiasmo e a vontade de crescer!
Mas ficou a esperança e a raíz que se move através da terra e caminha para florescer em outro lugar...
Mas ficou a esperança e a raíz que se move através da terra e caminha para florescer em outro lugar...
sábado, 11 de agosto de 2007
Anjo da Guarda
(Fiz este texto para o meu Blog do "Euvoscompreendo", e resolvi passar para aqui, porque gosto dele...)
Fecho os olhos e imagino o meu anjo da guarda... muito gordo, com uma carinha amorosa e rosada... não, aliás... magrinho... não...uma mulher... uma Anja da Guarda... e se for uma criança? Criança pode ser Anjo da Guarda? Se for, então em quero em forma de criança... Espírito elevado, cheia de conselhos para dar.
Mas esta criança imagino criança comigo. Imagino que este Anjo tenha crescido junto comigo. Imagino que tenha experimentado as minhas alegrias e tristezas... Imagino-o no final conversando e relembrando os velhos tempos de infância em que nós dois éramos inocentes e felizes...
Meu Anjo da Guarda agora tem a minha idade e tem medo de envelhecer. Sobretudo tem medo de me perder. Por isso tento não esqueçê-lo. E vou falando com ele todos os dias, sempre que posso... peço tudo que preciso para minha vida. E ele me atende. Sempre. Se não, peço outra vez e de outra maneira... Mas insisto. Aí ele resolver ir pedir por mim. E então me é concedida aquela graça. Consigo tudo o que quero, depois alguma coisa não dá certo e eu rezo para me livrar daquele pedido... Então compreendo por que ele não queria me fazer a vontade ao princípio.
Tentou me proteger mas não tinha entendido! Humm... Agora penso antes de pedir! E aceito o que puder receber!
Fecho os olhos e imagino o meu anjo da guarda... muito gordo, com uma carinha amorosa e rosada... não, aliás... magrinho... não...uma mulher... uma Anja da Guarda... e se for uma criança? Criança pode ser Anjo da Guarda? Se for, então em quero em forma de criança... Espírito elevado, cheia de conselhos para dar.
Mas esta criança imagino criança comigo. Imagino que este Anjo tenha crescido junto comigo. Imagino que tenha experimentado as minhas alegrias e tristezas... Imagino-o no final conversando e relembrando os velhos tempos de infância em que nós dois éramos inocentes e felizes...
Meu Anjo da Guarda agora tem a minha idade e tem medo de envelhecer. Sobretudo tem medo de me perder. Por isso tento não esqueçê-lo. E vou falando com ele todos os dias, sempre que posso... peço tudo que preciso para minha vida. E ele me atende. Sempre. Se não, peço outra vez e de outra maneira... Mas insisto. Aí ele resolver ir pedir por mim. E então me é concedida aquela graça. Consigo tudo o que quero, depois alguma coisa não dá certo e eu rezo para me livrar daquele pedido... Então compreendo por que ele não queria me fazer a vontade ao princípio.
Tentou me proteger mas não tinha entendido! Humm... Agora penso antes de pedir! E aceito o que puder receber!
Espreitando
Da minha janela apreciava-a escrevendo em seu caderno de memórias, penso eu. E ainda mais apreciei-a quando fez uma pausa aos seus estudos ou suas recordações e saiu para ir buscar um gelado à cozinha. Trouxe de lá uma pequena caixa que me pareceu não haver muito, pois como havia uma camada agarrada na tampa da caixa, vi quando levou a mesma à boca e passou a língua, tão grande e tão doce, que de tanto olhar, até vi as cores que lhe pintavam os lábios de branco e vermelho. Será que o sabor que ela sentia era de natas e amoras? Decerto que sim. E como tive vontade de experimentar aquele gelado... Estou cheio de sede, fome e calor... Quem me dera que ela tivesse deixado um pouco para mim!
sábado, 14 de julho de 2007
Rosa
...E naquele dia ela sabia que algo de ruim iria lhe acontecer...
Rosa era uma mulher de armas. Não admitia que ninguém lhe fizesse mal aos seus filhos, nem mesmo o pai deles e por isso tinha se separado tão cedo.
Recomeçou a sua vida com muito esforço e sozinha. Passou por imensas dificuldades, mas nunca desistiu de tentar fazer feliz os seus filhos.
Passou algum tempo para recuperar o seu amor próprio e o querer estar com alguém que fizesse ela uma mulher realizada. Encontrou um homem, um pouco mais jovem, mais muito envolvente. Namoraram, se amaram e fizeram promessas uma para o outro. Rosa confiou todo o seu amor à ele.
Mas ele tinha um problema. Odiava a mãe dele e achava que todas as mulheres eram como prostitutas e não tardou nada, começou a maltratá-la.
Na primeira vez que ele lhe bateu, pediu-lhe desculpas e disse que nunca mais iria fazer o mesmo.
Na segunda vez, ela chorou muito, mas não ficou com marcas.
Na terceira vez, disse que o abandonava e que nunca mais voltava. Ele chorou e a abraçou prometendo de novo que isso não ia mais acontecer.
E a cada vez que isto acontecia, ele a tomava nos seus braços selvagemente e faziam amor como nunca!!
Rosa, continuava confusa, mas nunca havia conseguido se livrar deste amor doentio. Cada vez que apanhava, tinha em seguida a melhor noite da sua vida.
Mas um dia, ele bateu nela e saiu de casa. Quando voltou, ela já não estava lá. Foi embora e levou as roupas e os filhos.
Ele não quis acreditar no que estava a acontecer, ela desapareceu completamente da vida dele... Até que a encontrou, vivendo na mesma cidade e sozinha. Prometeu tudo, mas lhe pediu dinheiro para pagar umas coisas que ele tinha em atraso. Ela deu-lhe o dinheiro e pediu que ele desaparecesse da vida dela. Ele não aceitou e pediu que ela fosse até a sua casa para conversarem melhor...
Assim que entrou e fechou a porta, ele tentou violá-la, bateu-lhe uma vez mais e disse que isto era para que ela nunca esquecesse que eles foram feitos um para o outro.
Mais uma vez ela saiu a chorar e disse que nunca mais queria vê-lo...
(Quem é o doente???)
Rosa era uma mulher de armas. Não admitia que ninguém lhe fizesse mal aos seus filhos, nem mesmo o pai deles e por isso tinha se separado tão cedo.
Recomeçou a sua vida com muito esforço e sozinha. Passou por imensas dificuldades, mas nunca desistiu de tentar fazer feliz os seus filhos.
Passou algum tempo para recuperar o seu amor próprio e o querer estar com alguém que fizesse ela uma mulher realizada. Encontrou um homem, um pouco mais jovem, mais muito envolvente. Namoraram, se amaram e fizeram promessas uma para o outro. Rosa confiou todo o seu amor à ele.
Mas ele tinha um problema. Odiava a mãe dele e achava que todas as mulheres eram como prostitutas e não tardou nada, começou a maltratá-la.
Na primeira vez que ele lhe bateu, pediu-lhe desculpas e disse que nunca mais iria fazer o mesmo.
Na segunda vez, ela chorou muito, mas não ficou com marcas.
Na terceira vez, disse que o abandonava e que nunca mais voltava. Ele chorou e a abraçou prometendo de novo que isso não ia mais acontecer.
E a cada vez que isto acontecia, ele a tomava nos seus braços selvagemente e faziam amor como nunca!!
Rosa, continuava confusa, mas nunca havia conseguido se livrar deste amor doentio. Cada vez que apanhava, tinha em seguida a melhor noite da sua vida.
Mas um dia, ele bateu nela e saiu de casa. Quando voltou, ela já não estava lá. Foi embora e levou as roupas e os filhos.
Ele não quis acreditar no que estava a acontecer, ela desapareceu completamente da vida dele... Até que a encontrou, vivendo na mesma cidade e sozinha. Prometeu tudo, mas lhe pediu dinheiro para pagar umas coisas que ele tinha em atraso. Ela deu-lhe o dinheiro e pediu que ele desaparecesse da vida dela. Ele não aceitou e pediu que ela fosse até a sua casa para conversarem melhor...
Assim que entrou e fechou a porta, ele tentou violá-la, bateu-lhe uma vez mais e disse que isto era para que ela nunca esquecesse que eles foram feitos um para o outro.
Mais uma vez ela saiu a chorar e disse que nunca mais queria vê-lo...
(Quem é o doente???)
terça-feira, 10 de julho de 2007
Quando o destino apela...
«E aí Cacá, vamos sair? Vamos até a praia ver o mar, dar um mergulho...»
«Hoje não... Não sei por que estou com um presentimento e acho que não devo sair de casa»
«Presentimento? Positivo ou negativo?»
«Incrívelmente negativo... E acho que não devo sair de casa»
«Eu cá, estou com presentimento que você está entregando a sua vida de mão beijada. Tens que viver cada momento como se fosse o último. E no seu lugar, trocava de roupa, agarrava em uma toalha de banho, punha uns chinelos e íamos já para a praia!!»
«Não deveria ser boa companhia. Hoje estou mesmo com consciência de que tenho que ficar em casa. Acho que alguma coisa pode me acontecer e assim prefiro não sair hoje...»
«'Tá bem, faça como quiser. Eu vou indo, por que ao contrário do seu presentimento, eu estou cheio de pressa...»
Enquanto Cacá via o seu amigo atravessar a rua, notou que ele olhava para cima com as duas mãos na cabeça... então ele também olhou de repente para o céu e sem se dar conta do que aconteceu, um avião caiu em cima da sua casa.
«Hoje não... Não sei por que estou com um presentimento e acho que não devo sair de casa»
«Presentimento? Positivo ou negativo?»
«Incrívelmente negativo... E acho que não devo sair de casa»
«Eu cá, estou com presentimento que você está entregando a sua vida de mão beijada. Tens que viver cada momento como se fosse o último. E no seu lugar, trocava de roupa, agarrava em uma toalha de banho, punha uns chinelos e íamos já para a praia!!»
«Não deveria ser boa companhia. Hoje estou mesmo com consciência de que tenho que ficar em casa. Acho que alguma coisa pode me acontecer e assim prefiro não sair hoje...»
«'Tá bem, faça como quiser. Eu vou indo, por que ao contrário do seu presentimento, eu estou cheio de pressa...»
Enquanto Cacá via o seu amigo atravessar a rua, notou que ele olhava para cima com as duas mãos na cabeça... então ele também olhou de repente para o céu e sem se dar conta do que aconteceu, um avião caiu em cima da sua casa.
terça-feira, 3 de julho de 2007
Carolina e Artur
...Até que um dia, Carolina não queria mais estar em casa a dar trabalho ao Artur e aos seus filhos. Estava, dia após dia a se sentir culpada, por todos os desconfortos que causava à sua família pelo facto de não conseguir andar. Lembrava que nunca pôde correr com seus filhos pelo parque ou nadar na praia ao lado deles, e que nem ao menos aprendeu a conduzir. E por isto, pediu a Artur que verificasse se não havia nenhuma escola de condução para deficientes que a pudesse ajudar, e que por favor, procurasse um carro que fosse adaptado para o estado físico que ela se encontrava.
Artur ficou muito contente com a demonstração de interesse que a Carolina estava sentindo em relação à sua família, e não demorou muito em sair para procurar informações em todas as auto-escolas que estavam ao seu alcance próximo a sua morada, para que fosse fácil a ida de Carolina até lá.
Saiu ele de sua casa uma manhã em que inexplicavelmente fazia frio e chovia. Apesar de estarem no Verão, o dia amanheceu cinzento e a ameaça de chuva terminou por se concretizar.
