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domingo, 12 de setembro de 2010

Tempo de decisões positivas

Ando aprendendo com um amigo que o melhor que temos para escrever é sobre nós mesmos. No fundo, escrevemos sempre o que vem de dentro da nossa alma, mas na maioria de uma forma muito subjectiva. Falamos de gente, de personalidades, de atitudes, de desejos, de esperanças... disfarçamos dores em poesias e criticamos em crónicas.

Ele entretanto diz que o bom mesmo é falar do nosso dia, e hoje, lhes conto que sinto como se estivesse passando por uma fronteira. Assim como uma vez que vinha de Portugal para Espanha e sentimos entrar no carro uma onda de ar quente. Não pareceu mal, porque era quase inverno e o carro ficou completamente aquecido por dentro, pois as janelas estavam abertas. Mas falo da sensação de "fronteira". Era como se estivesse a começar um novo capítulo da minha história.

E hoje, apesar de não haver nenhum fenómeno estranho a acontecer, interiormente, sinto este calor (e não é da menopausa, pois esta sensação já não a tenho, apesar do desequilíbrio hormonal).

Sinto e exijo de mim a solução para todos os problemas que atraí. Digo "todos os problemas": Dívidas contraídas, personas non gratas, dificuldades diversas.

Estou dando um pontapé de saída a partir desta metade de vida que trago confirmada no meu bilhete de identidade.

Aqui vou eu!

Joice Worm