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segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Dilema - A mulher e seu amante

Um intervalo ao Conto por um Dilema...

Bom, não é um dilema desconhecido, mas tenho que saber muitas opiniões para conseguir decifrá-lo...

"Uma jovem casada, abandonada pelo marido, excessivamente entregue aos negócios, deixa-se seduzir e vai passar a noite com seu sedutor em uma casa do outro lado do rio.
Para voltar no dia seguinte muito cedo, antes da volta do marido, que está de viagem, deve passar a ponte, mas está lá um louco que lhe impede a passagem.
Corre então para pedir ajuda a um barqueiro que lhe recusa atravessar se ela não pagar o bilheite. Ela não tem dinheiro e ele não a passa se não receber adiantado.
Vai pedir ajuda ao seu amante e lhe pede dinheiro. Ele se nega sem dar explicação.
Vai pedir ajuda a um amigo que mora ali perto e que tem por ela um amor platônico que ela nunca correspondeu, lhe conta tudo que está passando e lhe pede dinheiro para atravessar o rio pagando ao barqueiro. Mas ele também se nega.
Então decide arriscar passar pela ponte e o louco lhe mata!

Pergunta-se:

Quem é o responsável pela morte dela por ordem de valores? A própria mulher, o marido, o amante, o amigo, o louco ou o barqueiro?
E quem tem a menor culpa?"

(Tentem discutir em família e se conseguirem uma conclusão, digam-me...)

Capítulo 5 - Alma Gêmea

Carina continuava parada, mas respondeu baixinho. – Abro. Anabela com certeza não ouviu, mas ele também não tocou mais. Ela deu mais um passo à frente e começou a tremer como uma criança. Segurou-se na correntinha que trazia ao pescoço e apertou forte sem saber porque. Abriu a porta lentamente e como uma flecha no seu coração, olhou nos olhos do homem que Anabela esperava e ficou completamente atordoada. Olharam-se nos olhos um do outro, mas ela parecia mais perturbada do que ele.
- Sou um amigo da Anabela, ela deve estar a minha espera.
- Sim, eu sei. Pode entrar por favor. Ela estar a tomar um banho, mas não se demora.
Carina percebeu que ele continuava a olhá-la e parecia um pouco intrigado, quando lhe fez uma pergunta ainda mais estranha. – Nós já nos conhecemos?
- Não. Seguramente que não.
- Engraçado, quando a vi, parecia que já a conhecia de algum lado. Mas devo estar a confundi-la com alguém.
- Com certeza...
Por instantes Carina tinha resolvido não dar asas a sua imaginação, ou mesmo, não dar ouvido ao seu coração. Talvez por respeito a sua amiga, talvez por medo da sensação diferente do que estava a sentir. Mas de repente, e conforme manda os estudos da sua profissão, tentou relaxar sem se envolver e fazer algumas perguntas enquanto tinha algum tempo até o retorno de Anabela.
- Nunca me aconteceu isso. – Disse ele. – Sempre que conheço alguém pela primeira vez, parecem-me sempre estranho a mim, mas com você senti realmente como se a conhecesse. Deixe que me apresente. Sou Tiago Ross, com dois “s”. Normalmente as pessoas que me conhecem, chamam-me de Ross. E você...
- Sou Carina, com “C”. E normalmente chamam-me de Carina. Nunca tive nenhuma alcunha sequer. Todos me chamam directamente pelo nome. Inclusive os meus pais. Pelo meu apelido também não me tratam. Sou “Silva” e é um apelido muito comum.
- Tive um amigo que conhecia um vendedor de cerveja na praia que lhe chamavam de “Silva”, portanto como era um homem, acho pouco provável que um dia lhe chame de “Silva”.
Carina riu-se como uma adolescente. E não percebeu que tinha se sentado nas folhas do livro de Anabela. Quando Ross lhe chamou a atenção, ela estava ainda a rir descontroladamente.
- Acho que estás sentada em algumas folhas que escrevestes. Será que já não tem importância?. – Disse ele, tentando ajudar.
- Oh, meu Deus. Ainda bem que Anabela não viu. Não fui eu que escrevi, foi ela. Estava tentando incentivá-la para continuar a escrever. Há anos que tem estas folhinhas escritas e não consegue terminá-las. Não sei se por não ter vontade de continuar o mesmo assunto ou por simplesmente não ter vontade de escrever.
Neste mesmo momento, Anabela grita para Carina. – Amiga, que cor acha que devo vestir... – Rosa?
E ao mesmo tempo que Ross, eles repondem: - AZUL!