Artur estacionou o carro na posição mais viável para sair correndo sem se molhar demasiado e atravessou a rua quase sem olhar para os lados, pois tinha certeza que não viria ninguém por aquela via... Mas veio um carro pela contra mão e mesmo tentando fazer uma travagem, o piso molhado não o deixou parar, apanhando Artur em cheio pelas pernas.
Artur não desmaiou, nem sentiu dores. Apenas parecia que, de olhos abertos, via como um filme todos os sentimentos que passou pela cabeça de sua amada esposa no dia do acidente que a deixou sem as pernas... E só o que lhe passava pela mente era o que seria do seu futuro dali para frente... como ela também havia pensado.
Artur não teve a presença de Carolina como ela teve à ele naquele dia, mas a tinha no pensamento, e de uma maneira tão forte que mesmo em casa, Carolina em sua cadeira de rodas, foi até o telefone e ligou para ele.
«Artur, estás bem? Não sei porque tive uma sensação ruim, meu amor... Estive pensando na minha idéia de conduzir e me tornar menos dependente de vocês, e sinceramente, acho que já não me importo... Se vocês nunca se queixaram, penso que é um preciosismo da minha parte. E na verdade o que eu mais quero, é que você esteja sempre ao meu lado Artur!... Eu te amo muito!»
Carolina não sabia o que lhe tinha acontecido, mas Artur já estava no Hospital e já sabia que não mais poderia andar. Tinha ficado paraplégico com o embate e teria que estar também em cadeira de rodas para o resto da sua vida...
Mas felizmente... Ao lado da sua Carolina!
Artur ficou muito contente com a demonstração de interesse que a Carolina estava sentindo em relação à sua família, e não demorou muito em sair para procurar informações em todas as auto-escolas que estavam ao seu alcance próximo a sua morada, para que fosse fácil a ida de Carolina até lá.
Saiu ele de sua casa uma manhã em que inexplicavelmente fazia frio e chovia. Apesar de estarem no Verão, o dia amanheceu cinzento e a ameaça de chuva terminou por se concretizar.
Artur estacionou o carro na posição mais viável para sair correndo sem se molhar demasiado e atravessou a rua quase sem olhar para os lados, pois tinha certeza que não viria ninguém por aquela via... Mas veio um carro pela contra mão e mesmo tentando fazer uma travagem, o piso molhado não o deixou parar, apanhando Artur em cheio pelas pernas.
Artur não desmaiou, nem sentiu dores. Apenas parecia que, de olhos abertos, via como um filme todos os sentimentos que passou pela cabeça de sua amada esposa no dia do acidente que a deixou sem as pernas... E só o que lhe passava pela mente era o que seria do seu futuro dali para frente... como ela também havia pensado.
Artur não teve a presença de Carolina como ela teve à ele naquele dia, mas a tinha no pensamento, e de uma maneira tão forte que mesmo em casa, Carolina em sua cadeira de rodas, foi até o telefone e ligou para ele.
«Artur, estás bem? Não sei porque tive uma sensação ruim, meu amor... Estive pensando na minha idéia de conduzir e me tornar menos dependente de vocês, e sinceramente, acho que já não me importo... Se vocês nunca se queixaram, penso que é um preciosismo da minha parte. E na verdade o que eu mais quero, é que você esteja sempre ao meu lado Artur!... Eu te amo muito!»
Carolina não sabia o que lhe tinha acontecido, mas Artur já estava no Hospital e já sabia que não mais poderia andar. Tinha ficado paraplégico com o embate e teria que estar também em cadeira de rodas para o resto da sua vida...
Mas felizmente... Ao lado da sua Carolina!
terça-feira, 26 de junho de 2007
Artur e Carolina
Artur via as pernas de sua amada todos os dias pela porta da sua oficina.
Como se encontrava em um nível inferior do passeio em que ela passava todos os dias, ele não perdia um só dia em que ela fosse andar por ali.
Carolina era enfermeira e cumpridora de suas tarefas e horários. Não sabia que Artur estava perdidamente apaixonado por ela e muito menos que ele apreciava as suas pernas todos os dias...
Um dia ele disse a um amigo... «Está vendo aquela mulher que ali vai?...Um dia ela vai ser só minha» e completava, «... e como é enfermeira, com certeza é a mulher certa para cuidar de mim na minha velhice!».
Mas quis o destino que as coisas fossem diferente daquilo que ele imaginava... Artur naquela manhã, trabalhava tranquilamente e esqueceu da sua amada. Não olhou para cima para esperar que ela passasse na mesma hora que estava habituada... E ela passou, mas ele não viu. O que aconteceu, é que ele OUVIU um barulho terrível de um carro que travou bruscamente na rua e um grito pavoroso.
Artur saiu a correr da oficina e viu que a roda de um caminhão tinha soltado e rolando foi atingir a sua amada no passeio, onde se encontrava desmaiada e com sangue a sair da sua cabeça.
Artur ficou desesperado. Nunca pensou que a primeira vez que lhe abraçaria como estava a fazer, seria naquelas circuntâncias.
Chamou por socorro e rapidamente veio uma ambulância. Ele só teve tempo de dizer a um amigo para lhe fechar a loja e fez questão de acompanhar Carolina até o Hospital.
Quando chegaram, viu que todos os seus colegas vieram ver o que lhe tinha acontecido, e o trataram como se fosse o companheiro dela. Levaram-no para uma sala e lhe deram um calmante. Passado uns minutos, um psicólogo clínico veio conversar com ele e dizer que a partir daquele instante Carolina iria precisar de todo o amor e carinho que ele pudesse dar, pois o golpe que ela teve na cabeça e os ferimentos nas pernas, não teria outro remédio. Ela com o tempo recuperaria a memória, mas infelizmente iria perder as pernas.
Nunca mais Artur a deixou. Consta que assim que ela recuperou a memória, já sabia quem ele era e aceitou o convite de casamento. Hoje, eles já tem dois filhos saudáveis. Uma já enfermeira e o outro segue os trabalhos da oficina do pai.
(E viveram felizes para sempre... Até que...)
Como se encontrava em um nível inferior do passeio em que ela passava todos os dias, ele não perdia um só dia em que ela fosse andar por ali.
Carolina era enfermeira e cumpridora de suas tarefas e horários. Não sabia que Artur estava perdidamente apaixonado por ela e muito menos que ele apreciava as suas pernas todos os dias...
Um dia ele disse a um amigo... «Está vendo aquela mulher que ali vai?...Um dia ela vai ser só minha» e completava, «... e como é enfermeira, com certeza é a mulher certa para cuidar de mim na minha velhice!».
Mas quis o destino que as coisas fossem diferente daquilo que ele imaginava... Artur naquela manhã, trabalhava tranquilamente e esqueceu da sua amada. Não olhou para cima para esperar que ela passasse na mesma hora que estava habituada... E ela passou, mas ele não viu. O que aconteceu, é que ele OUVIU um barulho terrível de um carro que travou bruscamente na rua e um grito pavoroso.
Artur saiu a correr da oficina e viu que a roda de um caminhão tinha soltado e rolando foi atingir a sua amada no passeio, onde se encontrava desmaiada e com sangue a sair da sua cabeça.
Artur ficou desesperado. Nunca pensou que a primeira vez que lhe abraçaria como estava a fazer, seria naquelas circuntâncias.
Chamou por socorro e rapidamente veio uma ambulância. Ele só teve tempo de dizer a um amigo para lhe fechar a loja e fez questão de acompanhar Carolina até o Hospital.
Quando chegaram, viu que todos os seus colegas vieram ver o que lhe tinha acontecido, e o trataram como se fosse o companheiro dela. Levaram-no para uma sala e lhe deram um calmante. Passado uns minutos, um psicólogo clínico veio conversar com ele e dizer que a partir daquele instante Carolina iria precisar de todo o amor e carinho que ele pudesse dar, pois o golpe que ela teve na cabeça e os ferimentos nas pernas, não teria outro remédio. Ela com o tempo recuperaria a memória, mas infelizmente iria perder as pernas.
Nunca mais Artur a deixou. Consta que assim que ela recuperou a memória, já sabia quem ele era e aceitou o convite de casamento. Hoje, eles já tem dois filhos saudáveis. Uma já enfermeira e o outro segue os trabalhos da oficina do pai.
(E viveram felizes para sempre... Até que...)
sábado, 23 de junho de 2007
O drama financeiro de Eugênia (4)
Eugênia não parava no lugar. Andava de um lado para o outro, fazendo uma coisa aqui e outra ali. Seu pensamento andava entre o passado, o presente e o futuro. Sabia que tinha que resolver a sua vida de uma vez por todas, mas não se sentia nem com coragem nem com capacidade para decidir o que seria mais certo para ela e para a sua família.
Pensou que mergulhando em tarefas domésticas cansaria o seu corpo e assim a sua alma poderia se ver obrigada a descansar.
Mas não deu certo, e quanto mais Eugênia pensava e se fechava nela própria, mais deprimida e calada ficava.
Tentou buscar esperanças nos livros que possuia de desenvolvimento pessoal ou em DVD's de filmes que lhe mostrasse dramas maiores que o seu, mesmo assim, foi tudo em vão...
Hoje Eugênia reza para que as coisas se resolvam por outros meios... Está cansada de tentar corrigir os erros do passado.
...
Manuel, não está diferente dela, mas neste momento... Manuel, dorme...
Pensou que mergulhando em tarefas domésticas cansaria o seu corpo e assim a sua alma poderia se ver obrigada a descansar.
Mas não deu certo, e quanto mais Eugênia pensava e se fechava nela própria, mais deprimida e calada ficava.
Tentou buscar esperanças nos livros que possuia de desenvolvimento pessoal ou em DVD's de filmes que lhe mostrasse dramas maiores que o seu, mesmo assim, foi tudo em vão...
Hoje Eugênia reza para que as coisas se resolvam por outros meios... Está cansada de tentar corrigir os erros do passado.
...
Manuel, não está diferente dela, mas neste momento... Manuel, dorme...
segunda-feira, 18 de junho de 2007
A menina doce
Era uma vez, uma menina muito doce e pura. Sonhava em encontrar o seu príncipe encantado, como nos contos de fadas.
Brincava todos os dias a tirar pétalas das margaridas e dizer:
«Bem me quer, mal me quer... Bem me quer, mal me quer...»
Um dia ele apareceu. Lindo... Alto... Bem falante e elegante. Olhou para ela, curvou-se a sua frente, pegou-lhe na mão e dizendo poucas palavras, a conquistou.
A menina doce e pura, passou a ver o princípe encantado todos os dias. E cada dia que o via, mais apaixonada ficava.
Um dia, ela deixou de ser pura, mas continuava doce. Tão doce que não via o que ele lhe fazia. Passou a ser uma menina doce e inocente.
Um dia a menina perdeu o seu princípe para outra menina só doce. E no dia seguinte ela descobriu que junto a ela, estavam a chorar pelos cantos, outras meninas doces e puras que ele também havia deixado.
E assim, não viveram felizes para sempre!
Brincava todos os dias a tirar pétalas das margaridas e dizer:
«Bem me quer, mal me quer... Bem me quer, mal me quer...»
Um dia ele apareceu. Lindo... Alto... Bem falante e elegante. Olhou para ela, curvou-se a sua frente, pegou-lhe na mão e dizendo poucas palavras, a conquistou.
A menina doce e pura, passou a ver o princípe encantado todos os dias. E cada dia que o via, mais apaixonada ficava.
Um dia, ela deixou de ser pura, mas continuava doce. Tão doce que não via o que ele lhe fazia. Passou a ser uma menina doce e inocente.
