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terça-feira, 8 de abril de 2008

Pequeno-grande milagre

Vou deixar aqui algum conhecimento para quem não sabe ainda.

Escrito por Alfredo Guarischi, Presidente da Comissão de Câncer do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. 13 de dezembro de 2005. (Que desde já agradeço a informação)

"Hamilton Naki, um sul-africano negro, de 78 anos, morreu no final de maio. A notícia não rendeu manchetes, mas a história dele é uma das mais extraordinárias do século 20. "The Economist" contou-a em seu obituário desta semana. Naki era um grande cirurgião. Foi ele quem retirou do corpo da doadora o coração transplantado para o peito de Louis Washkanky, em dezembro de 1967,na cidade do Cabo, na África do Sul, na primeira operação de transplante cardíaco humano bem-sucedida. É um trabalho delicadíssimo. O coração doado tem de ser retirado e preservado com o máximo cuidado. Naki era talvez o segundo homem mais importante na equipe que fez o primeiro transplante cardíaco da história. Mas não podia aparecer porque era negro no país do apartheid.O cirurgião-chefe do grupo, o branco Christian Barnard, tornou-se uma celebridade instantânea."

... Para continuar a informação, e para concluírem porque razão o negro-cirurgião não tinha diploma, podem acabar de ler em http://www.brasilmedicina.com.br/noticias/_check_printnot.asp?Cod=1111&Area... no Portal do Brasil Medicina.

"Em cada bairro da cidade, há um cirurgião africano, cujo gabinete de consulta, de nomeada, se acha instalado sem cerimônia à porta de uma venda. Consolador generoso da humanidade negra, ele dá suas consultas de graça, mas, como os remédios receitados comportam sempre alguma droga, ele fornece os medicamentos mediante pagamento.Vende ainda talismãs curativos sob forma de amuletos. Citarei aqui apenas o pequeno cone misterioso, feito de chifre de boi, preciosa jóia de seis linhas de altura, que se pendura ao pescoço para preservar das hemorróidas ou das afecções espasmódicas, etc. Quanto à colocação das ventosas, ciência positiva e de aplicação externa, ele a executa em plena rua, perto de uma casa, ou mais comumente, numa pequena praça por onde não passam carruagens."

(Terra Brasileira - Registros de Debret - Início do século XIX no Rio de Janeiro. Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil / Jean Baptiste Debret. – São Paulo: Círculo do Livro, sem data.) Etc. e tal! Tenho dito! (Joice Worm)

2 comentários:

Madalena Barranco disse...

Estamos longe de entender o significado da palavra “irmãos”... Pobre gente que é obrigada a viver dessa forma. Eu não sabia a história do cirurgião que fez o transplante de coração e choquei-me com isso. Beijos.

Joice Worm disse...

É incrível não é Mada, de pensar que até hoje ainda há discriminalidade...