sábado, 13 de outubro de 2007

Capítulo 4 - Alma Gêmea

Alma Gêmea
(Joice Worm)

- Bom, só espero que ele tenha mais alto astral do que você, minha amiga. Senão, terei dois pacientes para curar em minha própria casa.
- A propósito, já pensou onde vai fazer o seu estágio de Psicóloga?
- Com o material que tenho em casa, posso começar por você mesma.
- Não brique com isso Carina. Ainda não estou precisando deitar no divã.
- Toda gente deveria um dia deitar num divã Belinha, toda gente!
- Essa é conversa de profissional. Claro que se todos precisassem vocês ficariam ricos em três tempos.
- Para alguns, esta profissão pode representar dinheiro, mas para mim, acho muito interessante poder tirar com as minhas mãos, uma pessoa do fundo do poço. – Disse Carina, entusiasmada com a idéia.
- Então estou com sorte, mas tenho que me apressar, meu amigo já deve estar quase a chegar..
- Antes podia me fazer um favor Anabela. Não sei se te importarias, mas pode me emprestar o seu manuscrito do famigerado livro que andas a escrever há anos?...
- Já não é um manuscrito. Já passei a computador, mas como imprimi e perdi a disquete que continha o que escrevi, tenho que transcrevê-lo.
- Claro! Agora só por isso levamos mais oito anos.
- Não diga isso, de qualquer forma, vou tentar seguir o seu conselho e prosseguir escrevendo. Mas se quiseres ler, está aqui... Não... – Balbuciou Anabela, procurando os papéis, - Já não sei onde guardei... Aqui! Pronto. Até o clips já está enferrujado. Parece incrível.
- Incrível? Eu cá acredito. Isso serve de prova para ver o tempo que levastes com estas idéias no papel. Posso ler mais uma vez? Já não me recordo das suas idéias.
- Leia à vontade amiga. Se fosse cobrar cada vez que disse que estava a escrevê-lo, já tinha ficado rica.
Anabela saiu a correr para o banheiro para tomar um duche e se pôr bonita para encontrar o amigo. Por enquanto não tinha nada com ele, era apenas um bom amigo. E ela gostava de estar a conversar e ouvir as suas idéias.
- E tire esta roupa roxa!, gritou Carina da sala.
- Não é roxa, é lilás!, retorquiu Anabela.
Carina era uma boa amiga. Parecia sempre preocupada com Anabela, mas por vezes parecia dona da verdade. Só porque estava acabando o curso de Psicologia, já pensava que acertava em todas as suas análises. Mas era muito boa pessoa.
Inesperadamente a campanhia tocou três vezes, e só tinham passado cerca de 8 minutos. Claro que não deu tempo da Anabela se arrumar. E gritou para Carina. – É ele. Pode abrir-me a porta por favor? Diga-lhe que não me demoro. E Carina, curiosissíma, foi abrir a porta para conhecer o dito cujo que fazia a Anabela sair do seu leito de depressão com tanto entusiasmo. Levantou-se e deixou as páginas do “Quem você pensa que é” em cima do sofá. Dirigiu-se lentamente para a porta e através dela, antes mesmo de abrir, ficou parada sem conseguir se mexer. E a campanhia tocou outra vez, mais três vezes.
- Então, não abres?, gritou Anabela do banheiro.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Capítulo 3 - Alma Gêmea

Alma Gêmea
(Joice Worm)