Um dia a menina perdeu o seu princípe para outra menina só doce. E no dia seguinte ela descobriu que junto a ela, estavam a chorar pelos cantos, outras meninas doces e puras que ele também havia deixado.
E assim, não viveram felizes para sempre!
Um conto do meu pai
Hoje ainda me lembro perfeitamente de um história que meu pai contava sobre a Morte. E por incrível que pareça e por mais que ele contasse, eu e meus irmão ríamos demais quando ele acabava. E o mais engraçado é que já sabíamos o final da história, mas mesmo assim, pedíamos que ele contasse outra vez e o meu pai lá começava...
«Era uma vez um casal que já não era muito novo. Ela andava em casa a fazer as limpezas e outras coisas e ele estava sempre preocupado com a chegada da sua morte. Um dia, bateram à porta. A mulher foi atender e o marido se escondeu com medo que fosse "Ela".
- Sim, o que é que o senhor deseja, disse a mulher ao homem que estava à porta.
- Eu sou a Morte. Vim buscar o seu marido, respondeu o homem.
- Ele não está. Tem que voltar outro dia, falou a mulher trêmula de medo.
E a Morte foi embora dizendo que voltaria no dia seguinte.
O velho já não se aguentava de pé de tanto que andou em casa a procura de uma forma de enganar a Morte. No dia seguinte a Morte bateu na porta da casa na mesma hora e procurou por ele e mais uma vez a mulher disse que o marido não estava. E a Morte então disse à ela que no dia seguinte passava outra vez, mas que tinha que levá-lo de um vez por todas. Já não poderia esperar mais.
O marido, já desesperado teve uma brilhante idéia. A morte já o conhecia e sabia que ele tinha muito cabelo e barbas compridas. Resolveu raspar tudo para que "Ela" não o reconhecesse.
No dia seguinte, a Morte volta a bater à porta. E o homem se pôs tranquilamente à frente da televisão com um jornal na mão e um copo de cerveja, ao mesmo tempo que fumava um cigarro, coisa que nunca na vida tinha feito.
- Vim buscar seu marido, disse a Morte.
- Ele não está, disse a mulher receosa que a Morte levasse a ela.
- Não faz mal, completou "Ela", vou levar aquele careca que está a fumar na sua sala e um dia qualquer volto aqui outra vez.
Naquele momento o homem engasgou-se com o fumo e morreu asfixiado."
E por sermos crianças ríamos de rolar no chão. Mas meu pai concluía que "Ninguém consegue enganar a Morte". E nesta hora olhávamos uns para os outros e ficávamos assustados, sendo este o desfecho da nossa história.
«Era uma vez um casal que já não era muito novo. Ela andava em casa a fazer as limpezas e outras coisas e ele estava sempre preocupado com a chegada da sua morte. Um dia, bateram à porta. A mulher foi atender e o marido se escondeu com medo que fosse "Ela".
- Sim, o que é que o senhor deseja, disse a mulher ao homem que estava à porta.
- Eu sou a Morte. Vim buscar o seu marido, respondeu o homem.
- Ele não está. Tem que voltar outro dia, falou a mulher trêmula de medo.
E a Morte foi embora dizendo que voltaria no dia seguinte.
O velho já não se aguentava de pé de tanto que andou em casa a procura de uma forma de enganar a Morte. No dia seguinte a Morte bateu na porta da casa na mesma hora e procurou por ele e mais uma vez a mulher disse que o marido não estava. E a Morte então disse à ela que no dia seguinte passava outra vez, mas que tinha que levá-lo de um vez por todas. Já não poderia esperar mais.
O marido, já desesperado teve uma brilhante idéia. A morte já o conhecia e sabia que ele tinha muito cabelo e barbas compridas. Resolveu raspar tudo para que "Ela" não o reconhecesse.
No dia seguinte, a Morte volta a bater à porta. E o homem se pôs tranquilamente à frente da televisão com um jornal na mão e um copo de cerveja, ao mesmo tempo que fumava um cigarro, coisa que nunca na vida tinha feito.
- Vim buscar seu marido, disse a Morte.
- Ele não está, disse a mulher receosa que a Morte levasse a ela.
- Não faz mal, completou "Ela", vou levar aquele careca que está a fumar na sua sala e um dia qualquer volto aqui outra vez.
Naquele momento o homem engasgou-se com o fumo e morreu asfixiado."
E por sermos crianças ríamos de rolar no chão. Mas meu pai concluía que "Ninguém consegue enganar a Morte". E nesta hora olhávamos uns para os outros e ficávamos assustados, sendo este o desfecho da nossa história.
sábado, 16 de junho de 2007
Empurre a sua rocha também
E se Deus chegasse à sua frente e pedisse que você empurrasse uma rocha durante um ano? E se o Diabo chegasse à sua frente e dissesse que o que ia fazer era obedecer a uma coisa absurda? E se um amigo chegasse ao seu lado e dissesse que o ajudaria? E se o seu inimigo chegasse e empurrasse do outro lado com mais outros inimigos?...
E se você fechasse os olhos às adversidades e acreditasse que o que iria fazer, apesar de não ter muito fundamento, pudesse lhe ajudar em alguma coisa no futuro...
E se você ao fim de um ano de esforço concluísse que de tanto empurrar estava mais forte?
O que faria? O que iria pensar? Como estaria a se sentir?
Com certeza haveria mais escolhas e mais experiências para decidir a tua vida.
E com certeza iria acreditar mais nas suas capacidades porque tanto aquele que ajuda, quanto aquele que atrapalha, servem para lapidar o crescimento da sua alma.
(Joice Worm)
E se você fechasse os olhos às adversidades e acreditasse que o que iria fazer, apesar de não ter muito fundamento, pudesse lhe ajudar em alguma coisa no futuro...
E se você ao fim de um ano de esforço concluísse que de tanto empurrar estava mais forte?
O que faria? O que iria pensar? Como estaria a se sentir?
Com certeza haveria mais escolhas e mais experiências para decidir a tua vida.
E com certeza iria acreditar mais nas suas capacidades porque tanto aquele que ajuda, quanto aquele que atrapalha, servem para lapidar o crescimento da sua alma.
(Joice Worm)
sexta-feira, 15 de junho de 2007
A chamada telefônica do amor
«Alô...»
«Sim, alô... Quem está falando?»
«Sou eu... sua alma gêmea!»
«Não brinque com isto se faz favor... Quem está falando?»
«Não ia brincar com o meu próprio futuro... Eu sou a sua alma gêmea!!!»
... (Silêncio)
«Sinto que você está sempre pensando em mim e como a energia acompanha o pensamento...aqui estou eu»
«Olhe, moço, eu não lhe conheço e não reconheço a sua voz... por isso, também não estou interessada em sua conversa... com licença, mas vou desligar!»
«Se você não se importa se a sua alma gémea vai aparecer ou não, a própria frieza da sua atitude mantém-me afastado, conservando-me distante»
... (Silêncio)
«Digamos que eu acompanhe a sua brincadeira e aceite que você é a minha alma gêmea. Acha que do nada iria te encontrar e tentar conhecer melhor? Como pode partir do princípio que eu iria lhe dar tal confiança?»
«Eu simplesmente sei que isto vai acontecer, pois nós dois somos como um só. Você é a metade que me falta!...»
«Você é muito pretencioso, isso sim... e eu não sei se depois de vê-lo pessoalmente vou gostar de você... (já nem sei o que estou a falar...dando tanta conversa, pensou)»
«Os nossos próprios sonhos e fantasias encarregam-se de nos dar uma ideia quase fiel do que pretendemos encontrar no nosso caminho... e eu sou exactamente o tipo de homem que você gosta!»
...risos
«Digamos que já estou a ficar um tanto quanto curiosa... E você por acaso me conhece?»
«Não... mas acredito que nascemos um para o outro e se assim penso, é porque estou disposto a fazê-la feliz...»
«Pode repetir?!...»
«Se você é parte de mim, e eu gosto de mim, estou disposto e muito interessado em torná-la a mulher mais feliz do mundo e como a recíproca é verdadeira, sei que você também vai querer me fazer feliz para sempre...»
... (Silêncio)
«...Quando podemos nos encontrar?...»
«... Hoje mesmo meu amor... Hoje mesmo!»
«Sim, alô... Quem está falando?»
«Sou eu... sua alma gêmea!»
«Não brinque com isto se faz favor... Quem está falando?»
«Não ia brincar com o meu próprio futuro... Eu sou a sua alma gêmea!!!»
... (Silêncio)
«Sinto que você está sempre pensando em mim e como a energia acompanha o pensamento...aqui estou eu»
«Olhe, moço, eu não lhe conheço e não reconheço a sua voz... por isso, também não estou interessada em sua conversa... com licença, mas vou desligar!»
«Se você não se importa se a sua alma gémea vai aparecer ou não, a própria frieza da sua atitude mantém-me afastado, conservando-me distante»
... (Silêncio)
«Digamos que eu acompanhe a sua brincadeira e aceite que você é a minha alma gêmea. Acha que do nada iria te encontrar e tentar conhecer melhor? Como pode partir do princípio que eu iria lhe dar tal confiança?»
«Eu simplesmente sei que isto vai acontecer, pois nós dois somos como um só. Você é a metade que me falta!...»
«Você é muito pretencioso, isso sim... e eu não sei se depois de vê-lo pessoalmente vou gostar de você... (já nem sei o que estou a falar...dando tanta conversa, pensou)»
«Os nossos próprios sonhos e fantasias encarregam-se de nos dar uma ideia quase fiel do que pretendemos encontrar no nosso caminho... e eu sou exactamente o tipo de homem que você gosta!»
...risos
«Digamos que já estou a ficar um tanto quanto curiosa... E você por acaso me conhece?»
«Não... mas acredito que nascemos um para o outro e se assim penso, é porque estou disposto a fazê-la feliz...»
«Pode repetir?!...»
«Se você é parte de mim, e eu gosto de mim, estou disposto e muito interessado em torná-la a mulher mais feliz do mundo e como a recíproca é verdadeira, sei que você também vai querer me fazer feliz para sempre...»
... (Silêncio)
«...Quando podemos nos encontrar?...»
«... Hoje mesmo meu amor... Hoje mesmo!»
quinta-feira, 14 de junho de 2007
O problema social do Pedro
Pedro não sabia viver em sociedade. Não era um homem que gostasse de ouvir opinião de ninguém. Vivia a sua vida e tinha muitos amigos, ou conhecidos, pois para os amigos que ele considerava, os mesmos não considerava à ele.
Pedro gostava de comer em bons restaurante e por conseguinte procurava apenas aquele que tinha alguma mesa perto da janela. Gostava de olhar o movimento do lado de fora. E não gostava nada de se sentir na mesma situação que outros que estavam ao seu lado, e muito menos perceber que alguém comia algum prato igual ao dele, por este motivo, comia sempre a olhar para a rua, ou o mar, dependendo de onde estivesse.
Mas havia um restaurante que ele gostava mais. Tinha uma mesa especial que estava localizada em uma posição estratégica entre o movimento agitado da cozinha e a paisagem do mar com os barquinhos atracados parecendo que estavam a deriva. Um lado o fazia curioso e bisbilhoteiro e o outro lhe relaxava a alma.
Um belo dia, Pedro entrou no Restaurante e o seu lugar já estava ocupado. Ficou super irritado. Quase furioso. Sentou em outra mesa em frente a esta e ficou a olhar para a pessoa que por acaso era uma mulher.
Pedro, sem pensar que podia incomodar a rapariga, de tanto que ele olhava, não tirou os olhos dela durante toda a noite.
Ela não o olhava de frente, mas de vez em quando, levantava os olhos do livro que estava a ler ao mesmo tempo que comia e reparava que ele a mirava insistentemente.
De repente, Pedro viu que ela tinha pedido a mesma coisa que ele. Ficou enraivecido. Começou a comer sem saborear nada e bebeu um gole do sumo quase se engasgando... não conseguia vencer a sua raiva por tão insolente criatura.
Ela por sua vez, tirou da mala um bloquinho de papel e começou a escrever alguma coisa. Ele continuava a observá-la. Viu que chamou o garçon, pediu a conta, pagou e juntamente com o dinheiro, entregou o que escrevera para ele.
Passou ao lado do Pedro e deu-lhe um olhar carinhoso.
Em seguida, veio o garçon e entregou o papel que ela tinha escrito ao Pedro. No qual dizia:
«Nunca me senti tão amada na minha vida! Obrigada!»
Pedro gostava de comer em bons restaurante e por conseguinte procurava apenas aquele que tinha alguma mesa perto da janela. Gostava de olhar o movimento do lado de fora. E não gostava nada de se sentir na mesma situação que outros que estavam ao seu lado, e muito menos perceber que alguém comia algum prato igual ao dele, por este motivo, comia sempre a olhar para a rua, ou o mar, dependendo de onde estivesse.
Mas havia um restaurante que ele gostava mais. Tinha uma mesa especial que estava localizada em uma posição estratégica entre o movimento agitado da cozinha e a paisagem do mar com os barquinhos atracados parecendo que estavam a deriva. Um lado o fazia curioso e bisbilhoteiro e o outro lhe relaxava a alma.
Um belo dia, Pedro entrou no Restaurante e o seu lugar já estava ocupado. Ficou super irritado. Quase furioso. Sentou em outra mesa em frente a esta e ficou a olhar para a pessoa que por acaso era uma mulher.
Pedro, sem pensar que podia incomodar a rapariga, de tanto que ele olhava, não tirou os olhos dela durante toda a noite.
Ela não o olhava de frente, mas de vez em quando, levantava os olhos do livro que estava a ler ao mesmo tempo que comia e reparava que ele a mirava insistentemente.
De repente, Pedro viu que ela tinha pedido a mesma coisa que ele. Ficou enraivecido. Começou a comer sem saborear nada e bebeu um gole do sumo quase se engasgando... não conseguia vencer a sua raiva por tão insolente criatura.
Ela por sua vez, tirou da mala um bloquinho de papel e começou a escrever alguma coisa. Ele continuava a observá-la. Viu que chamou o garçon, pediu a conta, pagou e juntamente com o dinheiro, entregou o que escrevera para ele.
Passou ao lado do Pedro e deu-lhe um olhar carinhoso.
Em seguida, veio o garçon e entregou o papel que ela tinha escrito ao Pedro. No qual dizia:
«Nunca me senti tão amada na minha vida! Obrigada!»
quarta-feira, 13 de junho de 2007
O Lenhador e os seus amigos
Hoje conto um conto!
Li hoje em um livro de contos para pensar, escrito por um psicólogo, uma história muito interessante que no mínimo dá mesmo o que pensar...
Dizia ele, que um dia, um lenhador comprou uma serra elétrica para agilizar o seu trabalho e, irresponsávelmente, não pediu nenhuma instrução para começar a utilizá-la. Na verdade a máquina era muito fácil de manejar. Mas um dia, enquanto cortava um tronco, distraiu-se com o uivo de um lobo e acidentalmente, cortou as suas pernas.
Os médicos fizeram de tudo para repor as pernas amputadas, mas não tiveram sucesso. A partir daí, o lenhador ficou condenado a andar de cadeiras de rodas pelo resto da sua vida.
O homem, deprimiu-se imensamente, dia após dia, não havia quem o conseguisse ajudar. Após um ano, parecia que tinha tomado algum impulso e começou a recuperar o ânimo, mas não durou muito.
Um médico, por ventura de tanta depressão, aconselhou que ele visitasse um psiquiatra. Depois de muito relutar, acatou o pedido.
O psiquiatra começou por dizer que ele tinha razão em estar naquele estado, visto que tinha perdido as duas pernas... Ele, surpreendentemente contou ao doutor que o que mais entristecia não era a falta das pernas e sim a falta dos seus velhos amigos.
O médico ficou surpreso e deixou ele continuar a falar. Disse que o que lhe fazia falta era dançar com seus amigos nos Bares em que se divertiam, nadar e fazer ginástica pela manhã... entre outras coisas sentia falta da atenção deles, e dos velhos tempos.
O médico explicou que agora ele estava diferente e tinha que se convencer que a partir do momento em que ele estava assim, tudo na sua vida ficou diferente, e que se ele quizesse, para se sentir melhor, deveria procurar amigos iguais a ele para se relacionar.
O lenhador ficou super contente com a conclusão e repetiu mais ou menos o que o médico falou: "É isso, vou procurar amigos iguais a mim!
Despediu-se do psiquiatra com um forte aperto de mão e foi directo para casa preparar o Serra Elétrica para cortar as pernas dos seus antigos amigos!!
Li hoje em um livro de contos para pensar, escrito por um psicólogo, uma história muito interessante que no mínimo dá mesmo o que pensar...
Dizia ele, que um dia, um lenhador comprou uma serra elétrica para agilizar o seu trabalho e, irresponsávelmente, não pediu nenhuma instrução para começar a utilizá-la. Na verdade a máquina era muito fácil de manejar. Mas um dia, enquanto cortava um tronco, distraiu-se com o uivo de um lobo e acidentalmente, cortou as suas pernas.
Os médicos fizeram de tudo para repor as pernas amputadas, mas não tiveram sucesso. A partir daí, o lenhador ficou condenado a andar de cadeiras de rodas pelo resto da sua vida.
O homem, deprimiu-se imensamente, dia após dia, não havia quem o conseguisse ajudar. Após um ano, parecia que tinha tomado algum impulso e começou a recuperar o ânimo, mas não durou muito.
Um médico, por ventura de tanta depressão, aconselhou que ele visitasse um psiquiatra. Depois de muito relutar, acatou o pedido.
O psiquiatra começou por dizer que ele tinha razão em estar naquele estado, visto que tinha perdido as duas pernas... Ele, surpreendentemente contou ao doutor que o que mais entristecia não era a falta das pernas e sim a falta dos seus velhos amigos.
O médico ficou surpreso e deixou ele continuar a falar. Disse que o que lhe fazia falta era dançar com seus amigos nos Bares em que se divertiam, nadar e fazer ginástica pela manhã... entre outras coisas sentia falta da atenção deles, e dos velhos tempos.
O médico explicou que agora ele estava diferente e tinha que se convencer que a partir do momento em que ele estava assim, tudo na sua vida ficou diferente, e que se ele quizesse, para se sentir melhor, deveria procurar amigos iguais a ele para se relacionar.
O lenhador ficou super contente com a conclusão e repetiu mais ou menos o que o médico falou: "É isso, vou procurar amigos iguais a mim!
Despediu-se do psiquiatra com um forte aperto de mão e foi directo para casa preparar o Serra Elétrica para cortar as pernas dos seus antigos amigos!!
segunda-feira, 11 de junho de 2007
O Dilema de Ângela
Angêla não sabia mais o que fazer para que o marido entendesse que ele tinha que contribuir para o orçamento familiar com mais responsabilidade. Já tinha tentado com conversa e terminava sempre em gritos e ameaças de que a iria deixar se ela continuasse a lhe pedir mais dinheiro.
Eles não tinham uma vida muito má, mas depois que o único filho que tínham adoeceu e precisou de cuidados médicos intensivos no Hospital, todas as economias que Angêla tinha foi empregue na saúde do seu filho.
Seu marido, entre uma mistura de revolta e insatisfação pessoal, porque ela já não dava tanta atenção a ele, procurou outra mulher na rua para passar horas mais felizes.
Angêla tinham muitas amigas e através de uma delas, veio a saber que seu marido tinha uma amante que recebia pagamentos pelos seus "serviços". Ficou muito angustiada e pensou inteligentemente no que poderia fazer... Foi procurar a mulher que o marido tinha encontrado o ombro e alento que precisava. Conversou com ela sobre os seus problemas com o filho e com seu marido, sem nunca dizer quem ele era. Também disse que não tinha coragem para trabalhar como ela, pois além de ter um emprego de muitos anos, tinha que estar no Hospital com seu filho que esperava por um transplante de coração.
A "Senhora" ficou muito comovida com a sua história e disse que incrivelmente tinha um cliente que também tinha o mesmo problema, mas não quer que ninguém ajude. «Eu própria já tentei ajudá-lo mas ele insiste em pagar pelo traballho. E por não me contentar com a sua resposta, guardo todo o dinheiro que ele me dá, em uma caixinha especial. E chamo esta caixinha carinhosamente, "Caixa da Boa Vontade". E já que é para ajudar uma criança com o mesmo problema, então quero que aceite esta caixa com todo o valor que tem no seu conteúdo. Assim sinto-me melhor e cada vez que este homem voltar aqui, o seu pagamento total dou a ti Angêla, para que cure o seu filho e volte a ser feliz com o seu marido. Sorte que eu nunca tive! Mas acredito que atrás de uma boa acção, há um salvação!», disse-lhe ela.
Eles não tinham uma vida muito má, mas depois que o único filho que tínham adoeceu e precisou de cuidados médicos intensivos no Hospital, todas as economias que Angêla tinha foi empregue na saúde do seu filho.
Seu marido, entre uma mistura de revolta e insatisfação pessoal, porque ela já não dava tanta atenção a ele, procurou outra mulher na rua para passar horas mais felizes.
Angêla tinham muitas amigas e através de uma delas, veio a saber que seu marido tinha uma amante que recebia pagamentos pelos seus "serviços". Ficou muito angustiada e pensou inteligentemente no que poderia fazer... Foi procurar a mulher que o marido tinha encontrado o ombro e alento que precisava. Conversou com ela sobre os seus problemas com o filho e com seu marido, sem nunca dizer quem ele era. Também disse que não tinha coragem para trabalhar como ela, pois além de ter um emprego de muitos anos, tinha que estar no Hospital com seu filho que esperava por um transplante de coração.
A "Senhora" ficou muito comovida com a sua história e disse que incrivelmente tinha um cliente que também tinha o mesmo problema, mas não quer que ninguém ajude. «Eu própria já tentei ajudá-lo mas ele insiste em pagar pelo traballho. E por não me contentar com a sua resposta, guardo todo o dinheiro que ele me dá, em uma caixinha especial. E chamo esta caixinha carinhosamente, "Caixa da Boa Vontade". E já que é para ajudar uma criança com o mesmo problema, então quero que aceite esta caixa com todo o valor que tem no seu conteúdo. Assim sinto-me melhor e cada vez que este homem voltar aqui, o seu pagamento total dou a ti Angêla, para que cure o seu filho e volte a ser feliz com o seu marido. Sorte que eu nunca tive! Mas acredito que atrás de uma boa acção, há um salvação!», disse-lhe ela.
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Manuel desperta (3)
«Hoje acordei otimista! Acho que não posso ficar todos os dias a resmungar a minha vida sem procurar melhorar...», disse Manuel à Eugénia.
E continuou. «Ontem li na internet um episódio da vida do Thomas Edison e acho que tirei alguma lição...»
«Não esqueça que Edison tinha um QI de 240, Manuel.» Lembrou Eugénia com medo que ele quizesse se comparar ao inventor.