Falou isso e foi abrindo as cortinas e a janela, deixando entrar o sol maravilhoso que havia lá fora. E de repente o quarto ficou iluminado com os últimos raios que já se preparava para desaparecer, não entretanto antes de tentar aquecer todo o lugar que pudesse alcançar. E alcançou o rosto de Anabela com tanta intensidade que ela sentiu um arrepio de emoção. Parecia que o sol a tinha beijado. No mesmo instante, Carina havia passado tão próxima dela que pôde sentir o cheiro da sua pele suada de trabalho, misturado com o sabonete que usava habitualmente. Anabela abriu os olhos e olhou para o lado de fora da janela. Não quis olhar para Carina. Mas Carina não parava de falar sobre os seus próprios problemas existenciais.
- Realmente é mais fácil pensarmos positivamente quando temos uma conta bancária recheada e estável. – Continuo Carina. Há mulheres que escrevem livros ou até mesmo dão entrevistas quando tem a vida inteiramente equilibrada com sua questão profissional ou emocional resolvida, outras escrevem quando estão com problemas sentimentais. Outras ainda...
- Eu estou a escrever um livro também Carina...
- Qual, aquele que chama, “Quem você pensa que é?” ?
- Sim.
- Minha querida Belinha, ponha a cabeça no lugar, escrever um livro não é dizer que “está” a escrever um livro... É sentar e escrevê-lo mesmo. Não podes passar anos a dizer que está a escrever um livro e dar a toda a gente que conheces apenas três ou quatro páginas para ler.
- Tem dez.
- Que diferença isso faz. Tens que sentar em frente ao que já escrevestes, considerar os pontos importantes que queres abordar e por mãos à obra. Senão, o melhor é não dizeres nada a ninguém e fazer o seu trabalho tranquilamente durante os anos que quiser. Este teu “livro” já ouço falar a mais de 8 anos e não acho que seja uma coisa normal, amiga.

Anabela ficou ainda mais triste. Descobriu mais uma derrota do seu inconformismo pessoal. Nem mesmo as suas idéias ela conseguia por em práctica. Nesse momento o telefone tocou. Carina saiu do quarto para atender, deixando Anabela absorvida em seus pensamentos.
- Sim, não ela não está acordada. Está dormindo...
Anabela levanta rapidamente e toma-lhe o telefone das mãos.
- Alô, sou eu. Não, ela estava a brincar. Sim, estarei pronta em quinze minutos. Não demoro nada. Passas aqui para me buscar ou queres que desça e o espere aí embaixo? Hum... está bem, então espero que toques três vezes para saber que é você. Até já.
Desligou o telefone e já parecia outra pessoa. Estava completamente entusiasmada com aquele encontro e Carina percebeu a sua euforia.
- Quem é o rapazinho?
- Não é ninguém que você conheça Carina, mas na primeira oportunidade lhe apresento. Para já, posso lhe dizer que é um homem e não um rapazinho, como dizes.

domingo, 7 de outubro de 2007

Capítulo 2 - Alma Gêmea

Alma Gêmea
(Joice Worm)