«Eu sei. Mas o que quero dizer é que li sobre uma vez que o seu laboratório incendiou-se e ele com o filho ao lado, via com desgosto, aos 67 anos de idade, os trabalhos de pesquisa de toda uma vida desaparecerem por completo. Enquanto os bombeiros tentavam apagar o fogo, o filho percebeu que o pai não dizia nem uma palavra, quando de repente falou:...»
«Deus me ajude!», pensou Eugénia, com medo de que Manuel tivesse descoberto algo de transcendental na vida do Edison para ele seguir.
«Disse ele ao seu filho, continuou Manuel. "Existe um grande valor num desastre como este. Todos os nossos erros são queimados. Graças a Deus e podemos começar tudo de novo”. E realmente Edison começou de novo. Até o incêndio ele tinha passado três anos tentando inventar o toca discos. Três semanas após o desastre ele conseguiu.»
«Que espectáculo Manuel. Agora já sei onde você quer chegar, disse Eugénia aliviada. Com certeza está disposto a vender a casa, pagar todas as dívidas que contraímos e começar tudo de novo...», concluiu Eugénia com um brilho nos olhos.
«É isso mesmo mulher. Acho que o seu QI também não é muito inferior, (gracejou). Vamos começar tudo de novo!!»
E continuou. «Ontem li na internet um episódio da vida do Thomas Edison e acho que tirei alguma lição...»
«Não esqueça que Edison tinha um QI de 240, Manuel.» Lembrou Eugénia com medo que ele quizesse se comparar ao inventor.
«Eu sei. Mas o que quero dizer é que li sobre uma vez que o seu laboratório incendiou-se e ele com o filho ao lado, via com desgosto, aos 67 anos de idade, os trabalhos de pesquisa de toda uma vida desaparecerem por completo. Enquanto os bombeiros tentavam apagar o fogo, o filho percebeu que o pai não dizia nem uma palavra, quando de repente falou:...»
«Deus me ajude!», pensou Eugénia, com medo de que Manuel tivesse descoberto algo de transcendental na vida do Edison para ele seguir.
«Disse ele ao seu filho, continuou Manuel. "Existe um grande valor num desastre como este. Todos os nossos erros são queimados. Graças a Deus e podemos começar tudo de novo”. E realmente Edison começou de novo. Até o incêndio ele tinha passado três anos tentando inventar o toca discos. Três semanas após o desastre ele conseguiu.»
«Que espectáculo Manuel. Agora já sei onde você quer chegar, disse Eugénia aliviada. Com certeza está disposto a vender a casa, pagar todas as dívidas que contraímos e começar tudo de novo...», concluiu Eugénia com um brilho nos olhos.
«É isso mesmo mulher. Acho que o seu QI também não é muito inferior, (gracejou). Vamos começar tudo de novo!!»
domingo, 3 de junho de 2007
A Lagarta
Encontrei uma lagarta tagarela no jardim. E parei para escutar:
«Eu nasci lagarta. Sou feia demais. Viscosa, gorda e lenta. Geralmente me alimento vorazmente. Sou gulosa. E por este motivo posso atingir um tamanho maior do que 10cm. Eu gosto mais dos frutos, minhas irmãs, gostam mais das folhas, por isso somos todas uma verdadeiras pragas no jardim, mas temos que sobreviver. De qualquer forma, algumas primas, fazem um casulo de seda e muita gente se aproveita para fazer roupa, sem se falar que até as comem coitadas...»
E a lagarta enquanto comia não parava de falar. E tampouco percebia a transformação que já se fazia na sua estrutura. Passou por toda a experiência de vida sem valorizar um só momento.
Cresceu-lhe umas asas enormes e coloridas nas costas. E ela continuava a falar...
«Ai que linda que estou. Duvido que haja alguma lagarta tão bonita quanto eu. Aliás se existir, com certeza é porque copiou a minha belezura. Não vou mais comer frutos, vou é sair por aí e conhecer o mundo. Ninguém me seguirá, porque eu voarei tão alto e tão longe que ninguém poderá me alcançar...»
E lá foi ela toda vaidosa, só e orgulhosa. Voou tão alto que mal se via, depois no fim do dia, chegou cansada. Pousou em uma folha pequenina, não aguentou nem abrir a boca... Suspirou e morreu.
...
Há uma moral nesta história de lagarta-borboleta. Mas cada um aplica como quiser. A moral é sempre nossa e é moldada pela forma como vivemos. Mas com certeza há uma moral comum.
«Eu nasci lagarta. Sou feia demais. Viscosa, gorda e lenta. Geralmente me alimento vorazmente. Sou gulosa. E por este motivo posso atingir um tamanho maior do que 10cm. Eu gosto mais dos frutos, minhas irmãs, gostam mais das folhas, por isso somos todas uma verdadeiras pragas no jardim, mas temos que sobreviver. De qualquer forma, algumas primas, fazem um casulo de seda e muita gente se aproveita para fazer roupa, sem se falar que até as comem coitadas...»
E a lagarta enquanto comia não parava de falar. E tampouco percebia a transformação que já se fazia na sua estrutura. Passou por toda a experiência de vida sem valorizar um só momento.
Cresceu-lhe umas asas enormes e coloridas nas costas. E ela continuava a falar...
«Ai que linda que estou. Duvido que haja alguma lagarta tão bonita quanto eu. Aliás se existir, com certeza é porque copiou a minha belezura. Não vou mais comer frutos, vou é sair por aí e conhecer o mundo. Ninguém me seguirá, porque eu voarei tão alto e tão longe que ninguém poderá me alcançar...»
E lá foi ela toda vaidosa, só e orgulhosa. Voou tão alto que mal se via, depois no fim do dia, chegou cansada. Pousou em uma folha pequenina, não aguentou nem abrir a boca... Suspirou e morreu.
...
Há uma moral nesta história de lagarta-borboleta. Mas cada um aplica como quiser. A moral é sempre nossa e é moldada pela forma como vivemos. Mas com certeza há uma moral comum.
sábado, 2 de junho de 2007
Eugénia reza para Iemanjá (2)
Eugénia acendeu uma vela para Iemanjá.
Antes de acender, ajoelhou-se, fechou os olhos e formulou um pedido...
"Minha Nossa Senhora da Conceição da Praia, minha amiga, mulher de sensibilidade infinita... ajuda-me a compreender estes momentos de aflição. Não me largue a mão Senhora. Ficaria perdida sem o seu apoio, mas concede-me uma outra oportunidade de crescimento já que perdi as outras que me deste. Chorando eu te peço que oriente o meu caminho..."
Acendeu a vela, com os olhos rasos d'água e levantou-se, mas não, sem antes olhar nos olhos de Iemanjá que parecia ter lhe ouvido e olhava penetrantemente nos seus.
Eugénia ficou parada a receber a sua resposta e compreendeu que ainda tinha que esperar mais um pouco, assim como se espera a chegada da próxima lua cheia. E aceitou.
Manuel não sabia o que ela estava a fazer e displicentemente a chamou para jantar. Abriram uma garrafa de vinho e falaram de viagens. Ele continuava com a idéia de ir embora dali, mas a conversa foi mais prazeirosa. Falava de férias e mudanças de ares com intenção de construir o seu negócio em outras paragens. Comeram, beberam, lembraram de coisas boas do passado, riram deles mesmos e da forma como chegaram a esta situação de crise.
Eugénia sentiu muita alegria em ver Manuel falar dos problemas daquela forma. Apesar do vinho ter ajudado a lhe soltar o espírito, ele parecia que já não se importava mais com suas queixas da vida. «Melhor assim», pensou ela.
Antes de acender, ajoelhou-se, fechou os olhos e formulou um pedido...
"Minha Nossa Senhora da Conceição da Praia, minha amiga, mulher de sensibilidade infinita... ajuda-me a compreender estes momentos de aflição. Não me largue a mão Senhora. Ficaria perdida sem o seu apoio, mas concede-me uma outra oportunidade de crescimento já que perdi as outras que me deste. Chorando eu te peço que oriente o meu caminho..."
Acendeu a vela, com os olhos rasos d'água e levantou-se, mas não, sem antes olhar nos olhos de Iemanjá que parecia ter lhe ouvido e olhava penetrantemente nos seus.
Eugénia ficou parada a receber a sua resposta e compreendeu que ainda tinha que esperar mais um pouco, assim como se espera a chegada da próxima lua cheia. E aceitou.
Manuel não sabia o que ela estava a fazer e displicentemente a chamou para jantar. Abriram uma garrafa de vinho e falaram de viagens. Ele continuava com a idéia de ir embora dali, mas a conversa foi mais prazeirosa. Falava de férias e mudanças de ares com intenção de construir o seu negócio em outras paragens. Comeram, beberam, lembraram de coisas boas do passado, riram deles mesmos e da forma como chegaram a esta situação de crise.
Eugénia sentiu muita alegria em ver Manuel falar dos problemas daquela forma. Apesar do vinho ter ajudado a lhe soltar o espírito, ele parecia que já não se importava mais com suas queixas da vida. «Melhor assim», pensou ela.
Porque??
Acho que toda a minha vida me perguntei sobre os "porques" de todas as coisas. Porque isto, porque aquilo... independente da fase de curiosidade que toda criança normal tem, eu continuei a perguntar a todos a explicação daquilo que eu não entendia.
Ultimamente tenho me perguntado sobre a evolução do ser humano. Até já chateio. Mas sinceramente não entendo porque existem famílias boas que terminam por criar um monstro em casa, coisas como estas... que só consigo resposta no espiritismo. E para não fugir muito da Terra, também atribui a culpa desta criação, ao meio ambiente, a alimentação, as oportunidades da vida, a situação financeira que o indivíduo possui, etc, etc... sociedade!
Aí a mãe e o pai que criou o seu pequenino com tanto carinho, de repente vê este mesmo "ser tão querido", roubar a própria casa os objectos e a confiança. Começa a crescer o monstro. E o pior, não tem sido só do sexo masculino. Também as mulheres, que no sentido figurado (ainda, até que seja provado) vieram de Vênus para espalhar o amor e o carinho pela Terra... Meu Deus! Que vergonha, tem tantas na prisão.
Estou me deprimindo estes dias com as notícias que tenho visto para enriquecer o meu Blog (http://euvoscompreendo.blog.com) e só para resumir, e deixando qualquer um chocado, "Em 2005 foram encontrados os corpos de quatro crianças num edifício de apartamentos na cidade austríaca de Graz. Dois dos corpos tinham sido colocados num balde cheio de cimento e outros dois numa arca congeladora. Uma mulher de 33 anos de idade foi julgada e condenada a prisão perpétua pela autoria destes crimes" (Jornal O Público (Portugal), de 02 de Junho de 2007).
Já nem sei se isto é o meu site de contos e crónicas ou o de filosofia da vida... Estou deveras deprimida para tentar corrigir o meu erro.
... E o sorriso da minha fotografia fica completamente sem cabimento. Tenho que fazer um esforço para não mudar...
Ultimamente tenho me perguntado sobre a evolução do ser humano. Até já chateio. Mas sinceramente não entendo porque existem famílias boas que terminam por criar um monstro em casa, coisas como estas... que só consigo resposta no espiritismo. E para não fugir muito da Terra, também atribui a culpa desta criação, ao meio ambiente, a alimentação, as oportunidades da vida, a situação financeira que o indivíduo possui, etc, etc... sociedade!
Aí a mãe e o pai que criou o seu pequenino com tanto carinho, de repente vê este mesmo "ser tão querido", roubar a própria casa os objectos e a confiança. Começa a crescer o monstro. E o pior, não tem sido só do sexo masculino. Também as mulheres, que no sentido figurado (ainda, até que seja provado) vieram de Vênus para espalhar o amor e o carinho pela Terra... Meu Deus! Que vergonha, tem tantas na prisão.
Estou me deprimindo estes dias com as notícias que tenho visto para enriquecer o meu Blog (http://euvoscompreendo.blog.com) e só para resumir, e deixando qualquer um chocado, "Em 2005 foram encontrados os corpos de quatro crianças num edifício de apartamentos na cidade austríaca de Graz. Dois dos corpos tinham sido colocados num balde cheio de cimento e outros dois numa arca congeladora. Uma mulher de 33 anos de idade foi julgada e condenada a prisão perpétua pela autoria destes crimes" (Jornal O Público (Portugal), de 02 de Junho de 2007).
Já nem sei se isto é o meu site de contos e crónicas ou o de filosofia da vida... Estou deveras deprimida para tentar corrigir o meu erro.
... E o sorriso da minha fotografia fica completamente sem cabimento. Tenho que fazer um esforço para não mudar...
quarta-feira, 30 de maio de 2007
Rita e Sofia (1)
- Acho que estou apaixonada, disse Rita para sua melhor amiga Sofia.
- Tens a certeza? Ainda outro dia também estavas e já te desiludistes, lembrou Sofia.
- Mas da outra vez eu estava só encantada com a beleza. Este não é muito bonito, mas é interessante, disse Rita.
- Como é que sabe que este rapaz é mais interessante?
- Por incrível que pareça, ele me pagou um café, pediu o meu endereço de internet e ainda por cima perguntou o que eu ia fazer neste fim de semana. Pareceu-me que tinha se afeiçoado de mim.
- Hum... Pode ser..., disse Sofia baixando a cabeça.
Sofia não tinha tido grandes casos amorosos e neste momento estava sozinha e ao ver a sua melhor amiga apaixonada, temeu que ela passasse pelo mesmo que ela.
- Amiga, só lhe peço que vá com calma. Não se entregue de braços abertos a este rapaz. Vá verificando as qualidades que ele tem e que lhe agrada e não esqueça de sentir profundamente os pontos negativos que ele tiver e que lhe desagrada. Tenho medo que você sofra como eu sofri com os amores que tive na minha vida, acrescentou Sofia.
- Eu te entendo Sofia. Mas se eu não arriscar de vez em quando, posso ficar sozinha o resto da minha vida. O preço do "meu" valor é alto, mas de vez em quando tenho que me valorizar um pouco distraidamente para ver se conheço alguém interessante. Depois, é uma questão de relacionamento e troca de amor. Também já tenho idade para escolher bem o meu parceiro, mas não me importo de passar por alguns perigos para não estar completamente sozinha.
- Ainda bem que pensa assim amiga. Eu sinceramente não estou disposta a sofrer outra vez... não agora que ainda sinto o meu coração apertar, disse Sofia.
- Sabe de uma coisa Rita? Eu também pensava assim, mas prefiro passar por umas novidades... sei lá, que me faça pulsar a vida, do que não deixar que nada aconteça. Não sei se estarei viva por muito tempo e não me sinto à vontade em escolher este ou aquele para namorar... queria casar, mas não encontro nehum homem disponível.
- Não sei... vou tentar pensar como você amiga. Apesar de saber que "antes só que mal acompanhado", também sinto que a solidão é o princípio de um mergulho.
- Tens a certeza? Ainda outro dia também estavas e já te desiludistes, lembrou Sofia.
- Mas da outra vez eu estava só encantada com a beleza. Este não é muito bonito, mas é interessante, disse Rita.
- Como é que sabe que este rapaz é mais interessante?
- Por incrível que pareça, ele me pagou um café, pediu o meu endereço de internet e ainda por cima perguntou o que eu ia fazer neste fim de semana. Pareceu-me que tinha se afeiçoado de mim.
- Hum... Pode ser..., disse Sofia baixando a cabeça.
Sofia não tinha tido grandes casos amorosos e neste momento estava sozinha e ao ver a sua melhor amiga apaixonada, temeu que ela passasse pelo mesmo que ela.
- Amiga, só lhe peço que vá com calma. Não se entregue de braços abertos a este rapaz. Vá verificando as qualidades que ele tem e que lhe agrada e não esqueça de sentir profundamente os pontos negativos que ele tiver e que lhe desagrada. Tenho medo que você sofra como eu sofri com os amores que tive na minha vida, acrescentou Sofia.
- Eu te entendo Sofia. Mas se eu não arriscar de vez em quando, posso ficar sozinha o resto da minha vida. O preço do "meu" valor é alto, mas de vez em quando tenho que me valorizar um pouco distraidamente para ver se conheço alguém interessante. Depois, é uma questão de relacionamento e troca de amor. Também já tenho idade para escolher bem o meu parceiro, mas não me importo de passar por alguns perigos para não estar completamente sozinha.
- Ainda bem que pensa assim amiga. Eu sinceramente não estou disposta a sofrer outra vez... não agora que ainda sinto o meu coração apertar, disse Sofia.
- Sabe de uma coisa Rita? Eu também pensava assim, mas prefiro passar por umas novidades... sei lá, que me faça pulsar a vida, do que não deixar que nada aconteça. Não sei se estarei viva por muito tempo e não me sinto à vontade em escolher este ou aquele para namorar... queria casar, mas não encontro nehum homem disponível.
- Não sei... vou tentar pensar como você amiga. Apesar de saber que "antes só que mal acompanhado", também sinto que a solidão é o princípio de um mergulho.
domingo, 27 de maio de 2007
Simples aceitação
(Ontem trabalhei até tarde, e minha mente estava tão cansada que a história que fiz, não me agradou na totalidade. Hoje pela manhã reli. E não gostei do seu conteúdo em algumas partes. Deixo apenas o título da mesma e a promessa de ainda voltar aqui para reconstruí-la. De qualquer forma, para não me esquecer do final, também deixo a última frase...)
«Tenho sorte de gostar de mim como eu sou!»
«Tenho sorte de gostar de mim como eu sou!»
sábado, 26 de maio de 2007
Um dia na vida de Eugénia (1)
Naquela tarde Eugénia terminou de tomar o seu café da manhã de pé com o copo na mão em frente à janela da cozinha. Olhava lá para baixo e via as pessoas correrem para seus trabalhos, possívelmente ou passavam em velocidade nos seus carros de um lado para o outro. Ela não se mexia, nem mexia os olhos. Ficou fixa em um ponto da estrada e por uns segundos não pensou em nada, não formulou nenhuma opinião, nem pensou em ninguém. Apenas estava ali, como morta, parada no tempo.
Lentamente foi baixando a mão e o copo vazio do café com leite. Olhou para o chão e virou-se para dentro sentando na cadeira de onde havia levantado. Estava triste. Profundamente triste.
Tentou lembrar em momentos bons de sua infância ou adolescência, mas não conseguiu. Tentou lembrar de coisas boas que lhe tinham acontecido naquela semana, e mais uma vez a sua consciência não ajudava... Levantou-se.
Concluiu que estava a entrar em estado de depressão. Tomou um banho quente e depois abriu de repente a água fria. Queria tentar assustar o seu espírito para ver se ele acordava e o máximo que sentiu foi um arrepio de cortar a respiração.
Enxugou-se e foi até o quarto. Vestiu uma roupa confortável enquanto se olhava ao espelho. Achava-se velha. Inútil. Tinha amigos que não tinha vontade de procurar e seu trabalho não lhe satisfazia. Estava literalmente em depressão. Tomou um comprimido para tentar ajudar a recuperar algum ânimo e esperou deitada no sofá.
Adormeceu agarrada a uma das almofadas vermelha e sonhou que chorava em cima de um coração. Um coração grande que não batia, e ela era responsável por isso. Sentiu que era a única pessoa que estava no sonho e queria salvar o coração.
Gritava por socorro e ninguém a ouvia. Começou a bater no coração com toda a força que tinha ao mesmo tempo que dizia «Não morra, não morra, não morra...»
Acordou de repente e viu que tinha rasgado a almofada.
E dentro dela consegui ver um papel que saíra para fora... Parecia uma mensagem escrita em letras grandes...
«EU TE AMO, MAIS DO QUE IMAGINAS» e em letras pequenas, continuava:
«Escrevi e costurei dentro de todas as almofadas desta sala, pois não sabia quando irias rasgar ao ter um acesso de raiva por não aceitar que eu trabalhe tão tarde fazendo turnos até o amanhecer, mas o amor não escolhe horas e é de manhã que minha ansiedade cresce, porque vou encontrar você...»
Eugénia chorou de alegria agarrada ao papel e a todas as almofadas que havia. E esperou por Manuel com alegria.
Lentamente foi baixando a mão e o copo vazio do café com leite. Olhou para o chão e virou-se para dentro sentando na cadeira de onde havia levantado. Estava triste. Profundamente triste.
Tentou lembrar em momentos bons de sua infância ou adolescência, mas não conseguiu. Tentou lembrar de coisas boas que lhe tinham acontecido naquela semana, e mais uma vez a sua consciência não ajudava... Levantou-se.
Concluiu que estava a entrar em estado de depressão. Tomou um banho quente e depois abriu de repente a água fria. Queria tentar assustar o seu espírito para ver se ele acordava e o máximo que sentiu foi um arrepio de cortar a respiração.
Enxugou-se e foi até o quarto. Vestiu uma roupa confortável enquanto se olhava ao espelho. Achava-se velha. Inútil. Tinha amigos que não tinha vontade de procurar e seu trabalho não lhe satisfazia. Estava literalmente em depressão. Tomou um comprimido para tentar ajudar a recuperar algum ânimo e esperou deitada no sofá.
Adormeceu agarrada a uma das almofadas vermelha e sonhou que chorava em cima de um coração. Um coração grande que não batia, e ela era responsável por isso. Sentiu que era a única pessoa que estava no sonho e queria salvar o coração.
Gritava por socorro e ninguém a ouvia. Começou a bater no coração com toda a força que tinha ao mesmo tempo que dizia «Não morra, não morra, não morra...»
Acordou de repente e viu que tinha rasgado a almofada.
E dentro dela consegui ver um papel que saíra para fora... Parecia uma mensagem escrita em letras grandes...
«EU TE AMO, MAIS DO QUE IMAGINAS» e em letras pequenas, continuava:
«Escrevi e costurei dentro de todas as almofadas desta sala, pois não sabia quando irias rasgar ao ter um acesso de raiva por não aceitar que eu trabalhe tão tarde fazendo turnos até o amanhecer, mas o amor não escolhe horas e é de manhã que minha ansiedade cresce, porque vou encontrar você...»
Eugénia chorou de alegria agarrada ao papel e a todas as almofadas que havia. E esperou por Manuel com alegria.
quinta-feira, 24 de maio de 2007
O Segredo de Maria
Maria nunca havia tido um caso amoroso. Já tinha 20 anos e não sabia o que era amar alguém. Nunca havia beijado na boca e ainda era virgem. Mas uma coisa ela sabia perfeitamente. O seu coração parecia saltar dentro dela sem encontrar lugar para fugir quando via a Amelinha sair da sua sala de aula. Ela era tão bonita... Tinha uns cabelos longos e dourados que mais parecia um anjo. Seus olhos eram castanhos e fartos como uma árvore frondosa. Tinha as mãos delicadas e quando gesticulava parecia que orientava uma orquestra suavemente.
Maria não sabia porque ao ver Amelinha ficava tão emocionada. Não fazia idéia do que se passava em seu coração. Um dia, quando viu Amelinha no páteo a beijar um colega da Escola, sentiu uma repulsa tão grande do que estava a ver, que pensou que o que lhe tinha dado asco era o facto de ter visto uma boca colada na outra, mas na verdade...