- Sei... – Resmungou Anabela, tentando sair da cama a puxar o cobertor por baixo da Carina.
- Estou muito cansada hoje também. Para mim, às vezes queria que o mundo parasse ou se acabasse. – Falou Carina, abaixando a cabeça em seu próprio colo.
- Calma amiga, passou-se alguma coisa?. – Anabela acariciou os cabelos sedosos da amiga e fez-lhe umas massagens em seus ombros.
- Nós mulheres, - Continuou Carina, levantando-se sem dar importância à massagem que Anabela lhe aplicava para relaxar - Apesar do meio que vivemos, situação financeira ou social em que nascemos, temos um papel importantíssimo nesta vida. Somos apaziguadoras, mediadoras, protectoras, responsáveis, amigas, confidentes, amantes, trabalhadoras, organizadoras e além de outras qualidades que nos envolvem, somos procriadoras e conselheiras. Portanto, não é fácil conseguir, ser tudo isto se não tivermos consciência das nossas capacidades espirituais. Independente do sofrimento pessoal que qualquer uma de nós esteja a passar, em parte, temos que nos atribuir alguma culpa. A vida é feita de ações e reações, é o chamado “efeito borboleta”, quando uma borboleta bate as asas na China, pode causar um furacão nos Estados Unidos. Isto prova que o mundo está interligado fisicamente e nós, por nossa vez, estamos ligados uns aos outros de tal forma que tudo o que nos acontece é exclusivamente da nossa responsabilidade. Se por acaso você tem uma planta que morre, é porque você não cuidou dela com a convêniencia que ela merecia. Há plantas que precisam de mais água que as outras, há plantas que precisam ser podadas de vez em quando, mas tens que fazê-la com muito carinho e passividade, como o “bonsai”. E assim é o ser humano. Assim é o tratamento que temos que dar às pessoas que envolvem a nossa vida. Nós somos mulheres. Nós temos vontades e ambições. E pode ter certeza que conseguimos tudo aquilo que queremos mais cedo ou mais tarde. Entretanto para que isto aconteça, temos que passar em vários testes. Um deles é o da convivência familiar. E assim começamos pela nossa primeira família, aquela que nos criou... Ali, aprendemos e seguimos a nossa vida.
- Nossa... Que grande discurso. Até parece que também estás no mesmo estado que eu, mas com um toque de revolta em suas palavras.
- O que me revolta é ver-te, como mulher, prostada em uma cama sem reagir às coisa que lhe acontecem.
- Eu sei Carina. Você tem toda razão, mas eu entrei em um estado de depressão que não sei como nem porque, sinto-me triste e sem forças para nada.
- Nem acredito no que estou ouvindo Anabela. Nem pareces a pessoa que conheço. Primeiro tens que levantar desta cama, abrir as janelas e arejar este quarto. Este teu estado de letargia fica mais agravado no meio desta escuridão.

Capítulo 1 - Alma Gêmea

Alma Gêmea
(Joice Worm)


Naquela noite, Anabela voava e se afastava do seu corpo físico. Era sempre assim. Pedia a Deus para ter um sonho que lhe despertasse a alma e que pudesse descobrir as respostas de que precisava. Sabia que seu espírito poderia se libertar enquanto dormia, e assim tinha muitas possibilidades de descobrir o segredo das suas conquistas ou a falhas que derivou as suas derrotas.
Anabela queria vivenciar suas experiências como se estivesse viva em outra dimensão tentando trazer consigo uma alma renovada e com mais esperança para prosseguir vivendo. Já não aguentava mais sofrer por amor. Queria procurar uma explicação para se ter dado tanto e não ter recebido nada em troca. Não entendia por que razão as pessoas que são verdadeiramente amadas por outras, não se apercebem ou simplesmente não fazerm caso deste amor e desdenham sem remorsos...
Nesta noite vestiu-se de lilás para poder atrair bons fluidos. Certa vez uma amiga lhe disse. – Vista a sua casa com um manto lilás. Feche os olhos e faça de conta que toda ela está protegida por este manto. Lave tudo com produtos de líquido lilás e vais ver que vais se sentir mais leve – Disse ela.
E assim Anabela o fez. Cerrou os olhos por uns instantes e conseguiu ver toda a casa a ser coberta com o manto lilás, muito fininho, caindo lentamente sobre o sofá, sobre a estante grande da sala, sobre os papéis de escritório, sobre os seu livros, e finalmente sobre si própria. E sem sentir, ao fim da sua imaginação ter trabalhado, dormiu.
Carina, sua amiga e companheira de quarto, neste dia chegou mais cedo e sem querer, acordou-a do seu sono tranquilo e impediu-a de sonhar. – Ainda dormindo? Já são quarto horas da tarde. Estás doente? Realmente parece incrível que uma pessoa possa perder tanto tempo de vida a dormir – Disse ela, um pouco irritada por ter trabalhado tanto enquanto a amiga apenas estudava e tinha os pais a lhe pagar a parte do apartamento.
- Não estava a dormir Carina, apenas tentava me encontrar.
- Se encontrar? Mas para mim não foi difícil de te encontrar na cama.
- Chega Carina, não queira contribuir para o meu estado de depressão. Já estou muito mau para te dar ouvidos.
- Desculpe Belinha, - Disse Carina, sentando-se na beira da cama, - Mas hoje também não me sinto muito bem. Às vezes pareço muito insensível por falar tão rispidamente, mas na verdade estou sempre atenta às coisas que acontecem em minha volta e que terminam por me envolver. Nunca desconsidero um momento, seja ele qual for. Quando uma mariposa branca passa por cima da minha cabeça, sei que coincidentemente ela me trará boas notícias. Nunca esqueço de agradecer ao meu Deus, por tudo aquilo que vejo de bom e bonito a minha frente. E sabe porque agradeço? Por que além de alentar a minha alma, deixa-me como referência o que posso considerar mau e feio. E assim percebo que não existe meio termo...

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Alienação

«Eu não quero que você compre este produto porque eu estou dizendo que é bom. Quero que compre porque está convencido de que tem necessidade. Nada mais...»
«Mas, eu não tenho necessidade de tê-lo, e de qualquer forma, também não tenho possibilidade de comprar, meu amigo...»
«Quanto a isto não tenhas problemas. Dou facilidade para o pagamento e você não vai sentir dificuldades em obter o produto que tanto lhe faz falta!»
«Mas eu mesmo assim não quero. Tenho outras coisas mais importantes para pagar e não quero entrar em despesas desnecessárias... E...»
«Não te aborreças comigo, mas tenho que repetir que este produto fará bem a sua saúde e no futuro irá me agradecer por ter aparecido na sua vida mesmo a tempo.»
«Não, obrigado. Aliás, também agradeço o seu interesse pela minha saúde, mas também não querendo ser muito aborrecido, prefiro não comprar o seu produto, prefiro não me meter em novas despesas e também prefiro continuar a ser seu amigo...»
«Como podes fazer isto comigo? Você não sabe que a minha vida financeira está um caos? Eu estou tentando te vender o meu produto e você vem falar de amizade quando não me está ajudando em nada??... Francamente»
«Agora você é que está a confudir as coisas. Sou seu amigo, mas não sou o seu cliente. Devias procurar um cliente e deixar desta conversa comigo!»
«Você não sabe o que diz e eu já não quero ser seu amigo. Estou farto de andar por estas ruas e bater de porta em porta e ninguém me dá atenção... Nem você, que se diz meu amigo...»
«Olhe... O que está acontecendo, é que você já está um bocado alienado com o seu negócio e depositou toda a sua crença nele. Como já não consegue ver mais nenhuma saída para o seu problema, pensa que a única solucão será vendendo este produto caríssimo e que não encaixa na bolsa familiar de ninguém... Estás realmente se tornando um chato!»
«...»
«Pronto... Desculpe-me, mas tinha que falar.»
«...»
«Vá lá... Esqueça tudo isto. Relaxe. Deixe de me ver como um potencial cliente e vamos beber um copo de cerveja enquanto mudamos de assunto. Lembra-se quando nos reuníamos no sábado a noite com Carlitos, Zé da Jaca e Manezinho? Lembra da cara que a mãe do Zé fazia quando a gente chegava para buscá-lo? E a Clotilde?...»
«Lembro, pois... Bons tempos! Nunca pensamos que algum dia tivéssemos que nos preocupar com ganhar dinheiro... Que saudade que me dá desta altura da vida, meu amigo!!...»

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Moacir escreve a Clara

Ai Clara como você me faz sofrer... Gosto tanto de te ter ao meu lado, mas não parece que seja fácil. Tento te olhar de frente e dentro dos seus olhos, mas você foge do meu olhar... Não tenho palavras para te dizer quanto eu te amo Clara, e você me exige além das palavras os meus actos.
Digo-te minha querida, que não há homem que te ame mais neste mundo do que eu. Sonho contigo todas as noites. Acordo e vejo-te ao meu lado, repouso...
Queria te dar tudo o que mereces, mas não consigo me concentrar só em ti por ter tanta responsabilidade em encontrar o tesouro que quero lhe ofertar meu amor...
Agora sinto que estou a te perder. E já não aguento a idéia de te ver com as costas viradas para mim...
Antes de ir Clara, quero que ouça uma coisa...
«Vou parar de procurar as coisas materiais para lhe oferecer, pois agora sei que o maior tesouro que poderia lhe dar, é o meu amor...»
Não vá embora Clara, fique comigo, meu amor...
Para sempre!