Maria sentiu ciúmes de Amelinha. Sentiu desejo por estar no lugar do rapaz que a beijava. Sentiu vergonha por ter tido um sentimento tão contrário ao que se esperava na sua condição feminina.
Apertou os livros contra o peito e saiu correndo dali, sem que ninguém notasse o que se passava. Maria chorava no banheiro. Sozinha e sem explicações. Chorava e se perguntava o que estava a acontecer com ela. E a resposta veio quando enxugou a última lágrima que lhe caia dos olhos após aqueles minutos de prantos:
Maria descobriu que estava apaixonada por uma outra mulher!
Saiu do banheiro e pensou em ir directo para casa sem comparecer à sala de aula. Tinha que pensar melhor sobre o que lhe estava a passar, quando deu um encontrão com alguém que entrava a correr no mesmo banheiro. Era Amelinha que chorava sem parar e a arrastou pela mão outra vez para dentro.
Abraçou Maria com todas as suas forças e chorou sobre o seu ombro. Não dizia palavra alguma só chorava e soluçava. Maria perguntou com voz trêmula o que tinha passado e Amelinha, angustiada, disse-lhe ainda entre soluços:
«João, me deu um beijo, e disse-me que seria o último, pois já não gosta mais de mim e que está apaixonado por outra pessoa. E ainda por cima, teve a coragem de me dizer por quem é que ele estava apaixonado...»
«Não me diga, Amelinha... que coisa horrível... E por quem é que ele se apaixonou?...»
«Por você Maria... Por você!!!».
Maria não sabia porque ao ver Amelinha ficava tão emocionada. Não fazia idéia do que se passava em seu coração. Um dia, quando viu Amelinha no páteo a beijar um colega da Escola, sentiu uma repulsa tão grande do que estava a ver, que pensou que o que lhe tinha dado asco era o facto de ter visto uma boca colada na outra, mas na verdade...
Maria sentiu ciúmes de Amelinha. Sentiu desejo por estar no lugar do rapaz que a beijava. Sentiu vergonha por ter tido um sentimento tão contrário ao que se esperava na sua condição feminina.
Apertou os livros contra o peito e saiu correndo dali, sem que ninguém notasse o que se passava. Maria chorava no banheiro. Sozinha e sem explicações. Chorava e se perguntava o que estava a acontecer com ela. E a resposta veio quando enxugou a última lágrima que lhe caia dos olhos após aqueles minutos de prantos:
Maria descobriu que estava apaixonada por uma outra mulher!
Saiu do banheiro e pensou em ir directo para casa sem comparecer à sala de aula. Tinha que pensar melhor sobre o que lhe estava a passar, quando deu um encontrão com alguém que entrava a correr no mesmo banheiro. Era Amelinha que chorava sem parar e a arrastou pela mão outra vez para dentro.
Abraçou Maria com todas as suas forças e chorou sobre o seu ombro. Não dizia palavra alguma só chorava e soluçava. Maria perguntou com voz trêmula o que tinha passado e Amelinha, angustiada, disse-lhe ainda entre soluços:
«João, me deu um beijo, e disse-me que seria o último, pois já não gosta mais de mim e que está apaixonado por outra pessoa. E ainda por cima, teve a coragem de me dizer por quem é que ele estava apaixonado...»
«Não me diga, Amelinha... que coisa horrível... E por quem é que ele se apaixonou?...»
«Por você Maria... Por você!!!».
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Os dilemas de Manuel (1)
«Eugênia, eu estive a pensar outro dia...», balbuciou Manuel com ar muito triste.
«Você não acha que devíamos mudar de casa? Eu já não me sinto bem aqui nesta casa, nem neste bairro, nem mesmo nesta cidade... Sinto-me muito infeliz», continuou ele.
Eugênia era uma mulher muito paciente e resignada. Não se preocupava muito com os problemas do dia a dia. Ía-os resolvendo a medida do possível, e independente de viver com o Manuel, ela levava uma vida mais leve que a dele. Não introspectava nada com muita seriedade e deixava que as coisas fluíssem normalmente. O que ela podia resolver, resolvia. O que não podia, deixava que outra pessoa resolvesse, ou pedia a Deus que ajudasse e esperava que Ele mesmo resolvesse, se ela sentisse que não tinha capacidades.
Manuel continuava a falar, sempre olhando para suas próprias mãos a esfregarem-se uma na outra. « Queria ir para uma cidade maior, onde os problemas se dissipassem e que ninguém soubesse das nossas vidas..»
«Para que Manuel», perguntou ela, «Mudar-se para entrar no anonimato, é esta a razão da sua vontade? Tens que arranjar uma desculpa melhor. Tens que perguntar a ti mesmo o que deseja fazer na cidade realmente. Só e somente só, perguntar a ti o que você deseja da sua vida. E não ficar se lamentando que aqui ninguém gosta de ti, e que aqui ninguém te dá oportunidades, que aqui as pessoas são isso ou aquilo... porque se você não tem sorte, é porque não acredita nela meu querido.»
«Mas..», disse Manuel, tentando recuperar o folego que ela perdera para argumentar.
«Mas nada Manuel, o que você pensa que eu sinto em relação a esta terra? Não acha que também me sinto esquecida por esta gente e que vejo que ninguém me leva em consideração sequer como pessoa?, mas não é por isso que deixo de sonhar meu amor, não é por isso que deixo de querer estar contigo, de querer fazer coisas que me dão prazer e etcetera... Não podemos deixar coisa alguma conduzir a nossa vida para um buraco. Porque se você deixa, quem te olhará de frente é "o próprio buraco" e a actração é fatal!», interrompeu Eugênia com sua força interior, um bocado farta de ver e ouvir o Manuel em viagens depressivas.
«Eu te adoro. Mesmo quando entras nesta fase de mergulho interior. Confesso que morro de saudades tuas quando te vejo assim, a caminho do seu abismo. Mas te amo tanto, que não me importo de esperar que você finalmente retorne. Quero que saibas, que apesar de estar falando de uma forma figurada, te juro, pelo amor que te tenho, que mesmo cansada de esperar, jamais perderei as forças de te rever outra vez recuperado. E não importa quantas vezes você mergulhe. Eu estarei sempre a sua espera.». Continuou, ela.
Manuel a ouvia e Eugênia sem parar de olhar nos seus olhos, concluíra: «Mas também não esqueça Manuel que eu sou tão humana como você, e preciso de carinho, atenção e respeito. Portanto, enquanto você vai e vem no seu estado de depressão, podes estar perdendo alguma coisa importante que ainda possuis...»
Ele não lhe deixou terminar. Colocando cada uma de suas mãos no joelho, levantou-se apressadamente e abraçou-a sem dizer uma palavra.
«Você não acha que devíamos mudar de casa? Eu já não me sinto bem aqui nesta casa, nem neste bairro, nem mesmo nesta cidade... Sinto-me muito infeliz», continuou ele.
Eugênia era uma mulher muito paciente e resignada. Não se preocupava muito com os problemas do dia a dia. Ía-os resolvendo a medida do possível, e independente de viver com o Manuel, ela levava uma vida mais leve que a dele. Não introspectava nada com muita seriedade e deixava que as coisas fluíssem normalmente. O que ela podia resolver, resolvia. O que não podia, deixava que outra pessoa resolvesse, ou pedia a Deus que ajudasse e esperava que Ele mesmo resolvesse, se ela sentisse que não tinha capacidades.
Manuel continuava a falar, sempre olhando para suas próprias mãos a esfregarem-se uma na outra. « Queria ir para uma cidade maior, onde os problemas se dissipassem e que ninguém soubesse das nossas vidas..»
«Para que Manuel», perguntou ela, «Mudar-se para entrar no anonimato, é esta a razão da sua vontade? Tens que arranjar uma desculpa melhor. Tens que perguntar a ti mesmo o que deseja fazer na cidade realmente. Só e somente só, perguntar a ti o que você deseja da sua vida. E não ficar se lamentando que aqui ninguém gosta de ti, e que aqui ninguém te dá oportunidades, que aqui as pessoas são isso ou aquilo... porque se você não tem sorte, é porque não acredita nela meu querido.»
«Mas..», disse Manuel, tentando recuperar o folego que ela perdera para argumentar.
«Mas nada Manuel, o que você pensa que eu sinto em relação a esta terra? Não acha que também me sinto esquecida por esta gente e que vejo que ninguém me leva em consideração sequer como pessoa?, mas não é por isso que deixo de sonhar meu amor, não é por isso que deixo de querer estar contigo, de querer fazer coisas que me dão prazer e etcetera... Não podemos deixar coisa alguma conduzir a nossa vida para um buraco. Porque se você deixa, quem te olhará de frente é "o próprio buraco" e a actração é fatal!», interrompeu Eugênia com sua força interior, um bocado farta de ver e ouvir o Manuel em viagens depressivas.
«Eu te adoro. Mesmo quando entras nesta fase de mergulho interior. Confesso que morro de saudades tuas quando te vejo assim, a caminho do seu abismo. Mas te amo tanto, que não me importo de esperar que você finalmente retorne. Quero que saibas, que apesar de estar falando de uma forma figurada, te juro, pelo amor que te tenho, que mesmo cansada de esperar, jamais perderei as forças de te rever outra vez recuperado. E não importa quantas vezes você mergulhe. Eu estarei sempre a sua espera.». Continuou, ela.
Manuel a ouvia e Eugênia sem parar de olhar nos seus olhos, concluíra: «Mas também não esqueça Manuel que eu sou tão humana como você, e preciso de carinho, atenção e respeito. Portanto, enquanto você vai e vem no seu estado de depressão, podes estar perdendo alguma coisa importante que ainda possuis...»
Ele não lhe deixou terminar. Colocando cada uma de suas mãos no joelho, levantou-se apressadamente e abraçou-a sem dizer uma palavra.
terça-feira, 22 de maio de 2007
À procura da "minha" luz
E eis que lá no infinito surge uma luz que anuncia a chegada dos meus desejos. Olho bem de frente, abro os olhos bem abertos e cerro miudinho para diminuir o excesso de luz... Coloco uma mão aberta por cima dos olhos para utilizar a sua sombra, enquanto miro bem "a chegada dos meus desejos". Mas parece que vem tão devagarinho... Olho para trás, procuro um lugar para sentar, enquanto espero. Não faço mais nada até que a luz se aproxime. Olho outra vez para frente e parece que ela diminuiu de tamanho. Dou alguns passos em frente, mas com muito medo. A luz cresce e parece que se aproxima. Paro outra vez.
Ao meu lado percebo que mais pessoas estão a olhar a mesma luz. Mas como se ela é minha? Como pode outros estarem a ver a "minha" luz?
E o pior... Tem gente que parece que já deu mais passos em frente que "eu"!
Reconheço que demorei muito tempo a pensar e a ter receio de ver de perto "a luz dos meus desejos, a cor da minha esperança..." E vejo gente que continua a ir insistentemente pelo "meu" caminho... ou serei eu que estou no caminho deles?
Aproveito a minha reflexão e olho o chão em minha volta. Vejo muitas pontas de cigarros, garrafas vazias, uma televisão portátil ainda ligada, jogos da sorte, um banco de jardim, revistas pornográficas, matrículas de Escolas rasgadas, Multas...
O que terei feito com o meu tempo?!! E quando de repente volto a olhar em frente, procuro a minha luz e já não a vejo. Tenho os olhos embaciados com as minhas lágrimas. Sinto-me pior. Sinto-me só... Mas consegui dar mais um passo em frente, e com algum esforço dei mais outro, e outro... já não vejo os objectos que me distraia o tempo.
E lá está a minha luz outra vez, mais perto. Muito mais que no início.
E as pessoas que estavam a minha frente, desapareceram!
Agora somos eu e você, minha esperança.
E sei que vou te alcançar, se não me distrair outra vez!
Ao meu lado percebo que mais pessoas estão a olhar a mesma luz. Mas como se ela é minha? Como pode outros estarem a ver a "minha" luz?
E o pior... Tem gente que parece que já deu mais passos em frente que "eu"!
Reconheço que demorei muito tempo a pensar e a ter receio de ver de perto "a luz dos meus desejos, a cor da minha esperança..." E vejo gente que continua a ir insistentemente pelo "meu" caminho... ou serei eu que estou no caminho deles?
Aproveito a minha reflexão e olho o chão em minha volta. Vejo muitas pontas de cigarros, garrafas vazias, uma televisão portátil ainda ligada, jogos da sorte, um banco de jardim, revistas pornográficas, matrículas de Escolas rasgadas, Multas...
O que terei feito com o meu tempo?!! E quando de repente volto a olhar em frente, procuro a minha luz e já não a vejo. Tenho os olhos embaciados com as minhas lágrimas. Sinto-me pior. Sinto-me só... Mas consegui dar mais um passo em frente, e com algum esforço dei mais outro, e outro... já não vejo os objectos que me distraia o tempo.
E lá está a minha luz outra vez, mais perto. Muito mais que no início.
E as pessoas que estavam a minha frente, desapareceram!
Agora somos eu e você, minha esperança.
E sei que vou te alcançar, se não me distrair outra vez!
segunda-feira, 21 de maio de 2007
Agora ou nunca
Uma mulher entra no quarto onde ainda dorme o seu marido e diz: «Partimos hoje mesmo!». O homem, ainda um pouco atordoado pelo sono, pergunta que conversa era aquela de partir. Ela sem lhe responder, começa a tirar roupas de dentro das gavetas e a andar de um lado para o outro, como se não tivesse muito tempo para perder.
«Mulher, descansa. O que está fazendo?...», disse ele.
E ela então olha para o marido e diz:
«Passei quarenta anos da minha vida a trabalhar naquela fábrica. Dediquei toda a minha juventude para tentar estabilizar a minha vida financeira. Perdi as cores brilhantes dos meus cabelos e dos meus olhos. Baxei a cabeça diversas vezes por submissão. Mesmo cansada, ou doente, ocasionalmente ia trabalhar sem que o meu esforço fosse reconhecido. Recebi baixos salários anos após anos, sem nunca reclamar. Perdi a infância dos nossos filhos e estou me arriscando a perder a dos meus netos... CHEGA! Ontem fui dispensada dos meus serviços apenas com um breve elogio do meu trabalho e com um cheque que me idenizava os anos passados naquela fábrica... Cravaram-me uma espada pelas costas marido!»
«Não pode ser», disse o homem, já sentado na cama a olhar o cheque que ela tinha lhe entregue na mão.
«E por este facto, e com este dinheiro, vou realizar os meus sonhos. Vou viajar contigo para o lugar mais interessante que houver ao nosso alcance. Iremos refazer as nossas vidas longe daqui. Recomeçar! Não será tarde, vais ver. E assim, além de não sentirmos pena de nós, construíremos uma nova vida sem olhar para trás. E daremos a alegria de ver chegar os nossos filhos e netos para passar as férias conosco em um lugar diferente para todos!», disse ela, decidida.
«Então e eu? Eu ainda trabalho naquela fábrica!»
«Já não meu querido, já não!», falou ela entregando-lhe o cheque que ele também tinha recebido pelo correio.
...
Entreolharam-se e decidiram... Sem mais palavras.
«Mulher, descansa. O que está fazendo?...», disse ele.
E ela então olha para o marido e diz:
«Passei quarenta anos da minha vida a trabalhar naquela fábrica. Dediquei toda a minha juventude para tentar estabilizar a minha vida financeira. Perdi as cores brilhantes dos meus cabelos e dos meus olhos. Baxei a cabeça diversas vezes por submissão. Mesmo cansada, ou doente, ocasionalmente ia trabalhar sem que o meu esforço fosse reconhecido. Recebi baixos salários anos após anos, sem nunca reclamar. Perdi a infância dos nossos filhos e estou me arriscando a perder a dos meus netos... CHEGA! Ontem fui dispensada dos meus serviços apenas com um breve elogio do meu trabalho e com um cheque que me idenizava os anos passados naquela fábrica... Cravaram-me uma espada pelas costas marido!»
«Não pode ser», disse o homem, já sentado na cama a olhar o cheque que ela tinha lhe entregue na mão.
«E por este facto, e com este dinheiro, vou realizar os meus sonhos. Vou viajar contigo para o lugar mais interessante que houver ao nosso alcance. Iremos refazer as nossas vidas longe daqui. Recomeçar! Não será tarde, vais ver. E assim, além de não sentirmos pena de nós, construíremos uma nova vida sem olhar para trás. E daremos a alegria de ver chegar os nossos filhos e netos para passar as férias conosco em um lugar diferente para todos!», disse ela, decidida.
«Então e eu? Eu ainda trabalho naquela fábrica!»
«Já não meu querido, já não!», falou ela entregando-lhe o cheque que ele também tinha recebido pelo correio.
...
Entreolharam-se e decidiram... Sem mais palavras.
Pergunta inocente
Estavam duas crianças a conversar...
«Você tem pai?», perguntou uma a outra. «Não...», respondeu a segunda.
(Sem nos perdemos na conversa, fala sempre o primeiro e depois o segundo)
- Então como é que você aprende a ser homem, se não tem pai?
- E o que é que isto tem a ver?
- Sei lá, mas acho que se fores usar só o exemplo da sua mãe, podes agir como uma mulher...
- Mas, se eu nasci para ser homem, não preciso de outro homem para me ensinar nada...
- Mas querias ter um pai?
- Já tive.
- E onde ele está?
- No céu.
- Ah... E estás triste?
- Só quando lembro dele. Gostava quando jogava bola comigo. E pensando bem, ele me ensinou muitas coisas antes de morrer... a estudar, a fazer amigos, a não maltratar os gatos e os cahorros, a não falar com a bôca cheia, a não arrotar na mesa... e outras coisas que agora não me lembro.
- E tens saudades dele?
- Só quando me lembro, já disse.
- E lembras muitas vezes?
- Lembro. Mas tenho a minha mãe que também me ensina muita coisa. E você, onde está o seu pai?
- Não sei. Nunca o conheci!
«Você tem pai?», perguntou uma a outra. «Não...», respondeu a segunda.
(Sem nos perdemos na conversa, fala sempre o primeiro e depois o segundo)
- Então como é que você aprende a ser homem, se não tem pai?
- E o que é que isto tem a ver?
- Sei lá, mas acho que se fores usar só o exemplo da sua mãe, podes agir como uma mulher...
- Mas, se eu nasci para ser homem, não preciso de outro homem para me ensinar nada...
- Mas querias ter um pai?
- Já tive.
- E onde ele está?
- No céu.
- Ah... E estás triste?
- Só quando lembro dele. Gostava quando jogava bola comigo. E pensando bem, ele me ensinou muitas coisas antes de morrer... a estudar, a fazer amigos, a não maltratar os gatos e os cahorros, a não falar com a bôca cheia, a não arrotar na mesa... e outras coisas que agora não me lembro.
- E tens saudades dele?
- Só quando me lembro, já disse.
- E lembras muitas vezes?
- Lembro. Mas tenho a minha mãe que também me ensina muita coisa. E você, onde está o seu pai?
- Não sei. Nunca o conheci!
sábado, 19 de maio de 2007
Uma família de passarinhos
Haviam 3 passarinhos no ninho. Estavam todos com fome e a espera da mãe chegar com alimento. O ninho não era muito grande e os gravetos que os pais tinham encontrado para construí-lo não eram muito maleáveis e por causa da pressa, também não ficou muito bem feito. Infelizmente depois que tinham acabado de fazer o primeiro ninho, um miúdo o destruíu todo com uma vara tão comprida que alcançou o telhado. O casal ficou apavorado pois já devia estar muito próximo do dia em que a mãe passarinho iria pôr os ovos.
Entretanto, sem parar para pensar, os dois apenas se entreolharam depois de verem melancolicamente o ninho espalhado no chão e voaram a toda velocidade para os quatro cantos do campo para recomeçar outro, antes que o prejuízo fosse maior.
A mãe passarinho já não tinha tantas forças a despender pois estava um pouco mais pesada. Ele disse-lhe com ternura, «descansa meu amor, deixe que eu mesmo acabo de construir a nossa casa e o berço dos nossos filhos». E como já tinha um lado confortável para ela estar pelo menos parada, ele, dia após dia, trouxe os gravetos mais oportunos que pode encontrar, sem se dar conta que não eram os adequados.
Mas ao final de todo esforço, a mãe-passarinho já estava a dar a luz ao seu primeiro ovinho e depois outro e depois outro. Eram trigémeos! Eles não se continham de felicidade. Surpreendentemente ele virou as costas para ela e tirou por debaixo do gravetos tortos um pequenino presente. Uma suculenta minhoquinha para lhe dar coragem.
Viveram ali na sua casinha torta tanto tempo necessário para alimentá-los e criá-los. Mas inoportunamente um dia, o mesmo miúdo atingiu a mãe passarinho com uma pedra. E ela não voltou mais para casa.
O pai passarinho entrou em depressão e morreu de tanta tristeza.
E os trigémeos após reconhecerem a ausência de seus progenitores, descobriram que já podiam voar e procurar seus próprios alimentos, pois se encontravam fortes e saudáveis.
Agora eles já são pássaros adultos e cada um tem a sua família, suas adversidades e contratempos. Aprendem uns com os outros sobre os perigos da vida e passam a sabedoria para todas as gerações.
«VIDA é existência recheada de pormenores com lições, por vezes difíceis, para nos fazer poderosos!»
Entretanto, sem parar para pensar, os dois apenas se entreolharam depois de verem melancolicamente o ninho espalhado no chão e voaram a toda velocidade para os quatro cantos do campo para recomeçar outro, antes que o prejuízo fosse maior.
A mãe passarinho já não tinha tantas forças a despender pois estava um pouco mais pesada. Ele disse-lhe com ternura, «descansa meu amor, deixe que eu mesmo acabo de construir a nossa casa e o berço dos nossos filhos». E como já tinha um lado confortável para ela estar pelo menos parada, ele, dia após dia, trouxe os gravetos mais oportunos que pode encontrar, sem se dar conta que não eram os adequados.
Mas ao final de todo esforço, a mãe-passarinho já estava a dar a luz ao seu primeiro ovinho e depois outro e depois outro. Eram trigémeos! Eles não se continham de felicidade. Surpreendentemente ele virou as costas para ela e tirou por debaixo do gravetos tortos um pequenino presente. Uma suculenta minhoquinha para lhe dar coragem.
Viveram ali na sua casinha torta tanto tempo necessário para alimentá-los e criá-los. Mas inoportunamente um dia, o mesmo miúdo atingiu a mãe passarinho com uma pedra. E ela não voltou mais para casa.
O pai passarinho entrou em depressão e morreu de tanta tristeza.
E os trigémeos após reconhecerem a ausência de seus progenitores, descobriram que já podiam voar e procurar seus próprios alimentos, pois se encontravam fortes e saudáveis.
Agora eles já são pássaros adultos e cada um tem a sua família, suas adversidades e contratempos. Aprendem uns com os outros sobre os perigos da vida e passam a sabedoria para todas as gerações.
«VIDA é existência recheada de pormenores com lições, por vezes difíceis, para nos fazer poderosos!»
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